Enem 2021 está marcado para 21 e 28 de novembro
Versões impressa e digital do exame serão realizadas na mesma data

 

Da Agência Brasil

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, anunciou as datas das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2021. Pelo Twitter, ele informou que as provas serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro, para as versões impressa e digital.

“Conforme eu já havia anunciado dias atrás, o Enem 2021 acontecerá e será aplicado neste ano. As provas serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro, para as versões impressa e digital. É isso mesmo! A mesma prova, nas mesmas datas, para as duas modalidades”, postou o ministro na rede social.

Realizado anualmente, o Enem é o maior exame para ingresso no ensino superior do país, contando com milhões de inscrições em todo o território nacional. As notas do Enem podem ser usadas para participar de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Campanha comercial dá 50% de desconto em mais de 30 cursos
Promoção faz parte das ações de comemoração do aniversário de 50 anos da Escola de Negócios e Seguros

 

Da Redação

Para inaugurar o mês de seu 50º aniversário, a ENS deu início à campanha que prevê 50% de desconto em cursos online selecionados. Até 2 de julho, mais de 30 cursos livres e de extensão poderão ser adquiridos pela metade do preço.

Versáteis e dinâmicos, os programas de extensão da ENS garantem ao aluno não somente uma qualificação, mas também a oportunidade de reciclar conhecimentos e ampliar a rede de contatos. A extensão não precisa ser feita necessariamente na área de formação de origem, o que amplia o espectro de conhecimento dos participantes.

Dentre os programas que fazem parte da ação promocional, uma grande parte é dedicada à atividade de Gestão, nas áreas de Seguros de Pessoas, Riscos, Inovação, Financeira, Marketing de Serviços, Operações de Seguros, Resseguro e Operações de Seguros, entre outras. Temas em evidência no mercado de seguros também estão contemplados, como Transformação Digital, Relações Comerciais e Jurídicas, Cenários e Ambiente de Negócios, e Marketing de Resultados.

Cursos livres. Já os cursos livres são programas de nível médio, de curta duração, que têm como objetivo fundamentar, aprimorar e ampliar a formação do aluno com conhecimentos teóricos e práticos nas diferentes áreas do Seguro. Eles podem ser feitos por profissionais ou estudantes que desejam acesso imediato ao mercado de trabalho ou buscam requalificação profissional.

Na oferta desta categoria estão programas que abordam Teoria Geral do Seguro, Seguro de Automóveis, de Pessoas, de Transportes e de Responsabilidade Civil, além de conceitos sobre Estratégias de Comercialização de Seguros e Direito e Legislação do Seguro. Para usufruir do desconto de 50% da campanha, os interessados devem acessar o site ou as redes sociais da ENS e inserir o voucher ENS50 no momento da inscrição.

Ações comemorativas. O aniversário de 50 anos da ENS será no dia 30 de junho, mas as comemorações pela emblemática data começaram há algum tempo. Uma das primeiras ações celebrativas foi a criação de uma versão comemorativa da logomarca da Escola, que pode ser vista nas assinaturas de e-mails de todos os colaboradores, sites, redes sociais e campanhas de divulgação de produtos.

Nas principais redes sociais da Escola – Instagram, Facebook e YouTube – teve início, no dia 12 de maio, uma contagem regressiva muito especial: até 30 de junho, está sendo apresentado, por dia, um acontecimento marcante da história da ENS. Serão ao todo 50 fatos representativos vividos ao longo dos 50 anos da Escola.

Controle da pandemia no país exige pelo menos três vezes mais vacinados
DF e 20 Estados têm de imunizar mais de 30% para começar a deter o vírus, diz estudo

 

Do Valor Econômico

Perto de completar cinco meses, a vacinação contra a covid-19 no Brasil ainda está longe de controlar as taxas de transmissão do vírus entre a população. Hoje, dez Estados e o Distrito Federal precisam vacinar cerca de 45% ou mais de suas populações para assistir queda sustentada dos casos da doença, indica estudo do grupo de pesquisa Ação Covid-19. Em outros nove locais esse percentual ainda é superior a 30%. Como os vacinados com duas doses no país ainda são pouco mais de 10% da população, significa dizer que é preciso vacinar, pelo menos, três a quatro vezes e meia mais pessoas para começar a deter o vírus. A pior situação é a do Paraná, onde a imunização necessária para controlar a doença chega um pico de 56,24% da população. O Estado tinha a condição mais crítica do país nos 30 dias até 19 de maio, período considerado nos cálculos.

No levantamento anterior, de abril, esse posto era do Ceará (60,5%), que não aparece na apuração da vez devido à falta de regularidade no repasse dos números de infectados, o que inviabiliza os cálculos. Outros quatro Estados também não tiveram a situação aferida por esse motivo, indicando que a situação do país pode ser ainda mais grave quanto à necessidade de vacinas. Coordenador do Ação Covid-19, o economista e professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) José Paulo Guedes Pinto destaca o caso do Maranhão. Apesar do aumento na demanda mínima por vacinas, de 21,4% em abril para 22,4% em maio, o Estado continua isolado como o que menos precisa vacinar para controlar a pandemia, ainda que tenha a terceira menor cobertura vacinal do país, inferior a 8% da população segundo o consórcio de veículos de imprensa. “Isso é notável porque mostra o peso de medidas de isolamento mais rigorosas e constantes, além da importância de um programa robusto de auxílio financeiro local, inclusive ampliado para pequenos empresários”, diz.

