Mercado prevê que Selic chegará a 9% ao ano em 2018

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Previsão inicial dos juros era de 10,25% ao ano

O mercado financeiro projeta que a Selic, a taxa básica de juros da economia, chegará a 9% ao ano em 2018. Para 2017, está mantida a projeção da Selic em 9,5% ao ano. O mercado também prevê que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará em 4,7% este ano, perto do centro da meta: 4,5% com dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

As estimativas estão no boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central (BC) feita com instituições financeiras. No início do mês, as instituições consultadas para o levantamento ainda previam a taxa básica de juros na casa dos dois dígitos em 2017, em 10,25% ao ano.

O mercado vem se mostrando mais otimista a respeito da Selic depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduzir a taxa básica mais que o esperado, em sua primeira reunião de 2017. Em lugar da queda de 0,5 ponto percentual projetada, o Copom cortou 0,75 ponto percentual. O presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmou que este deve ser o “novo ritmo” de redução dos juros.

A decisão de intensificar a redução da taxa básica de juros ocorreu após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar que a inflação medida pelo IPCA encerrou 2016 em 6,29%.

A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.

A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB, a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) em 2017 permanece em 0,50%.

Governo federal libera R$ 395 milhões para área de saúde do Rio

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Ministro Ricardo Barros pretende diminuir fila de espera por exames

O governo federal vai liberar R$ 395,4 milhões para a área de saúde do estado do Rio de Janeiro. O principal objetivo é a redução das filas para procedimentos cirúrgicos. O anúncio da liberação dos recursos foi feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, juntamente com o prefeito Marcelo Crivella, no auditório do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into).

Na oportunidade, o ministro anunciou ainda a união dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro para um mutirão de realização de cirurgias, consultas e exames pré-cirúrgicos para ajudar a desafogar as filas de maior demanda na capital.

Ao todo, os R$ 395,4 milhões serão destinados a 160 serviços/leitos distribuídos em 37 municípios contemplados pela iniciativa.

Dados fornecidos pelo Ministério da Saúde indicam que a expectativa é que em 90 dias sejam realizados 5.460 atendimentos. O mutirão deve ter início no dia 1º de fevereiro.

“O mutirão de cirurgias, exames e consultas especializadas envolverá um total de 5.500 procedimentos dos quais 3.200 cirúrgicos, que serão realizados nos hospitais federais no estado. Será uma parceria para unificar as filas de regulação de modo a que todos os procedimentos ocorram de forma permanentemente e integrada em fila única envolvendo todos os serviços de saúde”, ressaltou o ministro Ricardo Barros.

Para o prefeito Marcelo Crivella, a iniciativa do Ministério da Saúde “é uma prova de que o governo do presidente Michel Temer não pretende, como se chegou a falar, cortar recursos para as áreas da saúde e da educação. Com essas consultas e a parceria com o governo federal nós pretendemos reduzir as filas para consultas e cirurgias que muito nos envergonham”.

Prestação de contas

Ao prestar contas dos 200 dias de sua gestão à frente da pasta da Saúde, o ministro Ricardo Barros adiantou que os R$ 395,4 milhões que a União está destinando ao Rio de Janeiro é fruto da “otimização dos gastos públicos” por parte do ministério. Segundo ele, a iniciativa já possibilitou uma economia total de R$ 1,9 bilhão, o que vai garantir o aumento da assistência à população no âmbito da rede pública de saúde.

Do total liberado para o Rio de Janeiro, R$ 106,6 milhões beneficiam serviços como leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), voltados para os atendimentos de urgência e emergência, saúde bucal, saúde do trabalhador, saúde mental, rede de atenção à urgência e emergência, além do custeio de serviços hospitalares e ambulatoriais voltados à assistência especializada, inclusive os atendimentos de média e alta complexidade, como oncologia. Mais R$ 288,8 milhões são referentes a emendas parlamentares.

Mutirão

O mutirão de cirurgias, consultas e exames pré-cirúrgicos anunciado pelo ministro e pelo prefeito do Rio compreende a união dos seis hospitais federais no estado e tem por objetivo desafogar as filas de maior demanda no município. A ação terá início já no próximo dia 1º e vai durar 90 dias (de segunda a sexta-feira), período em que os hospitais federais do Andaraí, Ipanema, Lagoa, Bonsucesso, Cardoso Fontes e dos Servidores do Estado realizarão um total de 5.460 cirurgias e consultas de pacientes encaminhados pelo sistema de regulação do município.

