Baixa umidade do ar em Brasília acende alerta para os cuidados com a saúde
Crianças e idosos podem sofrer grandes riscos, com as chances de desidratação durante este período do ano

Baixa umidade em Brasília acende alerta na população (Foto: TV Globo/Reprodução)

Da Redação

O mês de setembro é marcado em Brasília pelo aumento da seca e a queda na umidade relativa do ar. Na primeira semana do mês, a cidade chegou a bater recorde histórico de menor umidade, chegando a 7%, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A Capital Federal ficou em alerta vermelho, o mais alto entre os disponibilizados pelo Inmet, que destaca que há grandes riscos de incêndios florestais e à saúde. De acordo com a pneumologista do Hospital DF Star, da Rede D’Or, Milena Danilow, a baixa umidade representa maior risco de doenças respiratórias, cutâneas e oculares, dentre outras. “Devido à perda de umidade das secreções que revestem as mucosas das vias aéreas, há diminuição da capacidade de defesa contra microrganismos, predispondo a infecções respiratórias. A maior quantidade de poeira suspensa no ar é um fator agravante e afeta principalmente os portadores de asma e rinite”, explica a pneumologista.

Para crianças e idosos a situação pode ser ainda mais preocupante. “Há um maior risco de desidratação e maior chance de gravidade e complicação das infecções. Os idosos têm uma percepção diminuída da sede, tendendo naturalmente a ingerir menos líquidos, e as crianças pequenas muitas vezes dependem de terceiros para uma boa hidratação, o que também coloca esses grupos em maior risco de complicações”, alerta Milena.

Segundo o pediatra e coordenador de pediatria do Hospital Santa Helena, da Rede D’Or, Thallys Ramalho, a pele mais fina de idosos e bebês colaboram para o aumento da perda insensível de água, que acontece através da pele. “Mesmo quando desidratados, idosos e crianças não costumam sentir sede para uma reposição efetiva do déficit de água. Nessas faixas etárias, a desidratação pode ter consequências mais graves, como, por exemplo, insuficiência renal. Crianças desidratadas apresentam irritabilidade, alteração do humor e principalmente diminuição da quantidade de urina. A redução considerável da quantidade de urina, que em bebês pode ser percebida como diminuição da troca de fraldas, também é um grande alerta para desidratação”, explica o pediatra.

Outro grupo sob maior risco de complicações decorrentes do tempo seco é o dos trabalhadores que atuam ao ar livre, como frentistas, garis e vendedores ambulantes. “A exposição ao vento e ao sol aumenta a perda de líquidos corporais e acentua a desidratação. Essas pessoas devem redobrar o cuidado com a hidratação, aumentando a ingestão de água e sucos e, se possível, evitar esforços extenuantes durante o período mais quente do dia, que vai das 10h às 16h”, afirma a pneumologista Milena Danilow.

A ingestão de água, hidratação da pele, uso de protetores solares, hidratação das mucosas nasais e oculares com soro fisiológico, chapéus e roupas que garantam proteção da pele à exposição solar são algumas das alternativas de cuidados para a população em geral, neste período do ano.

Lavagem nasal mal realizada pode levar a infecções no ouvido

Vegetação seca de Brasília no inverno do Centro-Oeste (Foto: Reprodução/TV Globo)

Da Redação

O período da seca, marcado pela baixa umidade, chegou em Brasília e com ele o aumento de casos de doenças respiratórias como rinite alérgica e asma. Uma das alternativas para prevenir as doenças de trato respiratório é a lavagem nasal, mas é preciso atenção ao colocar em prática a técnica considerada, por muitos, simples.

A lavagem nasal é considerada uma manobra essencial para uma melhor respiração. Além de promover a limpeza nasal e a fluidificação, o método ajuda na descongestão e prevenção de doenças do trato respiratório. Porém, a lavagem mal-sucedida pode causar infecções e inflamações no ouvido, como a Otite Média Serosa.

