Mudar o estilo de vida para alcançar longevidade com saúde é uma meta desejada pela maioria dos indivíduos, mas a realidade é que poucos conseguem empreender as mudanças necessárias sem ajuda e orientação. Esse desafio será tema de palestra, dia 11 de setembro, às 16h, no Primeiro Fórum de Saúde da ABRH-RJ (Associação Brasileira de Recursos Humanos). O debate, no auditório da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), reunirá duas especialistas em Coaching de Saúde e Bem-Estar – a norte-americana Margareth Moore, fundadora da Wellcoaches Corporation e professora da Universidade de Harvard, e a francesa radicada no Brasil
Bendelac Ururahy, sócia-diretora e co-fundadora da Be Coaching Brasil.
A dificuldade em virar essa chave é comprovada por números: segundo Harvard, 85% das pessoas não conseguem concretizar sozinhas as adaptações em seu estilo de vida, mesmo quando se trata de questão de vida ou morte e apesar de saberem o que é preciso fazer após uma consulta aos profissionais de saúde. Dado que ilustra a importância dessa decisão e o impacto no mundo do trabalho vem da consultoria norte-americana Great Place to Work: o bem-estar dos funcionários aumenta em 11%, na média, a rentabilidade das empresas. Pessoas com a saúde em equilíbrio alcançam mais satisfação pessoal e profissional, consequentemente são mais produtivas.
“A verdade é que grande parte não consegue sequer sair da inércia ou desiste de adquirir hábitos saudáveis dentro dos três primeiros meses de tentativas, reiniciando continuamente esse processo de busca, num ciclo de rápidos progressos e profundos fracassos que levam à decepção e ao total desânimo”, afirma Marie, que tem formação no Brasil e em Harvard.
Mundo hiperconectado exige foco e definição de prioridades
Um dos primeiros passos para mudar de hábitos é rever a rotina diária, a forma como as tarefas são distribuídas e elencar prioridades. No ambiente hiperconectado em que vivemos hoje, as pessoas tendem a assumir e executar várias tarefas ao mesmo tempo, o que, segundo especialistas, é exatamente o oposto do que se deve fazer para alcançar produtividade e os resultados desejados.
Coautora do livro ‘Organize sua Mente, Organize sua Vida’ (Organize Your Mind, Organize Your Life), junto com o psiquiatra Paul Hammerness de Harvard, Moore discorre sobre o tema em podcast divulgado pelo West Alabama Mental Health Center. “O cérebro só é projetado para se concentrar em uma coisa de cada vez, por isso não tem capacidade, como um computador, de executá-las simultaneamente”, afirma. Obviamente, algumas atribuições não requerem toda a atenção mental. Mas não se pode, por exemplo, dirigir e enviar mensagens ao mesmo tempo – algo comparável a uma missão crítica que requer dedicação exclusiva. Assim como perigoso, não é produtivo – explica a especialista.
“As pessoas têm que voltar a fazer uma coisa de cada vez, mesmo que por cinco minutos, aprofundando-se e avançando”, recomenda Moore. Para ela, é melhor deixar a última incumbência para trás, não se preocupar com outras 30 e tantas que você não está fazendo, e só então atender à próxima. “Ao praticar isso, logo é possível notar como tudo melhora. Focar completamente em algo é um dos melhores estados de bem-estar psicológico”, diz a fundadora da Wellcoaches Corporation.
Ferramentas oferecem orientação e apoio
Mas há soluções, segundo especialistas, para aumentar a consciência dos indivíduos e torná-los protagonistas da própria saúde: o Coaching de Saúde e Bem-Estar (Health and Wellness Coaching – apoiado por mais de 200 pesquisas científicas) e a metodologia “Imunidade à Mudança” (do inglês Immunity to Change, desenvolvida em Harvard com base na Neurociência, que permite superar obstáculos ao alcance dos objetivos desejados e adquirir novos hábitos), estão entre as principais.
A Be Coaching Brasil, esclarece Marie, atua nos dois campos: “Na Imunidade às Mudanças, quando as pessoas desenvolvem mecanismos internos que as impedem de alcançar objetivos, a proposta é ajudá-las a mudar hábitos ou promover transformações desejadas em suas vidas. É uma das metodologias, com resultados comprovados, que podem auxiliar na transformação de hábitos de forma eficaz”.
Serviço:
Palestra: Por que é tão difícil mudar o estilo de vida e como fazer?
Quando e onde: 11 de setembro, às 16h – Auditório da Firjan, Avenida Graça Aranha, 1, Centro do Rio.
Realização I Fórum de Saúde: ABRH-RJ e SESI/SENAI – 11 e 12 de setembro