Devem ser realizadas 3.160 cirurgias de média e alta complexidade nas áreas pediátrica, oftalmológica de catarata, hérnia, vesícula, além de procedimentos cirúrgicos de dermatologia (como biopsias). A previsão é zerar as filas de catarata, vesícula e hérnia nos hospitais federais.

Testes revelam verdades sobre medicamentos genéricos

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Matéria do Fantástico avaliou a eficácia dos genéricos mais vendidos

O assunto da reportagem especial do Fantástico preocupa médicos e pacientes, porque trata da eficácia dos medicamentos genéricos. Criados como cópias dos remédios de marca e com um preço bem mais acessível, os genéricos respondem, hoje, por 30% mercado, pouco para uma política tão importante como essa.

Além de descobrir quais são os genéricos mais vendidos, para ver se eles funcionam mesmo, o Fantástico encomendou um teste num laboratório credenciado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O estudo investigou os 3 princípios ativos mais consumidos no país em 2015, produzidos por 9 laboratórios que fabricam 15 dos remédios mais vendidos no Brasil.

Veja aqui a matéria original.

RJ fecha acordo que prevê empréstimos de R$ 6,5 bi

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Acordo firmado entre o estado do Rio e o Governo Federal vai até 2019

Por Agência Brasil

O estado do Rio de Janeiro assinou nesta quinta-feira (26) com o governo federal um termo de compromisso para receber socorro financeiro da União. Para sanar um déficit que deve chegar a R$ 26,132 bilhões em 2017, o estado vai receber o aval do governo federal para tomar dois empréstimos de cerca de R$ 6,5 bilhões, tendo como garantias a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) e uma antecipação de receitas de royalties do petróleo.

O governador e o ministro anunciaram a assinatura do termo de compromisso após se reunirem com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto. Também esteve no encontro o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani. Uma vez concluídas as promessas do estado e aprovadas as medidas no Legislativo estadual, a União vai poder dar garantias para o empréstimo. “Concordamos com a estruturação de operação que vai se permitir que use a Cedae como garantia, após aprovado o projeto de privatização pela Alerj. Os recursos da privatização [serão importantes] para que a União conceda o aval para operação de empréstimo em um banco federal. Garantia da União e contra-garantia da Cedae”, afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

O acordo vale inicialmente por três anos, até 2019, podendo ser renovado caso seja necessário. Com a obrigação de cumprir uma série de contrapartidas de corte de gastos e aumento de receitas, o governo estadual terá, primeiramente, que aprovar as medidas que já tramitam na Alerj para que elas sejam executadas.

Por parte da União, também deve ser enviado ao Congresso Nacional um projeto de lei complementar viabilizando o reequilíbrio financeiro do estado. De acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, outros estados em situação de calamidade financeira também poderão se beneficiar das alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal por meio do projeto. Ele frisou que as medidas precisarão ser aprovadas para que o compromisso passe a valer pelo prazo previsto.

Aumento de receitas

Com o acordo, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, se compromete a aumentar em R$ 1,2 bilhão as receitas previstas para este ano. Para que a recuperação fiscal passe a valer, o estado também se compromete a cortar despesas na ordem de R$ 9 bilhões.

De acordo com Meirelles, o aumento de recursos virá de medidas como o aumento do ICMS e a contribuição de empresas que recebem incentivos fiscais para um fundo específico. Segundo Pezão, alguns projetos de aumento de impostos já foram aprovados anteriormente.

Além disso, alterações na Previdência estadual, como o aumento da contribuição dos servidores estaduais de 11% para 14% vão, segundo o ministro, “melhorar o fluxo da Previdência” em cerca de R$ 3,2 bilhões, também em 2017. Pelo prazo de três anos, o governo vai aprovar uma lei criando uma alíquota temporária que obrigará os servidores a contribuírem com mais 8%, além dos 14%.

Completando o valor necessário para que seja sanado o déficit, Meirelles informou que ações para repactuar dívidas contraídas pelo estado farão com que o Rio de Janeiro deixe de pagar cerca de R$ 6,2 bilhões.