Rio prossegue até domingo campanha de combate ao HIV
Coordenadoria distribuiu mais de 284 mil preservativos

Da Agência Brasil

A Coordenadoria da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro dá prosseguimento, até o próximo dia 26, à campanha Rio – Carnaval com Prevenção, que consiste na distribuição gratuita de material informativo sobre prevenção, preservativos internos e externos e ventarolas informativas sobre PrEP e PEP. Desde o início do carnaval, na sexta-feira (17), a campanha distribuiu 284.800 mil preservativos, sendo 244.800 mil externos e 40 mil internos.

PrEP

A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) é um método de prevenção à infecção pelo HIV. Ela consiste na tomada diária de um comprimido que reduz o risco de infecção no caso de um possível contato com o vírus HIV, causador da Aids, preparando o indivíduo antes de ter uma relação sexual. A PrEP é a combinação de dois medicamentos (tenofovir + entricitabina) que bloqueiam alguns caminhos que o HIV usa para infectar o organismo. “Se você tomar PrEP diariamente, a medicação pode impedir que o HIV se estabeleça e se espalhe em seu corpo”, informa a campanha.

Homens e mulheres, cis ou trans, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero, podem usar a PrEP. Para saber como começar a usar essa profilaxia, a pessoa interessada deve procurar uma unidade de saúde. Após exame, ela será orientada para receber o medicamento, que é entregue gratuitamente a cada 3 meses.

PEP

A PEP é uma medida de prevenção de emergência para ser utilizada em situação de risco de exposição ao vírus HIV. Consiste no uso de medicamentos ou imunobiológicos para reduzir o risco de adquirir essa infecção. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de infecção, como violência sexual; relação sexual desprotegida, isto é, sem o uso de camisinha ou com seu rompimento; acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico). A PEP é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nos postos de saúde municipais.

A PEP é uma tecnologia inserida no conjunto de estratégias da prevenção combinada, cujo principal objetivo é ampliar as formas de intervenção para atender às necessidades de cada pessoa ou, ainda, das possibilidades de inserir o método preventivo na sua vida.

Essas medidas visam evitar novas infecções, seja pelo HIV ou pela hepatite B e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). É considerada uma urgência médica e deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras 2 horas após a exposição de risco e, no máximo, em até 72 horas. A profilaxia deve ser realizada durante 28 dias e a pessoa tem que ser acompanhada por equipe de saúde, inclusive após esse período, realizando os exames necessários.

Na avaliação do coordenador da Diversidade Sexual do Rio de Janeiro, Carlos Tufvesson, a informação é o melhor caminho para a prevenção. “A PrEP é uma importante ferramenta contra a infecção do HIV, com excelentes resultados em vários países. Com a nota técnica do Ministério da Saúde, que autoriza esse medicamento também para mulheres cis, temos um grande avanço na política de prevenção no país. É a prova que essa estratégia de prevenção é para todos e todas, independente de orientação sexual ou identidade de gênero”, disse.

Tufvesson disse que a campanha explica os 3Ps da prevenção: PEP, PrEP e preservativo. “Sem esquecer da importância da testagem para toda pessoa sexualmente ativa. É só procurar uma unidade de saúde da Prefeitura do Rio”, disse o coordenador.

Para mais informações sobre onde encontrar a PrEP e a PEP, acesse Onde Ser Atendido.

OMS

De acordo com o portal Invivo, do Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o HIV continua sendo um grande problema de saúde pública mundial. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2021, apontam que mais de 38 milhões de pessoas no mundo vivem com esse vírus. No Brasil, são cerca de 960 mil indivíduos.

Somente no ano de 2021, a cada hora, pelo menos cinco brasileiros foram infectados pelo vírus HIV, o que significa, na prática, cerca de 50 mil novos casos no país, segundo a OMS.

O Invivo é voltado à divulgação de temas de ciência, saúde e tecnologia.

Campanha “Seu tipo salva vidas” incentiva a doação de sangue
GSH Banco de Sangue Serum, Rede D’Or e Hemocione unem-se em uma grande ação de coleta de sangue para engajar mais pessoas nesse ato que salva vidas

 

Da Redação

Há um caminho amplo a se trilhar no que diz respeito à conscientização das pessoas sobre a importância da doação de sangue. Prova disso, é que apenas 1,8% da população brasileira é doadora regular, ou seja, são pessoas que doam pelo menos uma vez por ano, segundo o Ministério da Saúde. Com o objetivo de engajar mais pessoas nesse ato solidário tão importante, o GSH Banco de Sangue Serum e a Rede D’Or São Luiz, em parceria com o Hemocione, lançam a Campanha #SeuTipoSalvaVidas.