Além do Paraná, ele cita o Rio de Janeiro como destaque negativo. O Estado viu a necessidade de vacinação mais que dobrar entre os meses de março e maio, quando chegou a 54,8%. “No caso de um Estado ‘no meio da tabela’ da vacinação, só o que explica esse desempenho é a queda brusca do isolamento social”, diz o pesquisador. Para ele, o fato indica como o isolamento ainda é um ponto-chave do enfrentamento à pandemia no momento em que a cobertura vacinal é pequena.

Pelo terceiro mês consecutivo, os pesquisadores calcularam o percentual de vacinados em cada Estado para que a taxa de transmissão do vírus (R) fique abaixo de 1. Nessa condição, um infectado não contaminaria mais de uma pessoa, o que levaria a uma queda consistente dos casos.

Como o número de imunizados, por vacinação ou infecção prévia é sempre crescente, a tendência do levantamento é indicar percentuais de vacinação para controle da pandemia cada vez menores. Na passagem de abril para maio, porém, isso ocorreu somente em 11 Estados – um deles é São Paulo, onde o índice caiu de 40,6% em abril para 35,6% em maio.

Em outros seis – Rio, Roraima, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Maranhão – o controle da crise ficou mais distante: houve aumento da quantidade mínima de pessoas a serem vacinadas para sustar a circulação do vírus ante o verificado no mês anterior. Segundo Guedes Pinto, essa dinâmica acusa um “descontrole permanente” da transmissão do vírus em todo o país. “Mesmo onde verificamos queda da cobertura mínima necessária, a melhora foi quase sempre insignificante.”

Em maio a cobertura vacinal mínima só recuou mais de cinco pontos percentuais em três Estados e, de forma geral, teve variações bem inferiores às registradas em abril, quando o país colhia os efeitos de medidas mais duras de isolamento impostas na esteira do pico de mortes da pandemia, em março. O caso do Tocantins é sintomático: o Estado precisava vacinar pelo menos 83,2% da população em março, número que caiu para 47,6% em abril, mas, em maio, desceu somente para 45,9%.

A desaceleração na queda da cobertura mínima necessária ou mesmo seu aumento se repete na maior parte do país, e indica recrudescimento da pandemia. “Mais do que continuidade do descontrole, os números dizem que caminhamos rápido para um novo pico de infecções e mortes”, diz a física Patrícia Magalhães, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), responsável pelo modelo matemático ao lado da estatística Pamela Chiroque-Solano, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A previsão vai no mesmo sentido dos alertas semanais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na sexta-feira, a instituição apontou tendência de aumento de casos síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em 13 Estados e o Distrito Federal. Como 96% dos casos de SRAG no Brasil hoje se devem a infecção por covid-19, fica patente a provável escalada dos casos da doença nas próximas semanas. Para chegar aos resultados, os pesquisadores do Ação Covid-19 calculam a média da taxa de transmissão do vírus (R) de cada Estado a partir dos números de infectados, recuperados e “suscetíveis” indicados por secretarias estaduais durante 30 dias. Com o indicador, é possível estimar quanto de cada população precisa estar imunizada para levá-lo a valor igual ou menor que 1. Na conta, vacinados são computados como suscetíveis, mas “pesados” pela eficácia da vacina Coronavac (50,38%), ainda a mais aplicada no país.

Pandemia acelera consolidação
Até maio, operações somam R$ 221,6 bi e cenário é de mais negócios

 

Do Valor Econômico

A pandemia acelerou este ano os processos de fusões e aquisições de companhias fragilizadas pela crise. De um lado, estão grupos capitalizados que buscam melhorar sua eficiência com a compra de rivais. De outro, empresas com dinheiro em caixa estão fechando transações para diversificar seus negócios.

Nos primeiros cinco meses do ano, o volume de transações atingiu a marca de 693, alta de 37,23% sobre o mesmo período do ano passado e 20,3% acima de janeiro a maio de 2019, segunda a consultoria espanhola TTR. O número supera, portanto, a base de 2019, antes do início da crise que, inicialmente, paralisou essas transações.

Em valores, as operações atingiram R$ 221,6 bilhões, alta de 334,50% sobre igual período do ano passado e 83% acima de 2019. A TTR inclui em suas estatísticas transações que não envolvem necessariamente assessores financeiros na intermediação. Dados da Dealogic mostram a mesma tendência. A consultoria registrou 237 transações de janeiro a maio deste ano, ante 185 sobre janeiro a maio do ano passado. Em valor, as operações alcançaram US$ 49,671 bilhões (R$ 250 bilhões, ante US$ 5,941 bilhões (R$ 29,9 bilhões), aumento de 736% sobre os cinco meses de 2020.

