Associação Nacional de Desembargadores lança revista em junho
Primeira edição traz matéria sobre trabalho remoto ou presencial no Judiciário

 

Capa da primeira edição da revista da ANDES

 

Da Redação

O presidente da Associação Nacional de Desembargadores (Andes), desembargador Marcelo Buhatem, lança, no dia 6 de junho, a Revista Andes que registra os 15 anos de luta da associação. Na edição, temas relacionados a problemas fundiários, questões polêmicas sobre trabalho remoto ou presencial no Judiciário, entre outros, estão no nº 1 da publicação.

Segundo Buhatem, a revista dará voz aos diversos Tribunais, aos formadores de opinião que queiram participar e comunicar suas ações e ideias para contribuir com o trabalho da magistratura nacional. “Nesse período de uma década e meia, muitas mudanças históricas ocorreram no direito, nos Tribunais, na jurisprudência e na sociedade brasileira, principalmente depois da Covid-19”.

Com uma diagramação que prioriza leveza e criatividade, o periódico tem como desafio apresentar as ações, que podem contribuir para o bem-estar social, bem como eliminar os abismos existentes entre a sociedade e o Judiciário. As matérias abordadas se apresentam numa linguagem acessível e esclarecedora e, em suas quase 30 páginas, tratam da realidade dos fatos que mobilizam os 90 milhões de processos que tramitam no Judiciário.

Seminário vai debater os rumos do Direito
Evento virtual reunirá juristas para avaliar as mudanças provocadas pela pandemia

 

Presidente da ANDES vai abrir o evento

 

 

Da Redação

O presidente da Associação Nacional de Desembargadores (ANDES), Marcelo Buhatem, abre nesta sexta-feira (05) o seminário virtual O Novo Rumo do Direito. O evento, promovido pelo Tribuna Diária, vai até domingo (07) e reunirá juristas, desembargadores e advogados, que debaterão o impacto da pandemia no Direito. A proposta é avaliar as mudanças e rumos do Judiciário com a crise provocada pelo coronavírus. Mais informações pelo link https://doity.com.br/agora-do-direito-tribuna-diaria-o-novo-normal-do-direito#schedule.

Desembargadores e juristas destacam avanços recentes na legislação eleitoral
Webinar realizado pela ANDES debateu a importância de uma reforma eleitoral

 

 

Da Redação

Apesar da legislação eleitoral precisar avançar em muitos pontos, a Emenda Constitucional 111, promulgada em setembro, e o novo Código Eleitoral, que aguarda votação no Senado, projetam mudanças positivas para o país. Essa foi avaliação feita durante a live promovida nesta terça-feira, sobre a Reforma Eleitoral, pela Associação Nacional de Desembargadores e que contou com a participação do presidente da ANDES, o desembargador Marcelo Buhatem, do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga, dos desembargadores Anna Graziella Neiva (TRE-MA) e Carlos Santos de Oliveira (TJRJ) e do juiz Valdemir Ferreira (TRE-PI).

O presidente da ANDES avalia que o texto do Código Eleitoral apresenta pontos polêmicos, entre a determinação de quarentena de quatro anos para que juízes, membros do Ministério Público, policiais federais, rodoviários federais, policiais civis, guardas municipais, militares e policiais militares possam disputar as eleições. Para a desembargadora do TRE-MA, havia a necessidade de se rever o Código Eleitoral, pois o que está em vigência foi criado na década de 60. “Ele trata de uma democracia em uma época em que ela nem existia”, observa Anna Graziella, que ressalta que o texto aprovado pela Câmara se propõe a trazer o código de processo eleitoral e também o viés penal eleitoral, atualizando assim a uma necessidade que surgiu em decorrência dos julgamentos da Lava Jato. “As ações vieram descambar para a justiça eleitoral, para tratar inclusive de corrupção e caixa 2, que sequer existiam na legislação eleitoral”, destaca.

O ex-ministro do TSE relatou que tinha receio do retorno do sistema de coligações. Ele avalia que essa forma de aliança é um desserviço para a democracia, pois estabelece a união de partidos conforme o interesse daquele momento eleitoral, sem haver uma preocupação com a convergência de programas.

