Presidente da ANAB alerta que mudança na regulação dos planos de saúde não pode prejudicar o consumidor

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Alessandro defende a modernização da regulamentação dos planos de saúde, mas sem prejuízo para o consumidor

Para o presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB), Alessandro Acayaba de Toledo, mudanças na regulação dos planos de saúde não podem resultar na perda de direitos dos consumidores. O posicionamento foi defendido na manhã de hoje no Seminário de Saúde Suplementar promovido pela Folha de S. Paulo no auditório Unibes Cultural. Alessandro participou da mesa sobre mudanças na legislação da saúde suplementar, que também contou com a presença de Marcos Pimenta, assessor da diretoria da Associação Paulista de Medicina (APM); do Paulo Furquim de Azevedo, coordenador do Centro de Estudos em Negócios do Insper; da Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde; e do Paulo Roberto de Oliveira Webster, diretor de Regulação, Monitoramento e Serviços da Unimed.

Para o presidente da ANAB, há a necessidade de atualização das normas que regulam a saúde suplementar. “São 21 anos desde a criação da Lei nº 9.656, que estabeleceu as regras dos planos privados de assistência à saúde. É preciso modernizá-la, mas jamais com um retrocesso no direito do consumidor”, defendeu. Ele avalia que as operadoras buscam na mudança da lei a solução para minimizar os impactos negativos financeiros em suas contas. “Antes de ocupar o Congresso e a ANS com mudanças em leis e normas, o setor deve buscar rever os processos internos de gestão, ser criativo e propositivo, preservando os direitos dos consumidores”, avalia.

ANAB e CNSaúde defendem direito de consumidores em possível mudança nos planos de saúde

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Alessandro Acayaba de Toledo, presidente da ANAB, tem que mudanças nos planos afetem os diretos dos consumidores

Ontem foi o dia em que as seguradoras de saúde reunidas na FenaSaúde apresentaram sua proposta de mudança na lei dos planos. Convidado para palestrar no fórum da entidade, o ministro Luiz Henrique Mandetta afirmou que a lei 9.656 fez o mercado migrar de um cenário “totalmente desregulado” para “uma situação que quer regulamentar até a cor da cadeira que a pessoa senta”. “Eu acho a lei extremamente engessante. Extremamente restritiva”, criticou ele, que já foi presidente da Unimed em Campo Grande. Partindo do princípio de que a legislação aprovada em 1998 foi feita pensando apenas na realidade do Sudeste do país, Mandetta defendeu que é preciso “ter alguns olhares mais personalizados”.

Nunca é demais lembrar: as empresas querem aval para comercializar planos fatiados, que ofereçam só consultas – sem direito a atendimento ambulatorial ou internações. Mais baratos, portanto. Deve ser essa a “solução” que Mandetta infere que deva ser implementada para o restante do país. O ministro da Saúde, no entanto, não se posicionou especificamente sobre as propostas de mudança colocadas na mesa pela FenaSaúde. “Esse é um debate do Congresso. Quando ele existir, a gente pode eventualmente participar”, esquivou-se.

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Breno Monteiro, presidente da CNSaúde, também avalia que é fundamental preservar os direitos dos consumidores

Encerrando o debate, o presidente da FenaSaúde, João Alceu Amoroso Lima, tentou ressaltar uma convergência de agenda nada evidente, dizendo que as medidas propostas têm apoio de outras associações do setor. “Praticamente tudo o que está sendo dito tem alinhamento grande com outras operadoras”, afirmou. Mas a Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB) publicou nota dizendo ser “fundamental que não haja qualquer tipo de retrocesso nos direitos dos consumidores”. E a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) foi na mesma direção: “qualquer mudança precisa preservar o direito do consumidor que contratou o plano de saúde para que este possa ser atendido com qualidade e agilidade quando precisar de assistência”.

Presidente da ANAB vai debater a judicialização da saúde no I Congresso Brasileiro de Direito Médico Faceres

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Alessandro Acayaba de Toledo vai destacar dados presentes no Anuário da Justiça Saúde Suplementar

O presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB), Alessandro Acayaba de Toledo, participa, na quinta-feira (24), em São José do Rio Preto, do I Congresso Brasileiro de Direito Médico Faceres. Ao lado do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Ricardo Villas Bôas Cueva, e do presidente da OAB/SP, Caio Augusto Silva dos Santos, Alessandro vai compor a mesa que debaterá a postura do Poder Judiciário quanto às discussões mais atuais que envolvem o direito à saúde.

O norte do debate será o Anuário da Justiça Saúde Suplementar, publicação produzida pela ANAB, com a colaboração do Consultor Jurídico, e que apresenta as decisões do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, que guiam a postura do Poder Judiciário nas demandas relacionadas ao setor. O Anuário aponta, por exemplo, que os quatro principais temas da judicialização da saúde privada são negativa de cobertura, cancelamento do contrato, inadimplência e reajuste de mensalidade.

Para o presidente da ANAB, a realização de um Congresso de Direito Médico é fundamental para compreender e mudar esse cenário de judicialização do setor. Ele observa que hoje a saúde é um dos principais temas da pauta do Judiciário brasileiro, nas várias instâncias da Justiça. “Dados do Conselho Nacional de Justiça registram um crescimento de aproximadamente 130% nas demandas de primeira instância entre 2008 e 2017. Logo, o debate é fundamental para que se possa interromper esse crescimento. Pois, certamente a redução da judicialização será benéfica tanto para os consumidores quanto para as empresas do setor”, avalia Alessandro.

Foco da saúde suplementar deve ser o interesse do consumidor, defende o presidente da ANAB

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Alessandro Acayaba: mudanças na saúde suplementar precisam focar no interesse do consumidor

A Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB) promoveu na manhã de ontem (22), no Summit Saúde, uma mesa sobre os dez anos da nova regulamentação dos planos coletivos. Participaram do debate o presidente da ANAB, Alessandro Acayaba de Toledo, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ricardo Villas Bôas Cueva, o diretor-presidente e diretor de gestão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Leandro Fonseca, e o presidente da Associação Paulista de Medicina, José Luiz Gomes do Amaral.

Alessandro destacou que é importante avaliar a evolução da legislação que normatiza os planos de saúde devido à importância que o benefício conquistou dentro do mercado de trabalho. “Não por acaso, atualmente, o plano de saúde saltou para o segundo maior desejo de consumo do brasileiro”, observou o presidente da ANAB.

Ele pontuou como as resoluções normativas 195 e 196, de 14 de julho de 2009, trouxeram avanços para o mercado de saúde suplementar, mas também afirmou que o momento atual é de repensar o sistema de saúde privado. “Nossa torcida será para que a inovação seja capaz de driblar qualquer outro interesse que não seja privilegiar os consumidores, garantindo a eles os direitos conquistados, a liberdade de optar por produtos e serviços qualificados e a preços justos”, afirmou.