Congresso de RH reúne mais de 2 mil pessoas

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Mesa com Conrado Schlochauer, da Affero Lab; Dêsie Ribeiro, da Vale e Georges Riche, da Globosat, encerrou o congresso

Auditórios lotados, realização de benchmarking com as práticas mais inovadoras do mercado, oportunidades de negócios e a ampliação da rede de contatos foram a tônica do RH-RIO 2017, que reuniu mais de 2 mil pessoas nos dias 6 e 7 de junho, no Centro de Convenções do Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca. Além da presença maciça do público, a participação de organizações que são referência em seus setores refletem, também, o sucesso do congresso.

“É muito bom participar de um evento como o  RH-RIO. O que sempre vemos é um ambiente extremamente sonoro, pois os profissionais de Recursos Humanos estão sempre inovando e querendo aprender mais. E essas são disposições essenciais para gerar o ambiente necessário para retirar o ‘s’ da ‘crise’”, avaliou o diretor comercial da Amil, Fábio Maia.

As magnas levaram o público a uma profunda reflexão sobre as transformações que o mundo está passando e como se reverberam nas organizações, bem como no ser humano. Um consenso presente entre os palestrantes das magnas é de que a mudança de mentalidade das organizações deve vir antes do que a integração de tecnologias ou implementação de práticas que são tendências. Princípio este que pode ser resumido pela afirmação do diretor de RH da Globosat, Georges Riche, no encerramento do RH-RIO. “Não são as tecnologias que determinam a real transformação de uma organização. O fundamental é a mudança de comportamento”.

A proposta inédita da realização de trilhas de formação foi um verdadeiro sucesso. Boa parte dos congressistas aderiu à oportunidade de seguir uma das vertentes específicas (desenvolvimento, performance e modelos, novas tecnologias, relações trabalhistas e liderança) e recebeu, ao final do evento, um certificado pelo caminho trilhado.

“O que vimos no RH-RIO é a real finalidade da ABRH-RJ, o de contribuir para o desenvolvimento não somente do RH, mas das organizações. A participação de um público tão qualificado demonstra o sucesso”, ressalta o presidente da Associação, Paulo Sardinha.Foto (375) red

Presidente da ABRH-RJ elogia humanização do Hospital 9 de Julho

Paulo Sardinha e Ana Rosa
A diretora do H9J, Andrea de Rosa apresentou o hospital ao presidente da ABRH-RJ, Paulo Sardinha

O presidente da Associação de Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), Paulo Sardinha, conheceu nesta quarta-feira (30) a nova Unidade de Onco-Hematologia Pediátrica do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Com investimentos de R$ 6 milhões, a ala recém-inaugurada tem 900 metros quadrados e 16 leitos. A moderna estrutura e a tecnologia de última geração permitem ao H9J atender pacientes diagnosticados com os mais diversos tipos de linfomas e leucemias.

Além das novas instalações, Sardinha enalteceu o compromisso do hospital com a humanização do atendimento.  “É visível que há um envolvimento de todos os funcionários em proporcionar bem-estar ao paciente e, assim, diminuir o impacto do desconforto que é estar internado”, elogiou.

Para Sardinha, o engajamento alcançado comprova que o H9J não investe apenas em tecnologia, mas também na gestão de pessoas. “Justamente por cuidar muito bem dos funcionários é que o hospital está entre os melhores do país”, afirmou.

A diretora de operações do H9J, Andrea de Rosa, apresentou o espaço e explicou que a inauguração faz parte do projeto de ampliação do atendimento em Oncologia do Hospital, focado na alta complexidade e procedimentos minimamente invasivos. Em 2016, o H9J inaugurou uma ala com 15 leitos para tratamento de doenças Onco-Hematológicas e Transplante de Medula Óssea (TMO) e uma UTI Oncológica, ambos para adultos.

RH aponta a inovação como solução para a crise

A Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ) vai realizar o RH-RIO 2017 nos dias 6 e 7 de junho, no Centro de Convenções do Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca. O mais importante Congresso de Gestão de Pessoas do Rio de Janeiro reunirá diretores e profissionais de principais empresas do país para discutir quais são as tendências que vão transformar o mundo corporativo. Em meio à turbulência econômica e política que atinge o país, investimento em inovação e na formação das lideranças será uma das propostas defendidas ao longo do evento.

Ao todo serão realizadas quatro palestras Magnas e 24 Simultâneas, que também vão propor debates e apresentar práticas de gestão relacionadas à performance, modelos de gestão e relações do trabalho. Gestores de empresas como Vale, Facebook, LinkedIn, Globosat, TIM, IBM, L’Oreal e EY estão confirmados.

