“Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju” atrai milhares de visitantes em sua primeira semana no Museu de Arte Contemporânea
Com curadoria da jornalista Ana Claudia Guimarães, mostra é a maior sobre a Coreia do Sul já realizada no Brasil

 

A tradição coreana das lanternas surgiu como uma tática militar para avistar os inimigos na escuridão da noite

 

Da Redação

Em pouco mais de uma semana desde a sua estreia no Museu de Arte Contemporânea, em Niterói, a exposição “Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju” já desponta com uma das melhores do ano no Brasil. Com curadoria da jornalista Ana Cláudia Guimarães, a maior exposição de arte da Coreia do Sul já realizada no Brasil  tem encantado milhares de pessoas mostrando elementos tradicionais da cultura coreana. A mostra permanece em cartaz até 25 de agosto.

Organizada pelo do Centro Cultural Coreano no Brasil e pela prefeitura de Jinju, além de patrocínio da prefeitura de Niterói e realização da Scuola di Cultura, a exposição leva o público a uma viagem até a Ásia, para conhecer uma das mais populares tradições culturais coreanas a partir da experiência imersiva com instalações em site specific. As milenares lanternas coloridas de seda dialogam com elementos cenográficos contemporâneos, transportando os visitantes à famosa cidade de Jinju, que desde 2003 sedia um dos mais tradicionais festivais culturais do país.

Um dos pontos altos da exposição são os túneis coloridos formados por 1200 lanternas de seda originais da cidade de Jinju. No final dos túneis, o público encontra uma enorme lua em 3D, além de instalações, fotos e vídeos da cidade e do Festival Jinju Namgang Yudeung, mostrando a unidade entre a tradição e a contemporaneidade. Além das lanternas, estarão expostos os Hanboks (traje tradicional coreano). A exposição também conta com a presença do mascote de Jinju, a lontra Hamo, de 3 metros de altura.

Segundo a curadora,  a exposição “Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju” cria uma ponte luminosa que une passado e presente e nos conecta a uma cultura milenar por meio de delicadas lanternas, produzidas manualmente. “As curvas e formas do MAC projetadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer geram um rico diálogo entre culturas e tempos tão distintos e nos transpõe a essa festividade. Hoje, as luzes representam um momento de celebração num país cuja riqueza cultural tem encantado o mundo”, diz a Ana Cláudia.

A tradição das lanternas de seda começou na 1ª Batalha da Fortaleza de Jinjuseong, durante a Guerra Imjin (1592-1598), entre 3.800 soldados do Exército Suseong (Coreia), que protegiam o castelo, e 20.000 soldados japoneses. Os coreanos usaram a lanterna no Rio Namgang em uma noite escura para avistar os japoneses, impedindo-os de cruzar o rio. Além de tática militar, as lanternas também foram usadas para enviar recados aos familiares fora da fortaleza. Mais tarde, a população da cidade de Jinju começou a lançar as luzes no Rio Namgang para homenagear as almas dos soldados que se sacrificaram, como símbolo de resistência.

As lanternas também se tornaram a base do Festival Jinju Namgang Yudeung, que é conhecido internacionalmente e todo ano reúne mais de 2 milhões de pessoas. A festividade foi designada pelo Ministério da Cultura, Esportes e Turismo como o festival representativo da Coreia e ainda foi selecionada como um festival de luxo global de desenvolvimento da Coreia por 5 anos consecutivos.

 

 

SERVIÇO  | ‘LUZES DA COREIA – FESTIVAL DE LANTERNAS DE JINJU’

Até 25 de agosto

Local: Museu de Arte Contemporânea – MAC Niterói (Mirante da Boa Viagem, s/nº, Boa Viagem, Niterói – RJ)

Horários: Terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h30)

Preços ingressos: R$16,00 (Inteira); R$8,00 (Meia-entrada)

Gratuidade às quartas-feiras. Gratuidade para quem vai de bicicleta e para moradores de Niterói. Veja mais sobre a política de ingressos aqui: http://culturaniteroi.com.br/macniteroi/visitacao
Ingressos à venda na bilheteria do museu e pelo Sympla.