Organizações precisam promover a saúde

Bitter: “Prevenção reduz o uso do plano de saúde”

As epidemias do mundo moderno, como o sedentarismo, a obesidade e o estresse, produzem efeito direto sobre a economia. Somente a inatividade física gera um custo, em todo o mundo, de mais de US$ 60 bilhões por ano, com gastos em tratamento e perda de produtividade. Esse cenário, somado a uma longevidade cada vez maior e custos assistenciais que crescem em função da prevalência das doenças crônicas na população, exige das organizações um acompanhamento ativo da saúde dos colaboradores.

Com a finalidade de evidenciar aos profissionais de RH que ampliar estrategicamente o bem-estar dos funcionários é um diferencial competitivo, a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ) realiza o I Fórum de Saúde, amanhã e terça-feira (11 e 12), na FIRJAN.

Para o diretor técnico e de produtos da Bradesco Saúde, Flavio Bitter, que será um dos palestrantes do segundo dia do evento, as empresas precisam desenvolver ações de prevenção, que resultem, por exemplo, na mudança cultural do uso do plano de saúde. Atualmente, o benefício está entre os três maiores desejos do brasileiro, porém costuma ser o segundo item de maior custo para o RH.

Em muitas empresas, o plano responde por cerca de 12% da folha de pagamento. Nesse sentido, Bitter explica que a empresa tem oferecido uma grande quantidade estruturada de informações e serviços que permitem uma melhor gestão do benefício pelas áreas de RH. “Um bom exemplo é o programa ‘Juntos pela Saúde’. Com base em estudos para identificação de riscos de agravo à saúde, nós analisamos o desenho do benefício da empresa, os diagnósticos e o risco populacional”, relata.

A partir dos resultados, faz-se uso das ferramentas do programa, tais como screenings (exames de glicemia, colesterol, medições de pés e pressão arterial) e questionários de avaliação dos segurados. Com isso, é possível indicar ações de prevenção e educação, que vão desde a entrega de material explicativo e realização de palestras até a elaboração de programas específicos de gestão de doença.

O Fórum está dividido em oito mesas (a programação completa está no site) e conta com o patrocínio da Bradesco Seguros e do Med-Rio Check Up, além do apoio da FIRJAN, da Gympass e da Healthbit.

*Matéria publicada na coluna Gestão de Pessoas, da ABRH-RJ

A hora da virada: por que é tão difícil mudar o estilo de vida?

Marie reduzida
Formada em Harvard, Marie fechará o primeiro dia do Fórum de Saúde

Mudar o estilo de vida para alcançar longevidade com saúde é uma meta desejada pela maioria dos indivíduos, mas a realidade é que poucos conseguem empreender as mudanças necessárias sem ajuda e orientação. Esse desafio será tema de palestra, dia 11 de setembro, às 16h, no Primeiro Fórum de Saúde da ABRH-RJ (Associação Brasileira de Recursos Humanos). O debate, no auditório da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), reunirá duas especialistas em Coaching de Saúde e Bem-Estar – a norte-americana Margareth Moore, fundadora da Wellcoaches Corporation e professora da Universidade de Harvard, e a francesa radicada no Brasil
Bendelac Ururahy, sócia-diretora e co-fundadora da Be Coaching Brasil.

A dificuldade em virar essa chave é comprovada por números: segundo Harvard, 85% das pessoas não conseguem concretizar sozinhas as adaptações em seu estilo de vida, mesmo quando se trata de questão de vida ou morte e apesar de saberem o que é preciso fazer após uma consulta aos profissionais de saúde. Dado que ilustra a importância dessa decisão e o impacto no mundo do trabalho vem da consultoria norte-americana Great Place to Work: o bem-estar dos funcionários aumenta em 11%, na média, a rentabilidade das empresas. Pessoas com a saúde em equilíbrio alcançam mais satisfação pessoal e profissional, consequentemente são mais produtivas.

“A verdade é que grande parte não consegue sequer sair da inércia ou desiste de adquirir hábitos saudáveis dentro dos três primeiros meses de tentativas, reiniciando continuamente esse processo de busca, num ciclo de rápidos progressos e profundos fracassos que levam à decepção e ao total desânimo”, afirma Marie, que tem formação no Brasil e em Harvard.

Mundo hiperconectado exige foco e definição de prioridades

Um dos primeiros passos para mudar de hábitos é rever a rotina diária, a forma como as tarefas são distribuídas e elencar prioridades. No ambiente hiperconectado em que vivemos hoje, as pessoas tendem a assumir e executar várias tarefas ao mesmo tempo, o que, segundo especialistas, é exatamente o oposto do que se deve fazer para alcançar produtividade e os resultados desejados.

Coautora do livro ‘Organize sua Mente, Organize sua Vida’ (Organize Your Mind, Organize Your Life), junto com o psiquiatra Paul Hammerness de Harvard, Moore discorre sobre o tema em podcast divulgado pelo West Alabama Mental Health Center. “O cérebro só é projetado para se concentrar em uma coisa de cada vez, por isso não tem capacidade, como um computador, de executá-las simultaneamente”, afirma. Obviamente, algumas atribuições não requerem toda a atenção mental. Mas não se pode, por exemplo, dirigir e enviar mensagens ao mesmo tempo – algo comparável a uma missão crítica que requer dedicação exclusiva. Assim como perigoso, não é produtivo – explica a especialista.

