Caixa suspende crédito consignado para beneficiários do Bolsa Família
Contratações já realizadas não passarão por mudanças

Da Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal informou hoje (13) que suspendeu a oferta de crédito consignado para beneficiários do Bolsa Família  a chamada linha Consignado Auxílio. Em comunicado, a Caixa disse que o produto passará por uma “revisão completa de parâmetros e critérios”. O antigo Auxílio Brasil voltou a se chamar Bolsa Família, na atual gestão.

A suspensão está valendo desde ontem (12). Segundo o banco, as contratações já realizadas não passarão por mudanças e as parcelas do financiamento serão debitadas de maneira regular e de acordo com cada contrato.

A Caixa criou o consignado do Auxílio Brasil, que também atende quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) no dia 10 de outubro. A modalidade de crédito oferecia empréstimos aos beneficiários do Auxílio Brasil que podiam chegar a R$ 2,5 mil, pagos em parcelas de até R$ 160 descontadas do benefício por até 24 meses.

O crédito consignado é aquele concedido por instituições financeiras com desconto automático das parcelas em folha de pagamento do salário ou benefício.

Ao assumir Caixa, Rita Serrano fala em humanizar ambiente de trabalho
Caixa teve denúncias de assédio contra diretores nos últimos anos

Da Agência Brasil

Com discurso voltado à atenção aos trabalhadores da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano tomou posse como a nova presidente do banco. Em solenidade realizada na tarde de hoje (12), Rita defendeu a humanização nas relações de trabalho. “A gestão pelo medo na Caixa acabou”, disse ela, diante de uma plateia repleta de executivos e funcionários do banco, que a aplaudiu longamente após a declaração.

Ela assume a Caixa após um período de denúncias de assédio sexual e moral, durante o governo passado. O currículo de Rita, com 33 anos de banco e representante dos empregados no Conselho de Administração da empresa, foi fundamental para a escolha de seu nome pelo presidente Lula, presente no evento.

“Você foi escolhida porque tem uma história, porque muita gente deu referência de você. E eu só espero que você dedique à Caixa aquilo que você dedicou como funcionária, como militante sindical, política e social”, disse Lula.

Em seu discurso, a presidente da Caixa também defendeu o caráter estatal do banco. Lembrou as ameaças de privatização sofridas no último governo e a importância social da instituição durante a pandemia. O auxílio emergencial foi pago pela Caixa à época para a população desassistida durante o isolamento social. Rita afirmou que se o banco resistiu às investidas da equipe econômica do último governo foi “porque os empregados empunharam a bandeira de defesa do banco público frente às iniciativas de privatização”.

A nova presidente da Caixa também defendeu a promoção da inclusão bancária da população, o investimento em projetos culturais e a busca da rentabilidade dos negócios, mesmo que não haja um alinhamento automático à lógica do mercado financeiro. Segundo ela, os bancos públicos devem ter atenção às necessidades da população.

Nas mais de três décadas na instituição, Rita Serrano já desempenhou diversas funções e foi, entre 2006 e 2012, presidente do Sindicato dos Bancários do ABC Paulista. Ela também é uma das líderes do movimento de defesa das empresas públicas.

Minha Casa, Minha Vida

Discursando de improviso, Lula exaltou o trabalho social da Caixa e citou especificamente a atuação do banco no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, voltado para famílias de baixa renda, com condições facilitadas de financiamento. O presidente afirmou que deverá entregar novas casas ainda este mês. Segundo ele, são obras paradas após o fim do governo Dilma Rousseff, em 2016, e retomadas agora.

“Ainda este mês vamos ter muita coisa pra inaugurar neste país. Temos casa pra inaugurar que começaram no governo Dilma e ficaram paradas depois. Começamos, deixamos pensando que os outros iam fazer, não fizeram”.

BB e Caixa anunciam liberação de crédito para empresas em dificuldades
Recursos atenderão empresas prejudicadas por causa do coronavírus

Da Agência Brasil

O Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal vão oferecer crédito para empresas com dificuldades financeiras por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O anúncio foi feito pelos presidentes da Caixa, Pedro Guimarães, e do Banco do Brasil, Rubem Novaes, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, após reunião no ministério, em Brasília.