Para este ano, as projeções de especialistas, assessores e bancos ouvidos pelo Valor apontam para um volume de operações superior a 2020, voltando a patamares pré-covid-19. Com o cenário de juros em baixa e maior liquidez, ganha força o movimento de consolidação de empresas nacionais. O câmbio apreciado, que torna os ativos mais baratos, também estimula a entrada de empresas estrangeiras. Mas, diante das incertezas econômica e política, esse tipo de investidor costuma ficar mais receoso para fechar negócios no país.

“O avanço dessas operações não são necessariamente para concentração de mercado. Há negócios para capturar sinergias e entrada em novos mercados”, observa Sílvio Laban, professor do Insper, a respeito da mudança de perfil das transações recentes no país. “O movimento que estamos vendo é muito mais de empresas não concorrentes do que as que disputam o mesmo mercado. Vamos ver mais compras de empresa não-competidoras, mas, sim, complementares”, aponta Ulysses Reis, coordenador do MBA de Varejo da Fundação Getúlio Vargas.

Há consenso de que setores de tecnologia e operações financeiras continuarão liderando o total de transações. Mas saúde, educação, varejo e agronegócio devem protagonizar importantes negociações. Para os próximos meses, dois negócios de peso na área petroquímica estão para serem anunciados – a venda da Oxiteno, que pertence ao grupo Ultra, e a venda da fatia da Odebrecht na Braskem, transação que pode ser a maior do ano.

No setor aéreo, a concentração poderá ser maior, se as conversas da Azul com a Latam avançarem. O setor de moda aguarda os próximos passos da Arezzo, que tentou comprar a Hering, mas foi atravessada pelo grupo Soma. Ainda há conversas entre Vivara e H.Stern, que estão na fase de diligência dos números, diz uma fonte.

O setor de saúde movimentou, recentemente, em apenas sete dias, R$ 1,5 bilhão em negócios com a conclusão de sete transações envolvendo os principais grupos do país. O setor de educação passa pelo mesmo movimento, diz Carlos Mello, sócio do escritório Souza, Mello e Torres Advogados. O escritório de Mello assessorou a Fael, faculdade de ensino a distância comprada pela gigante Ser. “Veremos os maiores players em educação comprando empresas médias do setor”, diz Mello.

Com o mercado de capitais aquecido, com empresas indo à bolsa em 2020 e 2021, as ações viraram a principal moeda nos movimentos de fusões e aquisições, diz Gustavo Miranda, responsável pela área de banco de investimento do Santander. “Empresas de capital aberto também voltaram à bolsa para se capitalizar, preparando-se para expansão”, diz.

Foram os casos da Renner, que levantou quase R$ 4 bilhões (e estuda comprar pequenos negócios, como startups de tecnologia, diz fonte), e da rede de hospitais D’Or, que fez em dezembro um dos maiores IPOs da história da bolsa, com R$ 11,4 bilhões, e mais R$ 1,8 bilhão em uma oferta subsequente em março.

Há o efeito do barateamento de ativos. “Isso fez com que investidores voltassem mais os olhos para as empresas abertas. Mas também há grupos fechados, sem maiores dificuldades financeiras, que estão pensando: ‘Já cheguei até aqui, sobrevivi à crise, qual meu próximo passo?”, diz Douglas Carvalho, sócio da Target Advisor, butique de fusões e aquisições (M&A). Para ele, ainda há uma questão de “timing” certo. “Tem muita companhia que sabe que podem vir outras crises, e o ano eleitoral está chegando, o que gera instabilidade. Há outras empresas que entendem que é a hora de realizar [o lucro, se desfazendo de sua posição]. Isso tudo aumenta os M&As.”

Pedro Quintão, responsável pela área de M&As do Bradesco BBI , lemra que há uma corrida pela digitalização, sobretudo nas áreas de varejo e operações financeiras. Isso obriga as companhias a fecharem acordos com empresas com outras ‘expertises’ para reforçar a própria estrutura. É o caso, por exemplo, de Magazine Luiza, Via e B2W. Só o Magalu fez 16 aquisições de plataformas e startups de janeiro de 2020 a abril deste ano.

O Bradesco BBI, Itaú BBA e Santander estão com maior fluxo de mandatos neste ano em relação ao ano passado. “As incertezas sobre o futuro em junho deste ano são menores em relação ao mesmo período do ano passado”, diz Quintão.

Para Cristiano Guimarães, diretor-executivo do Itaú BBA, os cheques deverão ser maiores. “Veremos transações relevantes. Com a pandemia, surgiram operações não consideradas antes da crise.”

Leonardo Dell’Oso, da consultoria PwC, concorda. Segundo ele, o mercado nacional sempre foi de operações de porte médio.

Segundo Guimarães, apesar da volatilidade nos últimos dois meses, a atividade econômica dá sinais de retomada. “Querendo ou não, a pandemia toca em diversos outros temas, com questões políticas e econômicas. Mas a percepção é que o mercado vai melhorar.”