“As pessoas têm que voltar a fazer uma coisa de cada vez, mesmo que por cinco minutos, aprofundando-se e avançando”, recomenda Moore. Para ela, é melhor deixar a última incumbência para trás, não se preocupar com outras 30 e tantas que você não está fazendo, e só então atender à próxima. “Ao praticar isso, logo é possível notar como tudo melhora. Focar completamente em algo é um dos melhores estados de bem-estar psicológico”, diz a fundadora da Wellcoaches Corporation.

Ferramentas oferecem orientação e apoio

Mas há soluções, segundo especialistas, para aumentar a consciência dos indivíduos e torná-los protagonistas da própria saúde: o Coaching de Saúde e Bem-Estar (Health and Wellness Coaching – apoiado por mais de 200 pesquisas científicas) e a metodologia “Imunidade à Mudança” (do inglês Immunity to Change, desenvolvida em Harvard com base na Neurociência, que permite superar obstáculos ao alcance dos objetivos desejados e adquirir novos hábitos), estão entre as principais.

A Be Coaching Brasil, esclarece Marie, atua nos dois campos: “Na Imunidade às Mudanças, quando as pessoas desenvolvem mecanismos internos que as impedem de alcançar objetivos, a proposta é ajudá-las a mudar hábitos ou promover transformações desejadas em suas vidas. É uma das metodologias, com resultados comprovados, que podem auxiliar na transformação de hábitos de forma eficaz”.

Serviço:

Palestra: Por que é tão difícil mudar o estilo de vida e como fazer?

Quando e onde: 11 de setembro, às 16h – Auditório da Firjan, Avenida Graça Aranha, 1, Centro do Rio.

Realização I Fórum de Saúde: ABRH-RJ e SESI/SENAI – 11 e 12 de setembro

O olhar do RH sobre a gestão da saúde

Marie reduzida
Marie: “Conscientização deve vir de cima para abaixo”

Custos com planos de saúde, absenteísmo, presenteísmo e baixa produtividade são alguns exemplos de como a saúde dos colaboradores impacta diretamente nas organizações. Para debater essas e outras questões relevantes para os profissionais de RH, a ABRH-RJ promoverá, no auditório da FIRJAN, nos dias 11 e 12 de setembro, o I Fórum de Saúde.

O primeiro dia será encerrado pela especialista em desenvolvimento de líderes e sócia-diretora da Be Coaching Brasil, Marie Bendelac, enquanto que a geriatra Carla Frohmuller fechará o evento. O Fórum ainda terá a participação internacional da fundadora e CEO da Wellcoaches Corporation, Margaret Moore. Também está confirmada a CEO do Grupo Inédita – Soluções em Neurociência e professora da Faculdade da Santa Casa de São Paulo, Carla Tieppo.

Marie avalia que o ambiente de trabalho é um fator imprescindível na hora de discutir saúde nas empresas, pois estudos apontam que a situação que mais costuma afetar a saúde dos profissionais é o estresse. Esse, normalmente provocado pela falta de habilidade no relacionamento interpessoal dos gestores, bem como pela dificuldade das pessoas em lidar com a pressão de manter alta performance. “Mas existem ferramentas, como as técnicas de comunicação empática e a Comunicação Não-Violenta (CNV), que têm efeitos comprovados na harmonização dos ambientes corporativos”, destaca.

Dra.Carla Frohmuller reduzida
Carla: “Precisamos aprender a envelhecer”

Também é necessário que as organizações estejam atentas ao envelhecimento da população. Aliada à Reforma da Previdência, que está em discussão na Câmara, o crescimento da longevidade deve aumentar a presença dos idosos no mercado de trabalho, o que traz para o debate questões como a incidência de doenças crônicas. “Precisamos aprender a envelhecer e as empresas devem ajudar na educação das pessoas. Passamos boa parte do dia no trabalho, então as organizações têm a oportunidade de desenvolver ações que ajudem a mudar os hábitos dos funcionários”, pondera Carla.

Para reforçar a avaliação da geriatra, Marie cita uma pesquisa de Harvard que aponta que 85% das pessoas não conseguem fazer sozinhas mudanças em seu estilo de vida. “E isso acontece mesmo quando se trata de questão de vida ou morte e apesar de saberem o que devem fazer, orientados por profissionais de saúde”.

Entretanto a sócia-diretora da Be Coaching Brasil observa que a conscientização deve partir de cima para baixo, ou seja, com o exemplo de CEOs, executivos e gestores. “Se um colaborador vê o líder aberto à mudança de hábitos e disposto a cuidar da própria saúde, as chances de ser influenciado positivamente são muito maiores”, afirma.

