Da Redação
Na tarde desta quinta-feira (28), a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil) promoveu uma live para debater o impacto da pandemia na saúde e na gestão de pessoas. O presidente da ABRH Brasil, Paulo Sardinha, e o diretor médico da Med-Rio Check-Up e especialista em medicina preventiva, Gilberto Ururahy debateram as perspectivas e o papel das organizações na consolidação de uma cultura que valorize a prevenção, a partir da crise que o mundo enfrenta. Também participaram do encontro os jornalistas Felipe Barreto e José Carlos Tedesco.
Gilberto observou que um dos pontos mais críticos do coronavírus é justamente a gravidade com que incide em pessoas com comorbidades, a maioria doenças crônicas que poderiam ser prevenidas com a incorporação de hábitos de vida saudáveis. Para ele, além das transformações na economia, nas formas de trabalho e no comportamento das pessoas, o cuidado com a própria saúde também passará por profundas transformações.
“As pessoas vão compreender a importância de ter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e ter um sono adequado. A realização de exames de rotina, bem como de check-ups anuais, também vai fazer parte da agenda das pessoas”, avalia.
Para o diretor da Med-Rio, as próprias empresas vão passar por transformações e terão que investir ainda mais em prevenção, por perceberem o peso que a saúde traz para o próprio negócio.
O presidente da ABRH também avalia que as organizações terão uma participação fundamental para que haja uma mudança de mentalidade na sociedade. Ele cita por exemplo a responsabilidade das empresas no momento que se adotar a flexibilização, pois serão ambientes vitais no processo de reingresso das pessoas na rotina tradicional. Para ele, é fundamental que todo esse cenário vivido até aqui provoque uma mudança de visão da educação e saúde. “E como o trabalho é um dos principais ambientes de socialização, é preciso que as empresas entendam e se tornem células de excelência nessa retomada gradativa”, explica.
Paulo ainda aponta a necessidade de que a tecnologia também passe a beneficiar todos e, para isso, é preciso que a sua incorporação seja mais democrática na Educação e na Saúde. “É o momento de superar as divergências para achar um caminho convergente”, defende o presidente da ABRH Brasil.