Presidente da ANDES defende que é preciso rever o ativismo judicial
Marcelo Buhatem demonstra preocupação com liminares que ignoram decisões de prefeitos e governadores

 

Buhatem observa que o Judiciário não pode extrapolar os seus limites

 

Da Redação

O presidente da Associação Nacional de Desembargadores (ANDES), Marcelo Buhatem, defende que é preciso combater exageros do ativismo judicial que tem marcado decisões nos tribunais. Ele cita como exemplo liminares de juízes que vão contra decisões de prefeitos e governadores em manter medidas flexibilização na pandemia. Buhatem lembra que o próprio Supremo Tribunal Federal já se pronunciou que cabem ao prefeito e ao governador decidirem sobre esse tema.

“Há sim, alguns excessos, mas os tribunais têm mediado isto. O judiciário, às vezes, tem criado algumas normas. O ativismo judicial nos últimos anos, no meu entender, tem sido mal-usado. O Judiciário pode muito, mas não pode tudo”, observa Buhatem, que destaca que a Constituição Brasileira estabelece os limites de atuação dos Três Poderes.

Entretanto, o presidente da ANDES alerta que possíveis críticas à atuação do Judiciário não justificam ataques a sua credibilidade. Buhatem defende que a democracia brasileira é sólida e longa, mas não pode aceitar assaques aos Poderes, tampouco a instituições igualmente sólidas. “A Internet deu palco a aproveitadores e covardes anônimos de última hora, que sequer têm coragem de mostrar os verdadeiros nomes e faces”, critica. Para Buhatem, o definhamento ao respeito aos Três Poderes é motivo de grande preocupação, pois pode enfraquecer a percepção de solidez.  “As instituições estão funcionando normalmente e saberão lidar com esses abusos em obediência, sempre, a Constituição Brasileira e ao primado da lei”, defende.

Andes repudia assassinato de juíza no Rio
Viviane foi morta pelo ex-marido, na véspera do Natal, diante de três filhas

A Associação Nacional dos Desembargadores (Andes) publicou nota de repúdio contra o assassinato da juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Viviane Vieira do Amaral Arronenzi. Ela foi morta a facadas pelo ex-companheiro, na véspera de Natal, diante das filhas do casal. Viviane integrava a magistratura do Rio de Janeiro havia 15 anos. Atualmente, trabalhava na 24ª Vara Cível da capital. Antes, atuara na 16ª Vara de Fazenda Pública. O crime ocorreu na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Viviane já havia feito registro de lesão corporal contra o ex-marido e chegou a ter escolta policial concedida pelo TJ-RJ.

Na nota, a Andes ainda reafirma o compromisso de combater, veementemente, a terrível pandemia de violência contra a mulher, sobretudo as mais vulneráveis.

Em plena véspera de Natal, houve o covarde crime de feminicídio contra uma magistrada do RJ, pelo ex companheiro, na frente das filhas.
A Andes Mulher vem manifestar repúdio ao hediondo crime, além de combater, veementemente, a terrível pandemia de violência contra a mulher, sobretudo as mais vulneráveis.
A Andes Mulher pretende encampar a proposta de mudança na legislação vigente, para majorar as penas dos crimes de misoginia cometidos contra a mulher magistrada ou agente da Lei, pois tais ilícitos ocasionam insegurança pública.
Nos compadecemos com a família, amigos e os filhos, que terão sequelas para toda a vida.
Sigamos, na certeza de que a punição será exemplar. Confiamos nas justiças. Divina e dos homem.

Marcelo Buhatem
Des Presidente da ANDES

Regina Lúcia Passos
Des. TJRJ. Andes-Mulher.

ANDES defende penas mais duras contra homicídios dolosos
Associação avalia que Congresso Nacional precisa rever a Lei Penal

Para o presidente da Associação Nacional dos Desembargadores (ANDES), Marcelo Buhatem, o assassinato de José Alberto Freitas em uma loja do supermercado Carrefour em Porto Alegre expõe a necessidade de se discutir penas mais duras em casos de homicídio doloso. A Associação emitiu uma nota sobre a necessidade do Congresso Nacional discutir essa questão.

“A cena de violência contra um homem negro em um Supermercado de Porto Alegre, ou contra qualquer ser humano, de qualquer credo ou etnia, é absolutamente abominável, ainda mais se dela resultar morte da pessoa agredida, quando estaremos diante de um grave crime de homicídio doloso, com pena que pode chegar a 30 anos de reclusão, mas que, infelizmente, o sistema penal brasileiro, com os abrandamentos legais, certamente os meliantes progredirão de regime e ficarão realmente presos pouco tempo. Lamentável.
Sabemos que o clamor público não é o melhor cenário para mudanças legislativas, mas, também infelizmente, no Brasil é assim que se tem evoluído. Que a morte deste cidadão brasileiro sirva de estarte para que o Congresso Nacional promova alterações na lei penal, deixando-a mais próxima à realidade da violência que assola o país, notadamente quanto a progressão dos regimes prisionais. É o mínimo. E que talvez o Supremo possa rever a sua jurisprudência quanto ao regime prisional nos chamados crimes hediondos.”

Marcelo Buhatem
Des Presidente da ANDES

ANDES debate os desafios da Lei Geral de Proteção de Dados
Webinar terá transmissão pelo YouTube nesta quarta-feira

 

 

Da Redação

A Associação Nacional dos Desembargadores (ANDES) realiza, nesta quarta-feira (28), às 17h, o webinar “Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – os custos serão repassados? E os hackers?”. O evento virtual contará com a presença do desembargador e presidente da ANDES, Marcelo Buhatem; dos desembargadores José Eduardo Chaves (TRT 3) e Nagib Slaibi Filho (TJRJ); do desembargador e diretor cultural da ANDES, Rogério de Oliveira, e das advogadas Raquel Rinaldi e Edmée Froz. O evento terá transmissão pela página da ANDES no YouTube.