A Otite Média Serosa é uma condição na qual ocorre acúmulo de líquidos na orelha média, a câmara do ouvido situada atrás da membrana do tímpano.  De acordo com o otorrinolaringologista do Hospital DF Star, da Rede D’Or, Marcelo Maruyama, é uma condição comum que afeta principalmente crianças. “Esse acúmulo pode causar diversos sintomas como sensação de ouvido tampado, perda de audição, zumbido, sensação de pulsação nos ouvidos e, em alguns casos, até dor. A Otite Média Serosa também pode predispor a infecções de repetição nos ouvidos (otites médias agudas de repetição), pois o líquido parado fica sujeito a contaminações por bactérias patogênicas, que podem gerar inflamação e, consequentemente, dor e febre”, explica.

Segundo Maruyama, a lavagem nasal como causa de Otite Média Serosa tem sido discutida e observada nos consultórios, particularmente com o surgimento de opções no mercado de lavagens nasais com alto volume. “Existem várias evidências de que a lavagem nasal, quando realizada corretamente, pode ser inclusive útil para prevenir a Otite. Mas, ela deve ser feita da maneira correta, particularmente observando a posição da cabeça e a pressão com que a solução entra nas cavidades nasais. A pressão realizada deve ser sempre gentil, mesmo que a solução demore mais para penetrar as narinas. A lavagem nasal, quando realizada de forma inadequada, pode fazer com que o líquido da lavagem penetre as tubas auditivas e chegue às orelhas médias. Na grande maioria dos casos, isso gera apenas um desconforto momentâneo, já que o adequado funcionamento das tubas consegue drenar a solução. Quando as tubas não estão funcionando bem, o líquido da lavagem pode persistir por mais tempo nas orelhas médias. Além disso, se a lavagem nasal carregar patógenos para as orelhas médias, pode ser que o indivíduo venha a ter uma infecção aguda”, explica o médico.

Marcelo Maruyama, otorrinolaringologista do Hospital DF Star.

Durante o período da seca, os casos de otite média aumentam, pois as mucosas respiratórias ficam mais agredidas e sujeitas a inflamações e infecções, que são causas de mau funcionamento das tubas auditivas e acúmulos anormais de líquidos na orelha. “Além disso, trata-se do período em Brasília em que circulam mais viroses respiratórias. Para quem já teve problemas nos ouvidos realizando lavagem nasal, pode ser recomendado que utilizem lavagens com menor volume como, por exemplo, os dispositivos de jato contínuo que também são encontrados facilmente nas farmácias. Se o intuito é apenas aliviar o incômodo com o ressecamento das mucosas, outras opções são os dispositivos em spray ou em gel. Também é importante que após as lavagens a pessoa deixe drenar bem a solução e não assoe com muita força, pelo mesmo motivo que não se deve realizar lavagens com muita pressão. É claro que, igualmente ou talvez mais importante que a hidratação das mucosas com lavagens e umidificação externa, é a hidratação por via oral”, afirma Marcelo Maruyama.

A Otite Média Serosa geralmente se resolve espontaneamente em algumas semanas ou meses. No entanto, em alguns casos, a doença pode persistir por um período mais longo.  Na maior parte dos casos, o tratamento é conservador, objetivando-se a desobstrução da tuba auditiva. Algumas medicações podem ser úteis para fluidificar as secreções, descongestionar o nariz e tratar infecções e alergias das vias respiratórias. Também pode ser indicada fonoterapia, com a realização de exercícios que ajudem a ventilar a orelha média. Porém, o otorrinolaringologista explica que alguns casos falham ao tratamento clínico e deve ser indicado um procedimento cirúrgico, que consiste na realização de uma microperfuração no tímpano, aspiração do líquido retido e inserção de um tubo de ventilação na perfuração.

Para prevenir não somente a Otite Média Serosa, mas também outras afecções respiratórias neste período de seca, o otorrinolaringologista do Hospital DF Star, Marcelo Maruyama indica que se atente aos hábitos de vida saudáveis, objetivando o bom funcionamento das defesas naturais e do sistema imunológico; manter-se hidratado; usar a técnica adequada para lavar o nariz; higienizar as mãos com frequência; evitar locais aglomerados e sem ventilação; usar máscara como uma barreira adicional de propagação das viroses respiratórias, e consultar um médico regularmente.

