Projeto do Sebrae vai incentivar geração de renda no Nordeste
Atividades começam neste domingo no Rio Grande do Norte

Da Agência Brasil

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) inicia neste domingo (21) o projeto Pelo Brasil para incentivar a geração de renda no Nordeste.

As atividades começam no Rio Grande do Norte. Além de encontros com autoridades, a equipe do Sebrae vai visitar projetos de desenvolvimento geridos por microempresários.

Segundo o presidente do Sebrae, Décio Lima, no ano passado 22 mil empregos foram gerados no estado e 42 mil empresas foram abertas.

“Vamos falar com governadores, prefeitos, líderes, com a comunidade, associações. Precisamos levar essa vontade de mudança para as ruas e transformar o Pelo Brasil em um grande movimento. As micro e pequenas empresas são as grandes geradoras de emprego no país”, disse Décio Lima.

Na terça-feira (23), na Paraíba, o Sebrae lança o Cidados, ferramenta de inteligência artificial que usa dados sobre as características de cada município para gerar propostas de novos negócios.

De acordo com levantamento mensal feito pelo Sebrae, as micro e pequenas empresas são responsáveis pela maioria dos empregos formais gerados no país. Conforme a mais recente pesquisa, realizada com base nos números do Caged, o setor foi responsável pela criação de 85,5% dos postos de trabalho em abril.

PIB cresceu 1,6% no primeiro trimestre, projeta FGV
Em março na comparação com mês anterior, estimativa de alta é 1,8%

Da Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB), a soma dos bens e serviços produzidos no país, cresceu 4,5% no primeiro trimestre deste ano em relação ao primeiro trimestre de 2022. Na comparação com o último trimestre do ano passado, o crescimento da economia brasileira chegou a 1,6%. É o que apontam os dados do Monitor do PIB, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Esses resultados não são oficiais, uma vez que o cálculo do PIB é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado trimestralmente.

De acordo com a FGV, considerando-se apenas o mês de março, a economia brasileira cresceu 1,8% em relação a fevereiro. Na comparação com março do ano passado, expansão chegou a 4,5%.

Na comparação do primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado, o consumo das famílias cresceu 4,7%, principalmente pelos consumos de serviços e de bens não duráveis.

Os investimentos (formação bruta de capital fixo) avançaram apenas 0,2%. O desempenho do segmento foi prejudicado pela queda de 3,4% na parte de máquinas e equipamentos.

As exportações tiveram alta de 5,7%, puxadas pelos produtos da indústria extrativa mineral e pelos serviços, enquanto as importações recuaram 2,1%, devido aos recuos nas compras de produtos agropecuários, da extrativa e de bens intermediários.

Metodologia

O Monitor do PIB/FGV estima mensalmente o Produto Interno Bruto brasileiro, com base a mesma metodologia das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.

Fundo Amazônia pode liberar R$ 1 bi para ampliar segurança na região
Pedido foi feito pelos Ministérios da Justiça e da Defesa ao BNDES

Da Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta quinta-feira (18), em Brasília, que apresentou um plano com o Ministério da Defesa para ampliar a presença das forças de segurança nas áreas florestais da Amazônia. O assunto foi discutido mais cedo em uma reunião com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Eu acabei de voltar do Rio de Janeiro, onde fiz uma reunião com o presidente Aloízio Mercadante e toda a equipe do BNDES. Apresentamos um plano comum do Ministério da Justiça com o Ministério da Defesa, visando, sobretudo, ampliar a presença no território. Esse é o centro da estratégia”, disse Dino, em entrevista.

O BNDES é a instituição financeira responsável pela gestão do Fundo Amazônia, retomado este ano com caixa de mais de R$ 5,4 bilhões. O fundo é alimentado com recursos de doações de países estrangeiros para fomentar projetos de proteção do bioma.

Segundo Flávio Dino, o plano prevê a obtenção de R$ 1 bilhão do Fundo Amazônia via BNDES somado a R$ 700 milhões do orçamento do próprio Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“Estamos pleiteando recursos para multiplicar bases fluviais, bases terrestres, multiplicar, portanto, a presença no território com helicópteros, drones, armamentos e aviões e enfrentar esse novo patamar do crime na Amazônia. Monitoramento satelital [por satélite] é importante, inteligência é vital, mas é preciso presença física”, enfatizou.

Crime organizado

De acordo com Flávio Dino, a criminalidade na região não é apenas individual, mas capitaneada por facções fortemente armadas e perigosas. Ele citou as dificuldades em concluir, por exemplo, o processo de desintrusão [medida legal para concretizar a posse efetiva da terra indígena] de garimpeiros na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

“Por que a desintrusão caminhou sem nenhuma morte durante meses, e durante as últimas semanas há confrontos armados? Porque exatamente setores que remanesceram no território, nem todos são vinculados a facções criminosas”, explicou.

Entre os garimpeiros mortos nas últimas semanas, após confronto com forças policiais, havia um integrante de facção criminosa com atuação nacional. Essa linha de investigação passou a ser um dos focos de ações de inteligência do governo federal na região.

Dados

Durante a entrevista, o ministro da Justiça apresentou balanço de ações recentes das forças de segurança do governo federal na região. Ele citou, por exemplo, o cumprimento de 129 mandados de busca e apreensão, 74 prisões, bloqueio de R$ 183 milhões de recursos provenientes do crime e 465 equipamentos destruídos ou inutilizados.

Em todos os estados da Amazônia Legal, segundo dados da empresa de satélites Planet, divulgados pela Polícia Federal, houve redução de 35,61% no desmatamento do corte raso, na comparação entre os meses de janeiro a abril de 2023 com o mesmo período de 2022.

Os alertas de mineração, que chegaram a 13,8 mil no ano passado, foram reduzidos para 8,5 mil nos quatro primeiros meses de 2023. Apenas na Terra Indígena Yanomami, a redução dos alertas de garimpo foi de 95%, na comparação dos primeiros meses de 2022 com o mesmo período deste ano.

Atividade econômica cresce 2,41% no primeiro trimestre, informa BC
Em 12 meses, o indicador ficou positivo em 3,31%

Da Agência Brasil

A atividade econômica brasileira apresentou crescimento no primeiro trimestre deste ano, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (19) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve alta de 2,41% de janeiro a março em relação ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2022), de acordo com dados dessazonalizados (ajustados para o período).

Em comparação ao trimestre de janeiro a março de 2022, alta foi de 3,87% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais).

Em março de 2023, o IBC-Br teve queda de 0,15%, atingindo 147,09 pontos. Na comparação com o mesmo mês de 2022, houve crescimento de 5,46% (também sem ajuste para o período). Desde agosto do ano passado, o IBC-Br vinha caindo, com interrupção da retração em dezembro, quando houve alta, seguida de estabilidade em janeiro, alta em fevereiro e, agora, nova queda.

No acumulado em 12 meses, o indicador ficou positivo em 3,31%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 13,75% ao ano, o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia – indústria, comércio e serviços e agropecuária –, além do volume de impostos.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia. Ainda assim, o resultado do IBC-Br do trimestre aponta uma recuperação da atividade.

O indicador oficial da economia brasileira, entretanto, é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com resultado trimestral, o valor do primeiro trimestre de 2023 será divulgado em 1º de junho. O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país.

Em 2022, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões.