Marcelo Buhatem é reeleito presidente da ANDES
Reajuste da aposentadoria dos magistrados será prioridade da gestão

 

Marcelo Buhatem presidirá a ANDES durante o triênio 2021-2024

 

Da Redação

O desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Marcelo Buhatem foi reeleito presidente da Associação Nacional de Desembargadores (ANDES) para o triênio 2021-2024. Buhatem é desembargador do TJ-RJ há dez anos. Antes, passou 20 anos no Ministério Público fluminense. Ele foi eleito pela primeira vez em junho do ano passado, após renúncia do presidente Bartolomeu Bueno. A gestão pretende ampliar o diálogo com os Poderes Executivo e Legislativo em defesa das pautas ANDES.

Buhatem avalia que, ao longo do último ano, houve um importante trabalho de estabelecer uma aproximação com os outros Poderes. “Agora, pretendemos fortalecer ainda mais essas relações, para que possamos defender os direitos dos magistrados, bem como consolidar a ANDES como um veículo associativo respeitado e ouvido nas grandes questões institucionais”, afirma.

Uma das pautas prioritárias é a necessidade de um reajuste no regime previdenciário dos magistrados. O presidente da ANDES observa que a categoria acumula uma defasagem de 41% em relação à inflação desde 2006. Além disso, o magistrado, ao se aposentar, perde 40% dos seus vencimentos.

A retomada gradual dos julgamentos presenciais é outra questão que está na agenda da ANDES. “O “olho no olho” é fundamental para garantir que as partes conheçam quem vai decidir o rumo do processo, bem como a liturgia do julgamento”, defende Buhatem, que explica que a Justiça apresenta uma ritualística própria, que é fundamental para preservar direitos e garantias processuais. Ele cita como exemplo o contato direto da defesa com o réu, que fica impossibilitado em julgamentos virtuais, que afetam a própria dinâmica da audiência.

O presidente da ANDES aponta como um dos grandes desafios do judiciário brasileiro a redução do congestionamento de processos. São mais de 77 milhões de ações em tramitação na Justiça que expõem um cenário de elevada litigiosidade que alcança os tribunais. Para ele, uma das soluções é fazer com que a população entenda que há meios adequados de prestação de justiça, além do próprio judiciário, que deveria ser utilizado para pacificar conflito de interesses que não pudessem ser resolvidos pelos métodos extrajudiciais.

 

IGP-10 acumula inflação de 32,84% em 12 meses, diz FGV
Em agosto, o índice ficou em 1,18%

 

Da Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 1,18% em agosto deste ano. A taxa é superior ao 0,18% de julho deste ano, mas inferior ao 2,53% de agosto do ano passado.

Com o resultado, o IGP-10 acumula taxas de inflação de 16,88% no ano e de 32,84% em 12 meses, segundo a FGV.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o varejo, registrou inflação de 1,29% em agosto. Em julho, havia tido uma deflação (queda de preços) de 0,07%.

Também teve alta na taxa, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que mede o varejo, ao subir de 0,70% em julho para 0,88% em agosto.

Por outro lado, a inflação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) recuou de 1,37% em julho para 0,79% em agosto.

RJ autoriza aplicar Pfizer caso falte AstraZeneca para segunda dose
A decisão foi publicada ontem em uma nota técnica, diz SES

 

Da Agência Brasil

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) autorizou a utilização da vacina da Pfizer contra covid-19 como segunda dose para a Oxford/AstraZeneca, apenas no caso de o estado não receber quantidade suficiente desse imunizante. Segundo a SES, a decisão foi publicada ontem em uma nota técnica.

A SES reforça que a intercambiabilidade com essas vacinas só poderá ser realizada se os municípios registrarem falta da vacina Oxford/AstraZeneca para completar o esquema vacinal de quem já recebeu esse imunizante na primeira dose.

Segundo a SES, a decisão foi tomada em conjunto com a equipe de especialistas do Conselho de Análise Epidemiológica que assessora a Vigilância estadual.

A vacina Oxford/AstraZeneca é produzida no Brasil pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Apesar de poder produzir mais de 1 milhão de doses por dia, o instituto tem sua capacidade limitada pela disponibilidade do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), que precisa ser importado da China.

Bio-Manguinhos já iniciou o processo de transferência de tecnologia para se tornar autossuficiente na produção do insumo, mas os primeiros lotes da vacina produzida com IFA nacional só devem ficar prontos no quarto trimestre deste ano.

Até a semana passada, a Fiocruz já havia produzido e entregado 80,5 milhões das 100,4 milhões de doses previstas no acordo de encomenda tecnológica com a AstraZeneca. A fundação já encomendou IFA para mais doses e prevê reforçar a produção com o ingrediente farmacêutico ativo nacional.

Quinta D’Or realiza duas mil cirurgias robóticas
Tecnologia é utilizada principalmente para cirurgias de próstata e bariátrica

 

O cirurgião Victor Dubeux (esq.) e sua equipe, a supervisora de enfermagem do Centro Cirúrgico, Fernanda Dornellas, e o gerente médico Romolo Guida (dir.)

 

Da Redação

Uma prostatectomia, mais conhecida como retirada da próstata, foi a cirurgia robótica número dois mil do Quinta D’Or. Desde 2016 o hospital, situado na Zona Norte do Rio de Janeir, conta com o equipamento robótico e responde por cerca de 15% de todas as intervenções robóticas realizadas na Rede D’Or. De janeiro a julho deste ano, o hospital já realizou 315 procedimentos contra 389 ao longo de 2020. Diretor do Quinta D’Or, Marcus Vinicius Santos explica que o robô garante mais precisão e é bem menos invasivo do que cirurgias tradicionais, o que reduz o risco de infecções, bem como o tempo de internação. “Hoje as intervenções na próstata e bariátrica respondem pela maioria das cirurgias robóticas realizadas”, relata.