Leilão do 5G será realizado no segundo semestre
Maiores beneficiados serão o agronegócio, a saúde e a segurança

 

Da Agência Brasil

 

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse hoje (1º) que o leilão das frequências 5G deve acontecer no segundo semestre deste ano. Segundo o ministro, o governo tem se esforçado para manter a agenda de concessões. 

“Desde o início da pandemia nós nunca deixamos de trabalhar duro para entregar as privatizações e concessões públicas com sustentabilidade econômica e atrativas para o setor privado”, ressaltou ao participar do Fórum de Investimentos Brasil 2021.

Faria destacou, citando dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que a demanda por internet cresceu 40% no Brasil ao longo de 2020. “No Brasil, 18% da população ainda não têm acesso à internet. É um grande desafio preencher essa lacuna”, disse para ressaltar a importância do leilão das novas frequências de internet.

Além de colocar o país no caminho da universalização do acesso, o ministro disse que o 5G vai possibilitar avanços semelhantes aos proporcionados pelas frequências 4G, usadas atualmente. “O 5G vai ser uma revolução tecnológica. O 4G foi crucial para conectar as pessoas por voz e dados. Uber, internet banking e WhatsApp teriam sido impossíveis sem o 4G”, comparou.

Devem ser beneficiados, segundo Faria, principalmente os setores da indústria do agronegócio, saúde e segurança pública.

Investimentos têm queda de 4,7% em março, diz Ipea
Produção de máquinas e equipamentos caiu 11%

 

Da Agência Brasil

O volume de investimentos da economia brasileira teve queda de 4,7% em março, na comparação com fevereiro. O dado foi divulgado hoje (1) e faz parte do indicador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que mede a formação bruta de capital fixo (FBCF).

A pesquisa avalia os investimentos para aumento da capacidade produtiva da economia e para reposição da depreciação do estoque de capital fixo em setores como máquinas e equipamentos, construção civil e outros.

Segundo o Ipea, apesar da queda frente ao mês anterior, os investimentos cresceram 27% em relação a março do ano passado, primeiro mês das medidas restritivas adotadas no Brasil para conter a circulação do novo coronavírus.

Com o resultado de março deste ano, o primeiro trimestre de 2021 teve alta de 4,6% na FBCF, em relação ao último trimestre de 2020. Na comparação com primeiro trimestre do ano passado, o início deste ano teve alta de 17%. Em doze meses, a expansão acumulada dos investimentos é de 2%.

A pesquisa do Ipea mostra que o mês de março teve queda de 11% nos investimentos em máquinas e equipamentos. O recuo foi mais forte na importação desses itens (-12,8%), enquanto a produção nacional de máquinas e equipamentos destinada ao mercado interno teve retração de 5,8%.

Apesar do resultado negativo em março, o primeiro trimestre do ano foi encerrado com alta de 25,6% no investimento em máquinas e equipamentos. O resultado do período foi impactado pela importação de plataformas de petróleo, que provocou uma alta trimestral de 82,7% no consumo aparente dos itens.

Ainda segundo o Ipea, a formação bruta de capital fixo na construção civil teve avanço de 0,1% em março, após duas quedas seguidas em janeiro e fevereiro. Com o resultado, o trimestre teve um recuo de 3,1% frente ao fim de 2020.

Já em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve alta de 6,8% para a construção civil no mês de março. Os investimentos no setor no primeiro trimestre de 2021 ficaram 1,4% acima dos três primeiros meses de 2020.