Quando o assunto é conquistar qualidade de vida, além de alcançar realização pessoal e no trabalho, estabelecer metas e promover transformações internas são posturas que estão na ordem do dia – e o apoio profissional para vencer esse desafio é algo que um número cada vez maior de pessoas procura, em todo o mundo. Dentro de empresas e instituições, as lideranças também têm papel fundamental, que é disseminar informação sobre a importância do bem-estar e do equilíbrio, oferecendo aos colaboradores meios para que possam obter atendimento e se desenvolver.
Essa foi a tônica do debate ‘Por que é tão difícil mudar o estilo de vida, e como fazer?’, que ocorreu no Primeiro Fórum de Saúde da ABRH-RJ (Associação Brasileira de Recursos Humanos), neste mês, na Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro). O encontro reuniu duas especialistas em Coaching de Saúde e Bem-Estar – a norte-americana Margareth Moore, fundadora da Wellcoaches Corporation e professora da Universidade de Harvard (EUA), e a francesa radicada no Brasil Marie Bendelac Ururahy, sócia-diretora e co-fundadora da Be Coaching Brasil.
“Muitas pessoas que não conseguem promover mudanças em suas vidas, em geral, adiam esse passo, dizem que já sabem o que fazer, prometem que o farão, e nada acontece. O que elas precisam entender é que não é necessário andar sozinhas. Há hoje profissionais qualificados para auxiliar nisso, com uso de metodologias reconhecidas ”, disse Marie, durante sua palestra, ao citar o coaching – conhecimento estudando e desenvolvido em grandes instituições acadêmicas do mundo, como a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
O coaching, explicou Marie, não é algo impositivo. O processo permite que as pessoas retomem o autocontrole, ganhem produtividade, saúde e bem-estar. Assim, completou a especialista, tornam-se protagonistas da própria integridade. Para uma plateia de aproximadamente 100 pessoas, Marie chamou a atenção dos líderes, que devem se ater aos exemplos que estão dando. Lideranças saudáveis têm mais sucesso em ter equipes saudáveis. Segundo ela, há estudos apontando que, para cada 1 mil dólares investidos pelas empresas em bem-estar, o retorno é de 4 mil dólares.
“O processo de coaching atua para que as mudanças sejam mais fáceis e rápidas. As transformações estão se acelerando no mundo, e as pessoas precisam se adaptar. Nos EUA, dois-terços das pessoas são obesas, 90% não gostam do seu trabalho e 80% dos adultos não estão prosperando. Temos que transformar nosso pensamento. É onde esse conhecimento é aplicado, ajudando os indivíduos a fazer as pequenas e progressivas mudanças. O coache profissional foca na facilitação, ajuda as pessoas em seu crescimento, faz com que saiam da baixa confiança”, destacou Margaret Moore.
De acordo com a especialista de Harvard, o mundo passa por uma fase de aceleração em que todos precisam aprender a mudar e prosperar ao mesmo tempo. “Isso nos leva à Medicina do estilo de Vida. Outro benefício é equilibrar as emoções, temos isso como um objetivo coletivo”, observou Moore.
O debate foi mediado pelo médico Gilberto Ururahy, diretor-médico da Med-Rio Check-up, que recentemente trouxe ao Brasil outro especialista de Harvard, Edward Philips, para o evento A Medicina Preventiva Aplicada ao Estilo de Vida, na PUC-Rio. Gilberto Ururahy será coordenador de um curso na área de Medicina Preventiva que será oferecido pela universidade a partir de 2018.