Do Estado de Minas
A Associação Nacional dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) entrou como amicus curiae (amigo da corte) na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que a Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) ingressou no Supremo Tribunal Federal. O objetivo é tornar sem efeito a Lei sancionada pelo presidente Bolsonaro, que instituiu o piso salarial da enfermagem. Detalhe: a lei não determinou qual seria a fonte de custeio para o aumento. Atualmente, 87% dos pacientes renais são atendidos por clínicas conveniadas ao SUS. A defasagem entre o preço pago pelo governo para cada sessão de hemodiálise estava em R$ 70 antes da definição do piso. Com a sansão da lei, a próxima folha de pagamento das clínicas será, em média, 25% maior. Segundo a ABCDT, 40 clínicas fecharam as portas em decorrência da crise de subfinanciamento do tratamento do diálise. Agora, a situação piorou: 50% das clínicas indicaram que não receberão novos pacientes até que o STF decida sobre a ADI.