CNJ faz pesquisa sobre acessibilidade no Poder Judiciário
Objetivo é avaliar o atendimento de pessoas com deficiências

Da Agência Brasil

Para nortear as ações do poder Judiciário que assegurem direitos e também promovam a cidadania de pessoas com deficiência (PcDs), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou a pesquisa Diagnóstico sobre Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Seficiência no Poder Judiciário.

A diretora do Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ, Gabriela Soares, explica que é o maior estudo produzido pelo órgão sobre o assunto e envolverá, inclusive, testes de níveis de acessibilidade em todos os sistemas de tramitação de processos. “A pesquisa tem por objetivo fazer um panorama completo dos níveis de acessibilidade existentes no Poder Judiciário e irá abranger cinco dimensões, observando aspectos de gestão dos Tribunais, níveis de acessibilidade em serviços, comunicacional, tecnológica, arquitetônica e urbanística.”

O colegiado inscreveu no levantamento as pessoas com deficiência que buscaram atendimento nos últimos três anos ou se relacionaram com o sistema de Justiça brasileiro, para com o resultado mapear e avaliar a gestão de acessibilidade e a inclusão em serviços utilizados por cidadãos e por operadores do direito com deficiência.

Podem participar voluntariamente usuários com deficiência que tenham sido parte em algum processo judicial, além de servidores, magistrados, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público com deficiência.

A inscrição dos interessados em participar do estudo pode ser feita em formulário eletrônico até 23 de fevereiro.

Entre fevereiro e agosto deste ano, o CNJ entrará em contato com os selecionados para consultá-los sobre a possibilidade de realização da entrevista por servidores do órgão.

Caso queira contribuir com a pesquisa, o cidadão poderá contar sua experiência ao acessar o sistema judiciário. Os dados enviados serão mantidos em sigilo.

O CNJ esclarece que a participação na pesquisa não interferirá em qualquer decisão que tenha sido tomada durante o processo judicial em que o entrevistado tenha participado.

A pesquisa do CNJ terá três eixos: análise da inclusão e acessibilidade em serviços do Judiciário; a acessibilidade na comunicação e na tecnologia de sites de todos os 91 tribunais do Brasil e dos principais sistemas eletrônicos do poder Judiciário (e-SAJ, PJe nacional e PJe-JT, Projudi, e-Proc, Seeu, SEI, PDPJ); acessibilidade e inclusão da arquitetura dos tribunais.

A análise dos dados contará com a cooperação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

A pesquisa está prevista em resolução do CNJ (401/2021), que determina, para promoção da inclusão, a adoção de medidas apropriadas para prevenir e eliminar quaisquer barreiras urbanísticas ou arquitetônicas, de mobiliários, de acesso aos transportes, nas comunicações e na informação necessárias ao pleno acesso a espaços, informações e serviços do órgão. Também assegura que sejam realizadas adaptações e oferecidas tecnologias de eassistência.

Para tirar dúvidas, o CNJ disponibilizou o e-mail liods-pnud@cnj.jus.br.

Apenas um em cada quatro brasileiros pretende viajar nas festas de final de ano, aponta pesquisa da ValeCard
Levantamento mostra que não ter folga entre Natal e Reveillon e falta de dinheiro são os principais motivos das pessoas para virar o ano em casa

 

A Praia de Copacabana costuma receber milhares de turistas para assistis a queima de fogos

 

Da Redação

Viajar no ano novo é uma tradição para muitas famílias, seja para passar a virada do calendário com a família no interior ou pular sete ondas na praia à meia-noite do dia 31 de dezembro. Neste ano, porém, essa não será a realidade para a maioria dos brasileiros, seja por falta de tempo ou de dinheiro.

De acordo com uma pesquisa realizada na primeira quinzena de dezembro pela empresa de meios de pagamento ValeCard com 1150 pessoas, entre 18 e 45 anos, em todo o território nacional, apenas uma em cada quatro (23,5%) pretende viajar para as festas de final de ano. 

Segundo o levantamento, o principal motivo que obriga os demais 76,5% a ficar em casa é culpa do calendário:  47,6% responderam não ter conseguido folga entre os feriados, porque, uma vez que tanto o Natal quanto o Ano Novo cairão em segundas-feiras, as empresas decidiram trabalhar normalmente entre os dias 26 e 29 de dezembro. O segundo culpado é o bolso: para 33,1%, “Questões financeiras” inviabilizaram o descanso na semana que fecha o ano.

Maioria vai de carro (com a revisão em dia) e está de olho nos gastos

Mesmo entre os que vão conseguir alguns dias de folga, a situação não está totalmente confortável. De acordo com o levantamento, 68,6% das pessoas devem usar carro próprio para viajar, enquanto 14% pretendem ir de ônibus e 12,1% utilizarão avião. Apenas 5% pretendem alugar um carro para a viagem.

Em relação à expectativa de gastos, para mais da metade (51,8%), os custos com a viagem – considerando combustível, pedágio e alimentação na estrada – serão maiores neste ano do que em 2022, enquanto para 32,1% os gastos devem ser proporcionais aos de um ano atrás. Apenas 16,1% acreditam que precisarão desembolsar menos agora do que no último ano novo para estourar o espumante em outra cidade.

Segundo apurado pela ValeCard, os motoristas estão conscientes da necessidade de revisar o carro para viajar, mas estão de olho nos gastos.  77,9% dos entrevistados responderam que pretendem fazer revisão itens como pneus, alinhamento, balanceamento, freios, suspensão, óleo e fluídos, faróis e itens de segurança e mais da metade deles (51,2%) acreditam que deixarão mais de R$ 500 na oficina, considerando troca de peças e mão-de-obra.

