Os planos de saúde respondem hoje por até 15% de toda a folha a de pagamento de uma empresa, representando a segunda maior despesa das organizações. Frente a esse cenário, o diretor médico da Med-Rio Check Up, Gilberto Ururahy, relata que deveria ser parte das estratégias das organizações incentivar os funcionários a adotar hábitos saudáveis, para reduzir os gastos com o benefício. Ele também observa que é importante que as empresas tenham o suporte de quem conhece sobre saúde.
“Em muitos casos, é o RH o responsável pelos programas promoção de saúde nas organizações. Mas, na maioria das vezes, os profissionais de recursos humanos são leigos sobre gestão de saúde. O resultado é que contratam serviços sem conhecimento, o que aumenta o desperdício e não alcança os resultados almejados”
Segundo estudos, cerca de 70% das doenças têm relação com o estilo de vida da pessoa. Isso significa dizer que basta mudar os hábitos de vida, para que reduza a incidência da maior parte de enfermidades. “Imagina o quanto uma empresa, com uma gestão de saúde correta, pode economizar com os elevados custos dos planos de saúde”, destaca o diretor médico da Med-Rio, que também observa que a redução do uso do benefício diminui a sinistralidade. “Isso coloca a empresa numa situação favorável na hora de negociar a renovação do contrato com a operadora”.
Os hábitos de vida também refletem na produtividade dos funcionários. Ururahy, que também é um dos principais especialistas em medicina preventiva no país, alerta que estudos mostram que profissionais que não conseguem se concentrar no trabalho devido à má condição de saúde chegam a ter sua produtividade reduzida em quase oito vezes. O que se vê em muitos desses casos é o presenteísmo, a condição de estar presente no local de trabalho, mas com rendimento reduzido.
“A área de RH sabe o quanto é oneroso substituir um profissional estratégico que se afastou de suas funções, subitamente, por razões de saúde. É oneroso sobre vários prismas: da segurança empresarial, da quebra da engrenagem com consequente perda de resultados, além da falta de segurança, baixa do bem-estar entre os pares e aumento do absenteísmo”, relata.