“Sabemos do atual momento do país e das dificuldades que as organizações estão enfrentando. Entretanto, é preciso buscar oportunidades, rever as práticas – que não dão mais os resultados esperados –, e inovar. Sem esse comportamento, vai demorar ainda mais tempo para voltarmos a crescer”, avalia o presidente da ABRH-RJ, Paulo Sardinha.

Para a ABRH-RJ, é importante que as empresas percebam a necessidade de associar inovação à produtividade. O tema é visto como imprescindível para a agenda estratégica do país, tanto que a Magna “Inovação: o impulso para a produtividade” encerrará o primeiro dia do RH-RIO. O especialista em Estratégia Digital em organizações públicas e privadas, Carlos Nepomuceno, a professora do COPPEAD/UFRJ, Denise Fleck – mediados pelo consultor em gestão e desenvolvimento humano Dorival Donadão –, vão propor uma reflexão sobre o fator humano da produtividade e, consequentemente, como estabelecer estruturas institucionais e organizacionais que favoreçam a inovação.

“Propor esse debate é fundamental, pois ainda há organizações em que a inovação é vista como um entrave à produtividade”, explica Sardinha.

Ele observa que os gestores se equivocam quando compreendem a possibilidade de inovar apenas como um potencial gerador de problemas, devido ao risco do que foi idealizado não acontecer conforme o esperado. O que pode resultar em perdas, custos, além de provocar insegurança por modificar processos que estão funcionando bem.

“São justamente as estruturas internas, tradicionais e conservadoras, que inibem as mudanças. Como efeito, a inovação fica sitiada entre as paredes da empresa. Não vai além de projetos ambiciosos, mas que “morrem na praia”, alerta o presidente da ABRH-RJ.

Com a necessidade de inovar, a capacidade de prever tendência pode auxiliar as organizações a investir em produtos e práticas, reduzindo o risco do erro. Justamente a Magna “Tendências e Cenários: Bem-vindo ao Novo Mundo do Trabalho”, que abrirá o Congresso, no dia 6, vai debater sobre as perspectivas que há no horizonte com a 4ª Revolução Industrial.

Como as transformações pelas quais as organizações passam impactam nas lideranças, como deve ser um líder no cenário atual e quais os predicados que ele deve ter. Essas serão algumas das indagações que serão feitas na Magna que abrirá o segundo dia do RH-RIO. Renato Senna, diretor da Merck S.A., e Felipe Paiva, sócio da Artisan, vão esmiuçar essas questões na mesa “Liderança: Mais do que um Papel, uma Missão!”.

Encerrando o Congresso, a ABRH-RJ vai provocar o público a refletir sobre a capacidade do RH de conduzir a mudança dentro de uma organização, bem como sobre as próprias modificações pelas quais o setor está passando. A mesa “Transformações: O RH Influenciando e Mobilizando as Organizações” reunirá o fundador da Affero Lab, Conrado Schlochauer, o head de Recursos Humanos da Globosat, Georges Riche e a diretora de Educação, Gestão de Talentos e Planejamento na Vale, Desiê Ribeiro.

Facebook e LinkedIn são destaques

O RH-RIO ainda terá a participação de duas das principiais gigantes da internet. A Relationship Manager do LinkedIn, Juliana Felippe, vai estar no primeiro dia do Congresso, na mesa “Qual a fronteira entre a vida profissional e a pessoal”. Como as empresas devem lidar com o comportamento dos funcionários nas redes sociais, quais ações ajudarão a gerenciar crises de imagem dos colaboradores nas redes sociais e como se comportar nas redes sociais para não ter a sua reputação e a da empresa comprometidas essas entre outras questões serão provocadas ao longo do evento.

No segundo dia, na mesa “Comunicação interna: curtir, compartilhar e agir!”, será a vez da participação da Inara Pilatti e do Leonardo Leão, respectivamente, Head de Comunicação Interna e Head of Growth do Facebook. Serão apresentadas as ferramentas e as facilidades que o Facebook oferece por meio do Workplace, que é uma rede social exclusiva para empresas. Eles também vão destacar o valor da comunicação interna assertiva nas organizações e como utilizar as ferramentas digitais para melhorar a circulação da informação dentro do ambiente de trabalho.

Ação social

A responsabilidade social como força motriz transformadora será outra vertente do Congresso. Durante a sessão de autógrafos com escritores de obras sobre RH, cada livro vendido terá R$ 2,00 destinados à Associação Espaço Pequeno Cidadão (AEPEC), que, desde 1995, promove projeto sociais voltados para crianças e adolescentes de São Gonçalo.

Feira de RH

No mesmo momento do congresso, a Expo RH-RIO, feira de Recursos Humanos e gestão, reunirá empresas que apresentarão em seus estandes o que há de mais atual em serviços e produtos para RH. Será uma excelente oportunidade para gestores pesquisarem e avaliarem as opções que o mercado oferece em relação a produtos como planos de saúde corporativos, seguros, consultorias, sistemas de gerenciamento e programas de benefícios.

