Covid-19 testa nossa capacidade de adaptação
Especialista em Empatia e Comunicação Não-Violenta explica os efeitos colaterais da epidemia

Da Redação

Especialista em Comunicação Não-Violenta e empatia, Marie Bendelac Ururahytem se dedicado, nos últimos dias, a interagir com o público nas redes sociais para explicar os efeitos colaterais do coronavírus na saúde da população.  Emlives no Instagram, ela aborda as tensões e dificuldades nos relacionamentos em família por conta da quarentena forçada. “Todos buscam formas de se adaptar aos novos tempos, que despertam sensações como angústia, medo, ansiedade e estresse”, explica ela.

Segundo Marie, este cenário torna ainda mais significativa a escuta empática como forma de alcançar o consenso. Ela também reforça a importância da Comunicação Não-Violenta (CNV), linguagem desenvolvida nos anos 1960 pelo americano Marshall Rosenberg. A CNV ajuda as pessoas a se expressarem e ouvirem o outro com empatia. “O diálogo e a capacidade de escuta são cada vez mais importantes nos dias de hoje. A busca da empatia é uma forma primordial de buscar a harmonia e o equilíbrio nestes tempos difíceis”, afirma Marie, que lançou nas redes a Quarentena Empática.

Com formação pela Universidade de Harvard, Marie tem recebido consultas sobre brigas domésticas, famílias que enfrentam problemas financeiros e outras que temem o contágio da Covid-19 no próprio lar.  A questão da privacidade, do respeito ao espaço alheio, também vem pautando os diálogos nas redes sociais.

“Todo mundo vai passar por uma situação difícil em algum momento. À medida que a crise avança, as tensões em casa tendem a aumentar. Além de respeitar os alertas das autoridades de saúde, é preciso compreender as necessidades alheias antes de tomar uma decisão. Quando é necessário impor limites e dizer “não”, isso também pode ser feito de forma educada e respeitosa”, conclui Marie.