Maioria das indústrias já adota ações para melhorar sustentabilidade
Maioria das indústrias já adota ações para melhorar sustentabilidade

Da Agência Brasil

Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizada com empresários de todo o país mostra que a maioria das empresas industriais já adota medidas para reduzir a geração de resíduos sólidos (89%), para otimizar o consumo de energia (86%) e para para otimizar o uso de água (83%). 

O levantamento elencou nove ações para contribuir com a sustentabilidade ambiental na linha de produção. Do total de indústrias que participaram da pesquisa, 36% adotam de cinco a seis ações e 22% adotam de sete a oito ações. As empresas que não desenvolvem nenhuma medida relacionada à sustentabilidade somam 3%.

A pesquisa ouviu 1.004 executivos de empresas industriais de pequeno, médio e grande portes em todos os estados. O levantamento foi feito pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem, da FSB, entre os dias 3 e 20 de novembro.

Os empresários também elencaram as ações prioritárias para que a indústria contribua com a descarbonização do país: modernização de máquinas (27%), uso de fontes de energias renováveis (23%) e investimento em tecnologias de baixo carbono (19%). Outras medidas citadas foram investimento em inovação (14%) e acesso a financiamento (10%).

A dificuldade de crédito ou financiamento foi apontada como barreira para implantar ações de sustentabilidade por 22% dos entrevistados e 67% demonstraram interesse em acessar linhas de crédito para iniciativas sustentáveis.

Segundo o presidente da CNI, Ricardo Alban, a indústria brasileira já é parte da solução quando o assunto é sustentabilidade e adaptação às mudanças climáticas. “Nós já fizemos, há muito tempo, o que muitos setores industriais de outros países estão correndo para fazer agora”, destacou, em nota.

Energia

O principal foco de investimento dos empresários industriais para incrementar as ações sustentáveis nos próximos dois anos é o uso de fontes renováveis de energia, citado por 42% dos entrevistados, seguido por modernização de máquinas (36%) e medidas para otimizar o consumo de energia, indicado como prioridade para 32%.

A pesquisa mostra que 53% das indústrias já têm projetos voltados para o uso de fontes renováveis de energia. A fonte solar é a que concentra o foco dessas iniciativas, que responde por 91% delas. Biomassa (5%), eólica (3%) e hidrogênio de baixo carbono (1%) respondem pelas demais fontes sendo estudadas pelas empresas.

Black Friday: tempo de falar em sustentabilidade para o Varejo
*Por Jun Ueda

Jun Ueda é CEO da Fujitsu do Brasil & South America

Uma pesquisa encomendada pelo Google ao Instituto Ipsos mostra que sete em cada 10 brasileiros pretendem comprar na Black Friday 2023, resultando um aumento de 16 pontos em relação ao ano passado. O Varejo é fundamental para economia e não é só isso: é o setor que está mais próximo das pessoas. Neste período intenso de vendas, onde toda infraestrutura e estratégias comerciais são postas à prova, gostaria de falar sobre algumas maneiras pelas quais os varejistas podem aumentar as vendas e reduzir custos — e fazê-lo de forma sustentável.

Redução de emissão de carbono nas entregas

Os programas de expansão de lojas físicas diminuíram à medida que os varejistas migraram para o comércio eletrônico e o varejo omnichannel. Mas, à medida que os varejistas impulsionam esse crescimento no comércio eletrônico, eles podem fazê-lo de forma sustentável? Seu sucesso está atrelado à análise avançada de dados e à visibilidade robusta da cadeia de suprimentos para garantir que o estoque certo esteja no lugar certo para satisfazer a demanda. Rotas de transporte otimizadas são outro aspecto crítico do comércio eletrônico sustentável. O varejistas estão se preocupando com a emissão de carbono das suas entregas?

Diminuição de desperdícios

Melhorar a experiência do cliente é melhorar a sustentabilidade. O preço é extremamente importante para os clientes, mas a experiência de compra determina se eles retornam. Reduzir as embalagens é um ótimo ponto de partida – economiza dinheiro e mostra aos clientes que você está levando a sério a mudança. De acordo com a pesquisa do Mercado Livre (jul./2023), o consumo de itens sustentáveis cresceu 40% no Brasil, ficando acima da média da América Latina, cujo crescimento foi de 30%. Os dados foram coletados no período de abril de 2022 a março 2023, entre os milhares de usuários da plataforma no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Uruguai.

Os clientes também querem acreditar que você não está desperdiçando coisas desnecessariamente. A análise de demanda é crucial aqui – permitindo que você atenda à demanda pedindo apenas o volume certo de qualquer coisa, seja cogumelos ou jeans – porque você é inteligente o suficiente para prever o que é necessário em qualquer dia da semana.

Atenção à procedência

A procedência também é essencial. Os clientes querem saber de onde vêm os produtos, o que eles contêm e ter a certeza de que foram feitos sem práticas trabalhistas exploratórias, por exemplo. Simplesmente afirmar isso não é mais suficiente, e o blockchain tem um papel crescente em fornecer segurança sobre a procedência aos consumidores.

A redução dos custos dos produtos pode ter um impacto imediato e positivo na sustentabilidade. A análise de estoque tem muito a oferecer, ou seja: quanto mais inteligente for a distribuição, melhor será o aproveitamento dos recursos. Otimizar o uso de espaço é outra maneira de reduzir os gastos e vemos o uso crescente de IA para analisar o comportamento de compra na loja.

Acredito que os varejistas são o ponto mais visível da sustentabilidade. Os consumidores entendem isso. Eles querem compromissos de compras que correspondam às suas posições éticas. Nem tudo é mais sobre preço. Uma experiência de compra aprimorada, com menos embalagens, análises de demanda precisas e procedência verificável do produto (aprimorada pelo blockchain) podem impulsionar a fidelidade do cliente, aumentar as vendas e reduzir custos.