Acidentes e mortes em rodovias caem para menor patamar desde 2007

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Em 2018, foram registrados nas rodovias federais 69.206 acidentes, sendo 53.963 com vítimas (mortos ou feridos). Do total de vítimas, houve 5.269 mortes. Os dados fazem parte de um levantamento elaborado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), lançado hoje (19). Tanto o número de acidentes quanto o número de mortes são os menores desde que o  Painel CNT de Consultas Dinâmicas de Acidentes Rodoviários começou a ser realizado, em 2007.

Segundo o levantamento, pelo menos 14 pessoas morreram por dia nas rodovias federais em 2018. Desde que a pesquisa começou a ser feita, foram registradas 88.749 mortes. Incluindo feridos, em média, ocorreram 82 acidentes com vítimas a cada 100 quilômetros de rodovia em 2018.

Tanto o número de acidentes quanto o de mortes seguiram uma tendência parecida entre 2007 e 2018. Os dados iniciais mostravam 128.440 acidentes e 7.065 mortes em 2007. Em geral, os dois índices tiveram uma tendência de alta, chegando aos seus ápices em 2011, quando foram registrados 192.322 acidentes com 8.675 mortes nas rodovias federais.

A partir de 2012, houve uma tendência de queda, tanto no número de acidentes quanto de mortes. De 2014 para 2015, houve uma queda maior em relação aos anos anteriores. O mesmo fenômeno se repetiu entre 2017 e 2018, porém de forma menos acentuada. O número de acidentes caiu de 89.396, em 2017, para 69.206 no ano passado e o de mortes, de 6.243, em 2017, para 5.269 em 2018.

Vítimas

Das mortes em acidentes nas rodovias federais em 2018, os homens são as principais vítimas, respondendo por 81,7% do total. Foram 4.303 casos, contra 951 de mulheres, cerca de 18%.

As pessoas acima de 45 anos são as que mais morrem em acidentes. Em 2018, foram 1.830, o que representa 34,7% do total. Em seguida, vem a faixa de 36 a 45 anos, com 1.074 mortes, 20,5% do total; praticamente empatada com a faixa de 26 a 35 anos, que se envolve em 20,8% das mortes (1.098, em números absolutos) registradas em 2018.

Acidentes

As sextas, os sábados e os domingos são os dias com maior número de acidentes. A colisão é o tipo de acidente com vítimas mais frequente em 2018, com 60,1% das ocorrências. Isso representa um total de 32.447 colisões registradas nas rodovias do país, com 3.231 mortes.

A saída de pista vem em seguida, com 14,9% do total de acidentes. Em 2018, foram registrados 8.063 acidentes de saída de pista com vítimas, das quais 643 morreram. Em terceiro lugar, vem o capotamento/tombamento, com 11,3% do total de acidentes com vítimas. Em 2018, foram 6.109 capotamentos, com 321 mortes.

O levantamento mostra ainda que, do total de acidentes com vítimas, o automóvel é o principal veículo envolvido, respondendo por 64,6% do total de ocorrências em 2018 (34.852). Depois vêm as motos, com 44,4% (23.950); e, em terceiro lugar, os caminhões, com 23,4% (12.631). Já os ônibus se envolveram em 3,6%, registrando 1.934 ocorrências, e as bicicletas, em 1.851, 3,4% do total.

Estradas do Rio têm 80 acidentes e 5 mortos no feriadão

O número de multas por excesso de velocidade nas rodovias federais no estado do Rio de Janeiro no feriado prolongado de Tiradentes foi quase seis vezes maior neste ano que no mesmo período de 2016. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram 3.352 por excesso de velocidade frente a 608 multas anotadas na mesma época no ano passado.

Nesses quatro dias da operação Tiradentes – de quinta (20) a domingo (23) – houve 80 acidentes, cinco mortos e 106 feridos. Com o reforço da fiscalização nos trechos com mais índices de acidentes, a operação registrou 2,4 mil infrações de trânsito. Policiais rodoviários federais flagraram 10 motoristas dirigindo sob efeito de álcool.
Além dessas, as infrações mais constantes foram o não uso do cinto de segurança, motociclista sem usar capacete, carteira de habilitação vencida há mais de 30 dias e ultrapassagem proibida. No combate ao crime, foram presas 21 pessoas e recuperados 15 veículos.

Em 2016, houve 69 acidentes, quatro mortes, 73 feridos, 15 multas por embriaguez, dez prisões e dois veículos recuperados.

Carnaval teve menos acidentes em rodovias federais, mas número de mortes subiu

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Registro de acidentes nas rodovias caiu 5,3% neste carnaval

O feriado de carnaval teve menos acidentes nas rodovias federais, mas o número de mortes aumentou, segundo balanço divulgado hoje (2) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Entre 24 de fevereiro e ontem (1º), período da Operação Carnaval, foram registrados 1.696 acidentes nas rodovias federais, número 5,3% menor que no ano passado. No entanto, 140 pessoas morreram, 27 a mais que no carnaval de 2016.

Um fator que contribuiu para esse resultado foi a ocorrência de acidentes com múltiplos óbitos. O exemplo mais crítico foi em uma rodovia em Goiás, em que oito pessoas morreram em um único acidente. Apenas 11 acidentes foram responsáveis por 44 mortes, uma média de 4 mortes por ocorrência. Destes acidentes, 10 foram colisões frontais, algo que, segundo a PRF, geralmente ocorre como resultado de ultrapassagens indevidas e de excesso de velocidade.

“O aumento dos acidentes com vítimas fatais certamente foi provocado pela imprudência dos motoristas, que transitaram fazendo essa combinação letal de ultrapassagens irregulares com velocidade incompatível”, disse o coordenador de Controle Operacional da PRF, João Francisco Oliveira. “Por melhor que seja a fiscalização, as condições da rodovia e as ações de qualquer órgão governamental, o comportamento dos motoristas é o que faz o sucesso ou insucesso de qualquer operação nossa”, completou.

Segundo Oliveira, no entanto, a avaliação da PRF é que a Operação Carnaval foi positiva. Apesar do aumento do número de mortes, houve redução no número de acidentes graves, quando há feridos graves ou morte. Neste ano, foram registrados 323 acidentes graves, 18,64% a menos que em 2016.

Multas

Além disso, foram emitidas 84,8 mil autuações, mais que o dobro do carnaval passado, quando foram feitas 41,5 mil. Das mais de 80 mil autuações nos seis dias da operação deste ano, 2.019 foram por consumo de álcool e 11,8 mil por ultrapassagens irregulares. O aumento nos números se deve a um maior rigor na fiscalização e não necessariamente à maior imprudência dos condutores, segundo a PRF.

“Posicionamos nossas equipes nos locais mais críticos, de forma que ficássemos presentes e disponíveis flagrando as condutas mais perigosas. Eu não tenho a sensação de ter havido aumento no consumo de bebida. A gente intensificou o número de testes com etilômetro, com objetivo de tirar de circulação os motoristas embriagados”, disse Oliveira.

Para a Operação Carnaval foram utilizadas 1,2 mil viaturas, 1,6 mil etilômetros e 200 radares portáteis. Foram fiscalizadas 222.801 pessoas e 205.137 veículos. Os mais de 98 mil testes de embriaguez com etilômetro resultaram em 214 prisões. Na área de combate ao crime, foram presas 800 pessoas e apreendidas 1,5 tonelada de maconha e quase 500 quilos de cocaína.