Serviço
RH-RIO 2017
Data: 6 e 7 de junho (terça e quarta-feira)
Hora: 9h às 18h
Local:Centro de Convenções do Windsor Oceânico – Rua Martinho de Mesquita, 129
Barra da Tijuca
Mais informações: www.abrhrj.org.br

ABRH-RJ lança Centro de Estudos sobre Produtividade

Guerreiro, Denise, Carmen e Donadão participaram do 1º evento promovido pelo Centro de Estudos sobre Produtividade

A Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ) lançou nesta quarta-feira (17) o Centro de Estudos sobre Produtividade. A novidade foi anunciada durante um Workshop promovido na FIRJAN. “Lembro de uma matéria da Exame que destacava a produtividade do trabalhador brasileiro como sendo até quatro vezes menor do que a do americano. É preciso colocar esse cenário em discussão e buscar propostas e soluções. Vamos começar um estudo sobre o tema, mas sempre tendo como foco as pessoas. Queremos tratar a questão do ponto de vista humano”, explicou o presidente da ABRH-RJ, Paulo Sardinha.

A proposta do Centro de Estudos também é compartilhar os estudos e debates promovidos com as seccionais da ABRH-Brasil. A expectativa é que o tema se torne prioritário na agenda nacional.

“Está acontecendo com a produtividade o mesmo que aconteceu, no passado, com a qualidade e a sustentabilidade, quando estes se tornaram fatores de competitividade. Hoje, podemos dizer que a produtividade também o é”, avaliou o diretor da ABRH-RJ e um dos coordenadores da iniciativa, Dorival Donadão,  ao ratificar a necessidade do país priorizar o tema.

O workshop também representou a primeira atividade do Centro de Estudos. A professora da COPPEAD/UFRJ, Denise Fleck, a professora da Fundação Getúlio Vargas, Carmen Migueles e o Diretor de Saúde Integrada e Sustentabilidade do Sistema FIRJAN, Luiz Ernesto Guerreiro abordaram diversas facetas do tema, explicitando a complexidade da matéria.

Autora de oito livros em gestão, Carmen questionou a incapacidade do Brasil de estar entre os países mais produtivos. Ela citou o exemplo do Japão, que, apesar de sofrer com limitações geográficas e não ter vantagens competitivas naturais, conseguiu dar um salto de produtividade ímpar no século XX e planeja outro para 2025.

Carmem aponta que questões culturais explicam a dificuldade do Brasil de seguir o exemplo japonês. “Temos, devido a questões históricas e da nossa formação como país, a tendência de não confiar em ninguém, o que impede a construção de capital social”, avalia.

Para ela, outro empecilho é a crença de que a mudança deve vir de cima para baixo. Ela defende que a mudança ocorre sempre a partir do nível médio. Mas, para que haja uma transformação, é preciso reduzir a distância de poder, com alinhamento horizontal e liderança adequada.

Especializada em crescimento corporativo, estratégia e mudança organizacional, Denise apontou certas armadilhas que levam as organizações a não alcançarem a produtividade almejada. Um dos erros mais comuns é confundir eficiência e eficácia. Outro equívoco é tomar indicadores agregados por sinais precisos.

“Também vemos organizações que defendem o princípio de “quanto maior, mais rápido, melhor é”. Isso leva a um crescimento sem estrutura, o que, muitas vezes, resulta no fim precipitado da organização”, observou.

Para Denise, outra falha costumeira no setor corporativo é a de abordar a questão da produtividade por uma visão econômica. “Assim, vemos empresas que priorizam a eficiência e esquecem a eficácia”, critica.

O impacto da saúde das pessoas na produtividade foi o norte das considerações de Guerreiro. Ele explicou que, no Brasil, diferente do que acontece nos Estados Unidos, a saúde do trabalhador não é um diferencial competitivo. “Enquanto que lá as empresas compram informações sobre a saúde dos funcionários, aqui muitas têm esses dados, mas não os utilizam”, explica.

A falta de programas voltados para a saúde do colaborador gera consequências como absenteísmo e presenteísmo. “Há uma pesquisa que aponta que para cada pessoa que está faltando por doença existe de 3 a 6 que comparecem, mas não produzem por estarem doentes”, relata Guerreiro.

Para ele, a reforma da previdência pode piorar esse cenário. “Como a empresa vai ser produtiva em um ambiente de longevidade de carreira, se as pessoas ficam cada vez mais doentes?”, questiona.

Ele avalia que as empresas precisam mudar a visão da cultura organizacional. É necessário que a saúde seja gerida de forma estratégica, o que necessita do engajamento das lideranças e da comunicação em todos os níveis. O resultado, defende Guerreiro, será uma empresa criativa e inovadora, com ambiente saudável e ótimo clima organizacional.