O presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), Breno Monteiro, participou da entrega de uma carta aberta ao presidente da República, Jair Bolsonaro, de apoio à proposta da reforma da Previdência, na terça-feira (28). A carta conta com a assinatura de nove confederações.
“Acho importantíssimo que o Congresso Nacional aprove, o quanto antes, a reforma da Previdência, pois, sem ela, cada vez mais teremos dificuldades no nosso setor. O setor da saúde precisa que o Brasil cresça e prospere, para que ele também consiga melhorar o seu financiamento e com isso atender cada vez mais a população tão necessitada do país”, disse Monteiro.
O presidente da CNSaúde ressaltou que, além da carta ao presidente da República, também já foi manifestada ao Congresso e o Senado Federal as necessidades do setor da saúde. “Se não for aprovada a reforma da Previdência nos moldes que foi apresentado, certamente no futuro o setor onde mais será cortado [empregos] é o da saúde. Já temos dificuldades de financiamento, e isso só se agravará [sem a aprovação]. Esse é o momento não de pedir, mas de dar nosso apoio total ao Governo e ao Congresso para que consigamos avançar essa fase”, destacou.
Modelo previdenciário insustentável e injusto
No documento, as confederações dizem que o estrangulamento fiscal do Estado brasileiro “em grande medida provocado por um modelo previdenciário insustentável e injusto, assevera desigualdades sociais é a principal causa da estagnação econômica”.
“Entendem as confederações signatárias, que representam o amplo espectro das atividades produtivas, ser o modelo proposto um caminho indispensável para o destravamento de investimentos públicos e privados – única rota em direção ao desenvolvimento sustentável”, diz a carta, assinada pelos representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Confederação Nacional de Indústria (CNI); Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC); Confederação Nacional da Comunicação Social (CNCOM); Confederação Nacional das Cooperativas (CNCOOP); Confederação Nacional da Saúde (CNSaúde); Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg); Confederação Nacional do Transporte (CNT); e Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF).
Monteiro também demonstrou preocupação com a decisão de operadoras de saúde em descredenciar hospitais para favorecer sua rede própria prejudica principalmente o consumidor. Segundo ele, a verticalização da saúde suplementar retira a opção de escolha e restringe a livre concorrência. O resultado final devido à concentração de mercado na mão apenas de poucas operadoras será o aumento de preços e a diminuição da qualidade da assistência.