*Matéria publicada na coluna Gestão de Pessoas, da ABRH-RJ

Presidente e diretor da ABRH-RJ recebem a medalha Pedro Ernesto

O presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), Paulo Sardinha, e o diretor Isaque Farizel receberam, nesta segunda-feira (28), na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a medalha de mérito Pedro Ernesto.  A cerimônia teve a presença dos diretores da ABRH-RJ e de executivos e empresários, como a presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Angela Costa, o diretor-médico e fundador da Med-Rio Check-up, Gilberto Ururahy, e a sócia-diretora e cofundadora da Be Coaching Brasil, Marie Bendelac Ururahy. Durante a cerimônia, também foram apresentadas moções de congratulações ao superintendente do SESI e diretor Regional do SENAI, Alexandre dos Reis, ao diretor executivo da Amil Dental, Alfieri Casalecchi e ao  diretor-geral de Comunicação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, José Carlos Tedesco.

Para o vereador Marcelino D’Almeida, que propôs à Câmara a entrega das duas medalhas, conferir a principal comenda da cidade do Rio ao Paulo e ao Isaque é, também, uma homenagem a todos os profissionais de RH, que estão entre os que mais são necessários nesse momento de crise, em que o desemprego atinge níveis recordes.

Com mais de 30 anos de experiência na área de gestão de pessoas, Sardinha foi diretor de Recursos Humanos para América Latina da Turbomeca, está no seu segundo mandato à frente da ABRH-RJ e também preside o Conselho Empresarial de Desenvolvimento Humano da ACRJ. Muito emocionado, ele lembrou da sua família, de colegas de trabalho e de momentos da trajetória de sua carreira. Sardinha destacou que a homenagem se tornou ainda mais especial por ser justamente na data em que é celebrado o Dia Nacional do Voluntariado.

“Essa feliz coincidência de datas significa muito para mim, pois a ABRH-RJ é constituída por voluntários. Tudo que foi feito até hoje, todos os projetos como o Congresso Estadual e o ABRH na Praça só acontecem, porque há pessoas que acreditam no valor do trabalho do voluntário”, destacou.  No ano passado, por exemplo, a ABRH-RJ foi responsável pela avaliação e recrutamento dos 450 candidatos que trabalharam como Jovem Aprendiz Desporto (Jade) nas Olimpíadas.

Farizel, que atua há mais de 20 anos no mercado de seguros saúde, recordou da sua atuação na ABRH-RJ, bem como na Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Estado do Rio de Janeiro (ADVBRJ) e na Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (FCDLRJ). Ele também destacou a importância do trabalho voluntariado, principalmente por ser a representação de um sentimento nobre como a solidariedade.

Os executivos presentes na cerimônia ressaltaram que a homenagem é um reconhecimento ao trabalho da ABRH-RJ. A presidente da ACRJ, Angela Costa, enalteceu a iniciativa da Câmara dos Vereadores, principalmente por valorizar exemplos de lideranças que vêm trabalhando para mudar a realidade atual, sempre acreditando no potencial inquestionável da Cidade Maravilhosa.

“Muito justa e merecida a homenagem feita ao Paulo Sardinha, como um reconhecimento à competência e seriedade do seu trabalho. É uma honra podermos contar com este grande profissional e amigo como presidente do Conselho Empresarial de Desenvolvimento Humano da Associação Comercial do Rio de Janeiro”, disse Angela.

Turismo e Saúde destacam o papel do RH 

Em entrevista ao site da ABRH-RJ, o secretário estadual de Turismo, Nilo Sergio Felix, destacou que a entrega das comendas é um reconhecimento do excelente trabalho da Associação e da importância do RH para o desenvolvimento econômico do Estado. “É fundamental que as empresas do setor continuem investindo em suas estruturas de RH, pois é investindo nos funcionários que o Turismo poderá manter e até melhorar a qualidade dos serviços oferecidos”, afirma Nilo Sergio.

O presidente da TurisRio, Paulo Senise, reforçou as palavras do secretário e relembrou que o Turismo, como todo o segmento que compõe a área de serviço, tem nas pessoas o seu principal ativo. “Por isso é muito importante ver essa homenagem a lideranças do RH. São os profissionais de Recursos Humanos os principais responsáveis pelas soluções de engajamento, motivação e qualificação nas empresas. É preciso reconhecer e apoiar as ações da ABRH-RJ”, defende.

Para o presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Francisco Balestrin, o reconhecimento do trabalho do presidente da ABRH-RJ atesta o quanto é necessário que as empresas invistam em gestão de pessoas. Para ele, não há como nenhuma organização se manter sustentável se não valorizar o capital humano. “Mais do que nunca o RH desempenha uma função estratégica. Por isso é importante o apoio e reconhecimento à ABRH-RJ, pois é através da gestão de pessoas que as empresas conseguem aproveitar as oportunidades nos momentos de crise”, avalia Balestrin.

Medalha Pedro Ernesto

A comenda, criada em 1980, é a principal homenagem que o Rio de Janeiro presta a quem mais se destaca na sociedade brasileira ou internacional. Recebeu esse nome em reconhecimento ao trabalho do prefeito Pedro Ernesto, e por isso sua figura é estampada nas duas Medalhas que fazem parte do Conjunto.