O presidente da Caixa informou que serão destinados R$ 30 bilhões para compra de carteira de crédito consignado e de financiamentos de carros de bancos médios, caso essas instituições financeiras tenham dificuldades; R$ 40 bilhões para capital de giro, principalmente para empresas do setor imobiliário e as pequenas e médias; e R$ 5 bilhões para o crédito agrícola.

“A Caixa é hoje o banco com o maior índice de capitalização, que é o Índice de Basileia [indicador que mede o grau de alavancagem financeira de uma instituição financeira], acima de 19%, e com mais de R$ 300 bilhões de títulos públicos. O que significa isso? A Caixa tem amplo espaço para emprestar. Os R$ 75 bilhões são apenas 10% da nossa carteira de crédito”, disse o presidente da Caixa.

Já o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, disse que não há uma estimativa de quanto o banco poderá emprestar. Disse, no entanto, que a instituição atenderá a demanda dos clientes, principalmente as pequenas e médias empresas.

“Tudo deve voltar à normalidade em algum ponto do segundo semestre. Com esse tipo de atividade, estamos apoiando nossa clientela para esse período de dificuldades, principalmente suprindo problemas de capital de giro. Temos adotado uma atitude proativa de procurar nossos clientes quando se configura que determinado setor está em uma crise um pouco mais acentuada”, disse Rubem Novaes.

O ministro Paulo Guedes lembrou que o Banco Central já tinha liberado R$ 135 bilhões de depósitos compulsórios (dinheiro que os bancos são obrigados a deixar depositados no Banco Central). O dinheiro liberado pelo BC pode ser usado pelos bancos para oferecer empréstimos. “Por razões econômicas já estávamos liberando. Então, chega em um ótimo momento, exatamente no momento que a crise está chegando”, disse Guedes.

“Antes da nossa reunião, eu falei por telefone com o presidente do Banco Central, Roberto Campos, que também está monitorando as condições de liquidez da economia. Ele me assegurou que as condições de liquidez estão absolutamente estáveis e vai garantir essa manutenção da estabilidade”, disse Guedes.

Caixa de autoatendimento promete diminuir filas em supermercados

Os caixas de autoatendimento vêm se tornando uma alternativa cada vez mais frequente no dia a dia das pessoas. Bancos, cinemas e lanchonetes são alguns dos espaços em que a tecnologia já está consolidada. Agora, os supermercados também vêm incorporando o equipamento em seus estabelecimentos. A rede Prezunic, por exemplo, recém-instalou seus primeiros caixas autiomáticos em sua unidade de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. De fácil utilização, o equipamento oferece autonomia completa ao permitir que o cliente faça todos os passos da compra sozinho, de forma intuitiva e ágil.

As quatro máquinas instaladas em Botafogo são ideais para compras pequenas. A expectativa é a de redução do tempo de espera na fila em cerca de 50%. O equipamento aceita pagamentos por meio de cartão de débito ou crédito e resgate de pontos Dotz. Clientes com compras de maior volume também serão beneficiados, já que haverá uma liberação maior dos caixas tradicionais para quem costuma comprar grandes quantidades de itens

A novidade, de acordo com o diretor-geral do Prezunic, Paulo Drago, atende a uma demanda dos próprios clientes.

“O self checkout é um anseio do cliente, que deseja mais agilidade e autonomia. Nosso objetivo, com a adoção desse equipamento, é melhorar a experiência de compra na loja, proporcionando mais rapidez e independência, principalmente para quem realiza pequenas compras e, às vezes, deixa de ir ao supermercado por causa do tempo que seria gasto. Além disso, os consumidores mais tecnológicos vão gostar de ter acesso a essa novidade, ainda mais por ajudar a reduzir o tempo de fila. Todos os investimentos para diminuir esse entrave são bem-vindos pelos clientes”, afirma Paulo Drago.