

Por: Uol
A Suprema Corte do Reino Unido decidiu nesta terça-feira (24) que o “brexit”, processo de saída britânica da União Europeia (UE), precisa ser aprovado pelo Parlamento, não sendo suficiente apensa sua aprovação em plebiscito, em junho passado.
O veredicto, aprovado por oito magistrado contra três, deve atrasar o cronograma da primeira-ministra conservadora, Theresa May, para iniciar o processo de desvinculação do bloco regional – ela pretendia começar as negociações para sair da UE até o fim de março.
A decisão da Suprema Corte desta terça agrada parlamentares contrário ao “brexit”, pois deve aumenta sua influência sobre o processo, de modo a aprovar uma saída da UE em termos mais brandos.
Na semana passada, May fez um discurso em que apontou que o processo de saída do bloco regional seria “duro”, com o Reino Unido abandonando o mercado único europeu, além das instituições de integração política da UE.
O procurador-geral do Reino Unido, Jeremy Wright, afirmou que o governo está “desapontado” com o veredicto desta terça, mas irá respeitá-lo.
O Partido Trabalhista, principal sigla de oposição, disse que “respeitará o resultado do referendo e a vontade do povo britânico” e não irá se opor à saída da UE, mas que buscará apresentar emendas ao acordo do “brexit” de modo a suavizar a saída da UE, mantendo o Reino Unido no mercado comum europeu.
O líder do Partido Liberal-Democrata, Tim Farron, saudou a decisão da Suprema Corte. “Esse governo do ‘brexit’ conservador gosta de louvar o processo democrático quando lhe convém, mas se nega a dar ao povo a decisão sobre o acordo final”, afirmou. Ele também exigiu um plebiscito sobre os termos de saída da UE.
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