O brasileiro precisar rever com urgência seus hábitos de vida. É o alerta que faz, no Dia Mundial da Saúde (07), o diretor médico da Med-Rio Check-Up e especialista em medicina preventiva, Gilberto Ururahy. Segundo ele, o crescimento da incidência de doenças crônicas como a obesidade, diabetes, hipertensão e estresse criam um quadro pessimista em relação à saúde brasileira, que reflete diretamente em gastos do Governo e em barreiras para o aumento da produtividade. Para ele, é imprescindível que a população adote um estilo de vida saudável.
“Cerca de 73% das mortes nos grandes centros urbanos têm ligação com a forma saudável de viver. Portanto, o melhor caminho a seguir é a prevenção e a mudança do estilo de vida adotado pelo homem moderno. E isso precisa estar na pauta do país”, defende.
Ururahy destaca que números como o da obesidade e os da incidência de diabetes e hipertensão ratificam a necessidade da mudança dos hábitos de vida. Atualmente, o país registra que um em cada cinco brasileiros está acima do peso, o que faz a obesidade prevalecer em quase 19% da população. Dados do Ministério da Saúde também apontam que o diagnóstico de diabetes passou de 5,5%, em 2006, para 8,9%, em 2016. O de hipertensão, no mesmo período, saiu de 22,5% para 25,7%.
“Um estilo de vida saudável, que inclui check-ups periódicos, alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos e sono adequado, deve ser mantido durante todas as fases da vida, principalmente na idade madura, ajudando a garantir um envelhecimento saudável”, explica o diretor médio da Med-Rio.
O médico ainda lembra que uma pesquisa da Universidade de Brasília constatou que 70% dos brasileiros sofrem de estresse crônico e, desse total, 30% apresentam a síndrome de Burnout, que provoca um esgotamento físico e emocional. O cenário é ainda mais preocupante entre as mulheres. Levantamento da Med-Rio com executivas registrou que o percentual de mulheres estressadas saltou de 40%, em 1990, para 67%, nem 2016. No caso do público feminino, o elevado aumento do estresse se justifica por elas acumularem duplas, às vezes triplas jornadas de trabalho, pois muitas, além do trabalho profissional, lidam com a responsabilidade de gerir uma família, além dos bancos universitários onde realizam cursos de pós-graduação ou extensão. Hoje, para cada três infartos do miocárdio, um é em mulher. E em mulheres cada vez mais jovens.
Para o país, o quadro retratado acima reflete em gastos com saúde que poderiam ser evitados e em filas em hospitais e estabelecimentos de saúde por doenças que podem ser prevenidas. Além disso, a adoção de um estilo de vida saudável pela população, também se refletiria em ganho de produtividade, pois esta está diretamente relacionada com o bem-estar dos profissionais.
“Há pesquisas, por exemplo, que apontam que quem pratica exercício tem um aumento, em média, de 9% de produtividade. Isso reforça a importância de investir em promoção à saúde”, destaca Ururahy, que ressalta que a mudança de hábitos pode diminuir as abstenções, uma vez que colaboradores com boa disposição e bem-estar tendem a se afastar menos devido a doenças.
Campanha anual
Preocupada com esse cenário, a Med-Rio Check-Up desenvolverá ao longo do ano a campanha “Estilo de Vida Saudável – O Remédio Contra as Doenças Crônicas”. No material elaborado especialmente para essa campanha, disponível no site www.medriocheck-up.com.br, é destacado, por exemplo, que a obesidade aumenta a mortalidade por hipertensão arterial, diabetes e doenças cardíacas. Porém, essas enfermidades podem ser prevenidas com ações simples, como manter uma alimentação equilibrada, que inclua uma variedade de frutas e vegetais, investir em alimentos ricos em ômega 3, beber muita água e diminuir o consumo de sal e açúcar.