Profissionais de enfermagem fazem ato em Brasília por piso salarial
Eles pedem aprovação de MP para pagamento do piso da categoria

Da Agência Brasil

Profissionais de enfermagem de todo o país vieram a Brasília para pedir ao governo federal que seja publicada uma medida provisória para o pagamento do piso salarial da categoria. O texto deve regulamentar o repasse dos recursos.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, Valdirlei Castagna, espera que a medida seja publicada ainda em abril. Uma nova reunião deve ocorrer no dia 11 de abril para avaliar o que pode ser a versão final do texto. “A gente espera que nesta data seja apresentado definitivamente o texto da medida provisória que será publicada provavelmente nos próximos dias, imaginamos. E aí, a gente deverá ter o caminho livre para derrubar a liminar no Supremo Tribunal Federal.”

Segundo os representantes das entidades, a medida provisória iria resolver o impasse criado a partir da liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), que barrou o pagamento. Em setembro do ano passado, o ministro Luís Roberto Barroso suspendeu a lei para que as autoridades avaliassem o impacto do piso e as fontes de custeio.

Daniel Menezes, membro do Conselho Federal de Enfermagem, diz que o governo está tratando o assunto com o STF. “Embora tenha essa demora, há esse compromisso do governo federal, especialmente na semana passada, quando informa que estaria realizando tratativas junto ao STF, para que a liberação da liminar fosse aí uma medida subsequente à liberação da medida provisória.”

A lei criou o piso de R$ 4.750 para enfermeiros. O valor serve de referência para os salários dos técnicos, auxiliares e parteiras.

Unimed Nacional lança linha de produtos Bem-Estar, em Brasília
Novo plano de saúde foi desenhado com base nas necessidades locais

 

Luiz Paulo: Nossa meta é seguir expandindo para outras regiões

Da Redação

A Unimed Nacional lançou, nesta terça-feira (14/06), os planos de saúde da linha Bem-Estar, em Brasília. O novo produto é destinado a microempreendedores individuais e pequenas e médias empresas a partir de duas vidas. O plano tem como diferencial ter sido idealizado de acordo com as necessidades da região. O presidente da Unimed Nacional, Luiz Paulo Tostes Coimbra, ressalta que o mercado de Brasília é muito importante para a cooperativa, por isso é a segunda localidade a receber a nova categoria de plano de saúde. A primeira foi São Paulo. “O brasiliense reconhece a excelência de nossos serviços. Prova disso é que somos líder entre as operadoras de saúde que atuam na região. A linha Bem-Estar é uma prova de que queremos atender cada vez melhor, ampliando o acesso aos serviços de saúde”, afirma Luiz Paulo.

Jorge Oliveira, diretor executivo comercial da Unimed, explica que o novo plano de saúde é um exemplo de como a cooperativa está atenta às demandas do mercado. O resultado dessa interação cada vez maior com corretores, empresas e clientes sobre as atuais necessidades de cada um, é um produto que atende especificamente as necessidades da região. “O fundamental é poder garantir o atendimento ao beneficiário. O produto apresenta cobertura completa com uma rede assistencial extremamente qualificada”, ressalta.

A linha Bem-Estar oferece um plano de saúde moderno, abrangente e acessível, que aposta em recursos virtuais e no atendimento à distância. “Acreditamos muito nesta linha, e adianto que haverá muito mais novidades regionalizadas, de acordo com as necessidades e expectativas de cada praça”, afirma o diretor Comercial e Marketing da Cooperativa, Walter Cherubim.

A rede credenciada contempla prestadores de referência para os clientes, como a rede de laboratório Sabin, o Hospital Anchieta, Hospital São Francisco e o Hospital Alvorada. Em caso de urgência e emergência, o cliente tem ainda a segurança de estar assistido pela rede de atendimento do Sistema Unimed, disponível em todo o território nacional. O plano ainda oferece pronto atendimento virtual, isenção de coparticipação em atendimento virtual e desconto em farmácias.

Desde que assumiu a presidência da Unimed Nacional há um ano, Luiz Paulo vem enfatizando sobre a necessidade de inovar constantemente. E a linha Bem-Estar vem ao encontro do pensamento de sair do convencional, com atributos baseado nas atuais necessidades, visando uma experiência que atenda as expectativas, fortaleça o cuidado e o bom atendimento. “Com um portfólio regionalizado, essa nova linha tem variações que oferecem o melhor cuidado personalizado. Nossa meta é seguir expandindo para outras regiões. Promover saúde e qualidade de vida para que as pessoas possam viver mais e melhor, é o propósito da nossa marca”, completa.