Para Gonzaga, a lei que permite as federações de partidos, promulgada no fim de setembro, é um caminho para que o futuro ofereça condições de que essas legendas se aglutinem de forma mais permanente. De acordo com a Lei, as federações de serão formadas por partidos com afinidade programática, durando pelo menos os quatro anos do mandato. Se algum partido deixar a federação antes desse prazo, sofre punições, tais como a proibição de utilização dos recursos do Fundo Partidário. “Com as federações, os partidos vão se organizar de certa forma, a se aglutinarem em fusões ou incorporações. Isso vai reduzir o espectro partidário, permitindo uma melhor uma visão da orientação política de cada partido, em benefício do eleitorado na hora de votar”, avalia o ex-ministro do TSE.

Os desembargadores Carlos Santos e Anna Graziella concordaram que a Emenda Constitucional 111 vai ajudar a promover a diversidade. De acordo com o texto, para fins de distribuição entre os partidos políticos dos recursos do fundo partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), os votos dados a candidatas mulheres ou a candidatos negros para a Câmara dos Deputados nas eleições realizadas de 2022 a 2030 serão contados em dobro.

A desembargadora ressaltou que a subrepresentatividade feminina ainda é uma realizada na política brasileira. Ela relatou que pesquisas mostram que o Brasil tem o terceiro pior índice de representação feminina no parlamento em todas as Américas. Em sua avaliação, a Emenda 111 veio em uma excelente hora, com uma abordagem que talvez promova uma mudança significativa. “Além de trazer um enfrentamento nas candidaturas fictícias, a legislação vem com o viés de incentivar o estímulo a participação feminina”, afirmou.

Na avaliação do desembargador do TJRJ, outra conquista que a Emenda 111 traz é o estímulo a participação popular, com a determinação da realização de consultas populares sobre questões locais junto com as eleições municipais. “Essa norma é bem-vinda, pois promove uma otimização da estrutura da justiça eleitoral”, elogia.

Marcelo Buhatem é reeleito presidente da ANDES
Reajuste da aposentadoria dos magistrados será prioridade da gestão

 

Marcelo Buhatem presidirá a ANDES durante o triênio 2021-2024

 

Da Redação

O desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Marcelo Buhatem foi reeleito presidente da Associação Nacional de Desembargadores (ANDES) para o triênio 2021-2024. Buhatem é desembargador do TJ-RJ há dez anos. Antes, passou 20 anos no Ministério Público fluminense. Ele foi eleito pela primeira vez em junho do ano passado, após renúncia do presidente Bartolomeu Bueno. A gestão pretende ampliar o diálogo com os Poderes Executivo e Legislativo em defesa das pautas ANDES.

Buhatem avalia que, ao longo do último ano, houve um importante trabalho de estabelecer uma aproximação com os outros Poderes. “Agora, pretendemos fortalecer ainda mais essas relações, para que possamos defender os direitos dos magistrados, bem como consolidar a ANDES como um veículo associativo respeitado e ouvido nas grandes questões institucionais”, afirma.

Uma das pautas prioritárias é a necessidade de um reajuste no regime previdenciário dos magistrados. O presidente da ANDES observa que a categoria acumula uma defasagem de 41% em relação à inflação desde 2006. Além disso, o magistrado, ao se aposentar, perde 40% dos seus vencimentos.

A retomada gradual dos julgamentos presenciais é outra questão que está na agenda da ANDES. “O “olho no olho” é fundamental para garantir que as partes conheçam quem vai decidir o rumo do processo, bem como a liturgia do julgamento”, defende Buhatem, que explica que a Justiça apresenta uma ritualística própria, que é fundamental para preservar direitos e garantias processuais. Ele cita como exemplo o contato direto da defesa com o réu, que fica impossibilitado em julgamentos virtuais, que afetam a própria dinâmica da audiência.

O presidente da ANDES aponta como um dos grandes desafios do judiciário brasileiro a redução do congestionamento de processos. São mais de 77 milhões de ações em tramitação na Justiça que expõem um cenário de elevada litigiosidade que alcança os tribunais. Para ele, uma das soluções é fazer com que a população entenda que há meios adequados de prestação de justiça, além do próprio judiciário, que deveria ser utilizado para pacificar conflito de interesses que não pudessem ser resolvidos pelos métodos extrajudiciais.