Brasil abre 34 mil vagas formais de trabalho em setembro

empregos3
Pelo sexto mês consecutivo o país registra resultado positivo

O Brasil registrou a abertura de 34.392 vagas formais de emprego em setembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, foram abertos 208.874 postos com carteira assinada, sinal da gradual recuperação econômica após dois anos de profunda recessão.

Brasil cria 35,9 mil vagas formais de trabalho em julho

Pelo quarto mês consecutivo, o país registrou saldo positivo na criação de postos de trabalho formal. Em julho, foram criados 35,9 mil vagas formais, resultado de 1.167.770 admissões e 1.131.870 desligamentos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho. Para comparação, em junho, apenas 9.821 vagas foram abertas.
O setor da Indústria foi o grande responsável pelo número, com a criação de 12.594 vagas. O número foi puxado pelo segmento de produtos alimentícios, que criou 2.282 postos.
Também tiveram resultados positivos o comércio (10.156 vagas abertas), serviços (7.714), agropecuária (7.055) e construção civil (724). Já os serviços industriais de utilidade pública lideraram o grupo com fechamento de postos: 1.125 empregos encerrados no mês. Em seguida, estão administração pública (-994) e extrativa mineral (-224). Dos 25 subsetores econômicos, 17 empregaram mais do que demitiram no últimos mês.
O acumulado dos sete primeiros meses de 2017 tem saldo de 103.258 vagas criadas. No mesmo período do ano passado, o salgo era negativo, com o fim de 623.520 postos de trabalho formal.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, garantiu que os números positivos continuam até novembro. A partir de dezembro, pode haver interrupção do crescimento de empregos formais devido à sazonalidade e às posições temporárias de fim de ano. “A balança do ano não tem como prever, mas melhora mês a mês”, assegurou.
Para o ministro, as medidas implementadas pela equipe econômica do governo, como a liberação de R$ 44 bilhões do FGTS, influenciam no poder de compra do consumidor. Nogueira acredita também que houve influência na expectativa da indústria e dos empresários em investimentos.
Nogueira também ressaltou que os dados do Caged mostram resultados positivos em setores que, nos mesea anteriores, não eram os responsáveis pelo crescimento do emprego no país. Como exemplo, citou a construção civil, que não via resultado positivo há 33 meses — desde setembro de 2014.

País cria 9,8 mil vagas de trabalho em junho; resultado é o 3º positivo seguido

O mercado de trabalho brasileiro abriu 9.821 novos postos em junho, variação de 0,03% em relação ao mês anterior. Essa é a terceira expansão consecutiva e a quarta registrada no ano, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgadas hoje (17).

Para o ministro do Trabalho e Emprego, Ronaldo Nogueira, os dados mostram que “a economia dá sinais de recuperação”.

“É melhor que seja gradual, em patamares menores, do que termos uma bolha. Isso nos dá a sinalização de que a economia se recupera de forma positiva”, afirmou.

O resultado do Caged é resultado da diferença de 1.181.930 admissões e 1.172.109 demissões. No acumulado do ano, o saldo alcançou 67.358 vagas de emprego abertas. No mesmo período do ano passado, o saldo foi negativo, com 531.765 postos de trabalho fechados a mais que abertos. O resultado acumulado nos últimos 12 meses ainda aponta uma redução de 749.060 postos de trabalho.

“Nós gostaríamos de comemorar números melhores, mas o Brasil é um país que tem especificidades e a economia é um conjunto de fatores – externos e internos. O governo está cumprindo seu papel no sentido de dar sinais para o mercado, com a aprovação de reformas. A expectativa é que se mantenham os números positivos até o final do ano”, ressaltou Nogueira.

Setores

No mês de junho, o saldo positivo do Caged foi impulsionado pela agropecuária e pela Administração Pública. Em maio, foram gerados 36.827 novos postos de trabalho na agropecuária, repetindo o desempenho do setor em maio, quando registrou um saldo positivo de 46.049 novas vagas. O setor de produção de café repetiu o desempenho do mês de maio e foi novamente o destaque do período, com 10.804 vagas abertas, concentras em Minas Gerais.

A Administração Pública fechou o mês com a criação de 704 novas vagas de emprego, um aumento de 0,08%.

Já os demais setores tiveram saldo negativo de emprego, com mais fechamentos de vagas que aberturas, como a construção civil (redução de 8.963 postos de trabalho), indústria de transformação (redução de 7.887 postos), serviços (redução de 7.273 postos) e comércio (com o fechamento de 2.747 vagas de trabalho).

Segundo o ministro, no caso da construção civil, o setor deve retomar a geração de empregos nos próximos meses.

“Não é possível que a construção civil se perpetue todos os meses apresentando números negativos. Construção civil para gerar emprego demora, tem a fase dos projetos, das licenças, das organizações das plantas de construção, isso leva de seis a oito meses. Todos os setores que apresentaram números negativos, quando se faz o comparativo com ano passado, os números são muito menores”, comparou.

Desempenho regional

O desempenho do emprego com carteira assinada foi liderado pela Região Sudeste, com a criação de 9.273 novos postos de trabalho, puxado por Minas Gerais, favorecido pela agropecuária e serviços, com saldo positivo de 15.445 vagas criadas. A Região Centro-Oeste abriu 8.340 vagas, impulsionada por Mato Grosso, principalmente por setores como a agropecuária, comércio, serviços, construção civil e indústria da transformação. Goiás também teve expansão com a criação de 4.975 novos postos de trabalho, refletindo o setor de indústria da transformação, serviços e construção civil.

Reforma Trabalhista

A expectativa do governo federal é a geração de 2 milhões de postos de trabalhos nos próximos dois anos. A previsão, segundo Nogueira, será conduzida por atividades que utilizam contrato com jornada parcial, trabalho intermitente e home office – quando o trabalhador exerce suas atividades de casa ou em outro local fora da empresa.

“O governo tem tomado medidas concretas. Ordenou as suas despesas, isso é um sinal muito importante para o mercado. O segundo sinal é a segurança jurídica: através da reforma trabalhista se sinaliza para o empregador não ficar com medo de contratar.”