Novo ataque virtual já fez 2.500 vítimas, aponta levantamento de empresa antivírus

Levantamento feito pela Kaspersky, empresa russa de antivírus, mostra que desde o início de maio até hoje o Adylkuzz fez 2,5 mil vítimas, das quais 50 estão no Brasil. Com base neste número e pela característica e intenção do vírus, especialistas em segurança digital descartam que esse ciberataque tenha o mesmo impacto na rede que o ocasionado pelo WannaCry, na última sexta-feira.

 Fábio Assolini, analista da Kasperky, em conversa com a reportagem do GLOBO, explicou que o Adylkuzz começou a invadir servidores no fim de abril para “minerar” a moeda virtual Monero. O minerador das moedas virtuais é um programa que faz de forma automática a validação das transações realizadas com aquela moeda. Mal comparando, é uma espécie de Banco Central. Como recompensa, o minerador, que emprestou o processador de sua máquina à moeda, é pago em moedas virtuais

— Portanto, é um ataque silencioso. O hacker invade os computadores, instala o minerador e o deixa trabalhando. Como recompensa, ele pago em sua conta virtual — resumiu Assolini.

Nilson Vianna, presidente da Smart Cyber, empresa do grupo Módulos, especializada em segurança digital, concorda com Assolini.

— Esse é um ataque subterrâneo. O hacker não quer ser descoberto, ele quer manter por meses sua mineração e ampliar seu ganho.