Site mostra pegada de carbono de produtos para o consumidor final
Iniciativa desenvolvida pela Zaya, "Qual é a Sua Pegada?" quer dar transparência aos dados ambientais na relação entre empresas e consumidores

Atenta às tendências e melhores práticas quando o assunto é o compromisso das empresas com a sustentabilidade, a Zaya, greentech com software proprietário que calcula o impacto ambiental de empresas, anunciou o lançamento de uma iniciativa pioneira no mercado brasileiro: a página “Qual é a Sua Pegada?”  permite  ao consumidor solicitar informações sobre a pegada de carbono de produtos que comprou ou pretende comprar.

A iniciativa vem em um momento em que é importante mostrar o poder que empresas têm para mudar o cenário de impacto ambiental. De acordo com a companhia, o objetivo é dar ferramentas para que o consumidor cobre marcas e empresas sobre o impacto real e a pegada de carbono de seus produtos. Trata-se de uma maneira mais eficaz de trabalhar em prol da sustentabilidade.

O acesso ao site é gratuito e pode ser feito por qualquer pessoa interessada ou curiosa sobre os dados ambientais. Para isso, basta que o usuário compartilhe o nome do produto e marca para que a empresa possa fazer a busca. O time responsável pela iniciativa solicita os números de pegada de carbono aos fabricantes e compartilha o resultado coletado com quem os solicita. Lançada nas redes sociais da companhia nesta 3a feira (14 de maio), e já recebeu dezenas de solicitações dos mais diversos setores, desde camisetas de algodão e produtos cosméticos até iscas de pesca e bicicletas.

Para os consumidores, a iniciativa possibilita transparência sobre os produtos que consomem, além da formação de um repertório sólido para exercer uma cobrança mais eficaz sobre as empresas em suas práticas ambientais. Com os dados em mãos, os consumidores podem fazer escolhas de forma mais consciente e gerar menos impacto ambiental.

Para as empresas, é uma oportunidade de engajamento com o público por meio de uma mensagem contundente de preocupação e alinhamento com atividades sustentáveis. As informações prestadas aos consumidores, via abordagem pelo site, podem tangibilizar discursos de empresas que de fato colaboram para  a redução da quantidade de gases de efeito estufa (GEE) emitidos em seus processos.

“Das fábricas às prateleiras de supermercados, cada um dos produtos que consumimos possui  um impacto ambiental que deve ser analisado e compreendido para que as melhores decisões sejam tomadas no combate às mudanças climáticas”, pontua a co-fundadora da Zaya, Isabela Basso. “Nesse cenário, estimular esse tipo de transparência entre empresas e consumidores de forma clara é um passo muito  importante”, explica a executiva.

“Qual é a Sua Pegada?” foi elaborada de forma integral pela empresa e está disponível para acesso por meio desse link.

Agropalma e Eureciclo anunciam parceria para reciclagem de resíduos pós-consumo
Iniciativa consolida o compromisso de ambas as empresas com o meio ambiente e a responsabilidade social

A marca Doratta, fritura profissional elaborada a partir do óleo de palma da Agropalma, anuncia uma parceria com a Eureciclo, certificadora de logística reversa de embalagens, com o objetivo de promover a reciclagem de resíduos pós-consumo, consolidando o compromisso de ambas as empresas com o meio ambiente e a responsabilidade social.

“A parceria entre Doratta e Eureciclo vai ao encontro do nosso compromisso com a sustentabilidade e reforça os esforços para atender aos mais altos padrões de preservação ambiental, responsabilidade social e governança, além de fomentar a cultura da economia circular”, explica André Gasparini, diretor Comercial, de Marketing e P&D da Agropalma. “Doratta é um produto premium e esse tipo de iniciativa vem ao encontro do seu posicionamento diferenciado no mercado.”

A Doratta possui o Certificado de Reciclagem da Eureciclo desde 2023. A parceria entre as duas organizações implica no direcionamento de um percentual do volume das embalagens de Doratta para processos de logística reversa, contribuindo significativamente para a redução do desperdício e o aumento da reciclagem no Brasil. Os esforços de ambas as empresas são detalhados no relatório de sustentabilidade publicado anualmente e disponível em seus respectivos sites.

A parceria entre Doratta e Eureciclo reafirma um movimento crescente no país que faz com que empresas de diferentes segmentos busquem alternativas para tornarem seus processos de produção cada vez mais sustentáveis, reduzindo, assim, o impacto do desenvolvimento industrial no meio ambiente.

De acordo com Gasparini, o investimento da Agropalma tem um impacto positivo em toda a cadeia sustentável por meio da reciclagem de materiais equivalentes aos que a empresa utiliza em suas embalagens. “Isso significa que estamos pensando, no presente, em iniciativas que irão impactar o nosso futuro”, afirma.

No Brasil, o hábito da reciclagem e da coleta seletiva ainda não é algo enraizado na cultura da população. De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2022, produzido pela Abrelpe, apenas 2% das mais de 80 milhões de toneladas de resíduos produzidos são recicladas. O estudo mostra que somente as regiões sul e sudeste do país contam com coleta seletiva e ações de reciclagem em mais de 90% dos seus municípios.

Start Química investe em economia circular e transforma resina reciclada em novas embalagens: “Temos o ciclo completo”
Polietileno de Alta Densidade é enviado à REPET, maior distribuidora de embalagens plásticas de Minas Gerais e responsável por gerar novos frascos a partir da reciclagem

Produção sustentável é um tema muito importante para a Start Química, empresa conhecida por oferecer soluções de limpeza e higienização para diversos perfis de clientes no mercado. Por isso, a companhia investe continuamente na economia circular, um conceito responsável por unir economia e sustentabilidade. Na prática, a Start Química transforma resina reciclada em novas embalagens, promovendo assim uma cadeia produtiva mais ecológica e, claro, ainda assim bastante eficiente.
“Aqui no Grupo Lima & Pergher praticamos a economia circular em sua essência. A primeira etapa começa na REVALOR, nossa empresa de reciclagem que desempenha um papel fundamental ao receber resíduos de embalagens plásticas de PEAD (Polietileno de Alta Densidade) através de cooperativas, catadores e das perdas das nossas próprias fábricas. Esses resíduos de PEAD são transformados em grãos reciclados que são as matérias-primas usadas na nossa segunda etapa. Na REPET, maior distribuidora ou fabricante de embalagens plásticas de Minas Gerais, os grãos reciclados de PEAD são recebidos e novas embalagens são produzidas para serem utilizadas nas fábricas do grupo e também de outras empresas. Já na terceira etapa, essas embalagens recicladas são utilizadas no envase de produtos saneantes, cosméticos e de higiene pessoal, e posteriormente colocadas no mercado para a venda. E assim, o ciclo se completa, nos concentramos em minimizar o desperdício e maximizar o aproveitamento de recursos”, explica Larissa Cunha, Gerente de Sustentabilidade da Start Química.
A REVALOR, empresa de reciclagem, também transforma o Pet Cristal (plástico resistente utilizado em embalagens) em flakes (pequenos flocos), que são levados a uma das indústrias do grupo e misturados à resina virgem. Esse processo dá vida a novas embalagens eco friendly, posteriormente enviadas às gôndolas dos mercados. Em uma cadeia de produção única, menos plástico, mais sustentabilidade e mais produto.
O processo ecologicamente responsável aplicado pela Start Química é crucial para o meio ambiente diante de uma realidade preocupante no mundo: 99% dos produtos comprados pelas pessoas são descartados após 6 meses, segundo um levantamento da ONU-Habitat de 2018. “O trabalho implementado e desenvolvido pela Start Química no país permite que cada vez mais plástico seja reaproveitado, que haja mais sustentabilidade e, portanto, mais produtos de alta qualidade e ambientalmente responsáveis, uma marca de nossa empresa”, finaliza Larissa Cunha, Gerente de Sustentabilidade da Start Química.

Governo retoma programa de fortalecimento da agroecologia
EcoForte incentiva produção sustentável de alimentos saudáveis

Da Agência Brasil

O governo federal anunciou a retomada do Programa de Fortalecimento das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica, o EcoForte. A iniciativa, criada inicialmente em 2013, incentiva a produção sustentável de alimentos saudáveis. O compromisso  foi firmado na noite dessa segunda-feira (20), na cerimônia de abertura do 12º Congresso Brasileiro de Agroecologia, no Rio de Janeiro. 

O EcoForte é uma parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Fundação Banco do Brasil (FBB). O acordo foi assinado pelos ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo. Também há recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O programa, que visa fortalecer a agroecologia e a produção orgânica, busca novos modelos de desenvolvimento econômico, alinhados aos princípios de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental. Além de ser um impulso para a agricultura sustentável, o EcoForte contribui para práticas que combatam a fome, a pobreza e as desigualdades.

“Precisamos de uma mudança na agricultura. Uma mudança agroecológica. O meio ambiente está reclamando forte, por isso temos que ter outra cultura. Uma cultura orgânica”, disse o ministro Teixeira.

Comissão nacional

Outra medida anunciada durante o congresso no Rio de Janeiro é a instalação da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. O colegiado atuará como órgão consultivo e tomador de decisão, reunindo representantes de diversos setores para promover a integração de políticas e ações em prol da agroecologia e da produção orgânica no país.

De acordo com o governo, além de efeitos domésticos, a retomada do EcoForte e a criação da Comissão de Agroecologia consolidam o país como referência global na busca por um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo.

O encontro

Congresso Brasileiro de Agroecologia reúne até quinta-feira (23) autoridades, pesquisadores, professores, estudantes, técnicos e agricultores familiares, além de representantes de povos e comunidades tradicionais, indígenas e ativistas de movimentos sociais. O evento propicia diálogo entre governo e sociedade civil, incluindo temas relacionados à retomada da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO).

Mercosul

Também nesta semana, o Rio de Janeiro sedia outro evento relacionado à agricultura familiar e à produção de alimentos, a Reunião Especializada em Agricultura Familiar do Mercosul (Reaf).

A reunião discutirá, até quinta-feira (23), recomendação feita aos países-membros do bloco que visa a elaboração, o fortalecimento e a ampliação de políticas públicas de agroecologia e para a transição agroecológica, em linha com as diretrizes da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que prioriza a transformação para sistemas agroalimentares mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis. São presenças confirmadas delegações da Colômbia, do Uruguai, Paraguai, Chile e da Argentina.