Para incentivar as doações, a iniciativa montará três postos de coleta temporários em maio. O primeiro será no auditório do Hospital Quinta D’Or, em 4 e 5 de maio. Na semana seguinte, nos dias 10 e 11, será a vez do Teatro Riachuelo, no Centro do Rio, receber a campanha. Já nos dias 18 e 19, o auditório do Copa D’Or vai abrigar o último evento.

Todos os postos terão a estrutura apropriada para coletas de sangue, bem como seguirão rigorosos protocolos de segurança. Os voluntários que forem doar no Quinta e Copa D’Or podem ir tranquilos, pois os postos serão montados em espaços fora do ambiente hospitalar. São convidados a participar colaboradores da Rede D’Or, familiares de pacientes que necessitam de transfusão sanguínea, doadores do grupo Hemocione e a população em geral. Os doadores podem se inscrever pelo link: https://www.even3.com.br/doesanguerj

De acordo com Rodrigo Moreira, líder regional de captação do GSH Banco de Sangue Serum, cada posto de coleta está preparado para receber cerca de 120 doadores por dia. A expectativa com a Campanha é coletar, nos três eventos, pelo menos 700 bolsas de sangue.

“Além de conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue, com essa ação pretendemos também, com essas coletas, equilibrar os estoques sanguíneos de nossa rede, para que possamos atender com conforto às demandas dos hospitais”, enfatiza Rodrigo Moreira.

As pessoas que precisam de transfusões são pacientes com anemia falciforme, em tratamentos de câncer, além das vítimas de acidentes de trânsito e queimaduras, pacientes que serão submetidos a cirurgias de médio e grande porte, como cardíacas e transplantes – 1 a cada dez pacientes internados necessita de transfusões.

Para o vice-presidente médico da Rede D’Or, Leandro Reis, o doador de sangue desempenha um papel fundamental, pois ajuda a salvar vidas. Ele ainda ressalta que a campanha se torna ainda mais importante, pois pesquisas mostram que a pandemia provocou uma queda expressiva no número de doações, que chega a variar de 15 a 30%.

“Sem dúvida nenhuma é imprescindível o esforço para engajar a sociedade nesta causa. Por isso, convido as pessoas a virem doar sangue, pois teremos toda a estrutura para receber os voluntários com toda a segurança”, afirma Leandro, que prevê que esta será a primeira de muitas outras campanhas feitas em parceria com o GSH, responsável pelos bancos de sangue que atendem todos os hospitais da Rede D’Or.

Quem pode doar

Para doar, é preciso apresentar um documento de identidade original com foto; estar em boas condições de saúde; ter entre 16 e 69 anos; e pesar, no mínimo, 50 quilos. O doador não pode estar em jejum e deve ter dormido pelo menos 6 horas na noite anterior. É recomendado ainda evitar alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação e respeitar o prazo de 12 horas para o caso de ingestão de bebidas alcoólicas.

De acordo com o Ministério da Saúde, as mulheres podem doar sangue até 3 vezes por ano, observando um intervalo de 3 meses entre cada doação; já os homens até quatro vezes, com intervalo de 60 dias entre as doações.

Campanha #SeuTipoSalvaVidas, confira as datas e locais:

  • Dias 4 e 5 de maio, das 8h às 17h, Hospital Quinta D’Or – auditório externo, Rua Alm. Baltazar, 435 – São Cristóvão, Rio de Janeiro – RJ
  • Dias 10 e 11 de maio, das 8h às 17h, Teatro Riachuelo, Rua do Passeio, 38/40 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
  • Dias 18 e 19 de maio, das 8h às 17h, Hospital Copa D’Or – auditório externo, Rua Figueiredo de Magalhães, 875 – Copacabana, Rio de Janeiro – RJ

Rio lança campanha de prevenção a infecções sexualmente transmissíveis
Iniciativa irá distribuir 700 mil preservativos durante o carnaval

 

Da Agência Brasil

A prefeitura do Rio inicia hoje (20) a campanha de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) durante o carnaval fora de época. Com o slogan “Deu match? Use camisinha”, a ação irá distribuir 700 mil preservativos e informativos sobre outros métodos de prevenção, como PrEP (Profilaxia pré-exposição) e PEP (Profilaxia pós-exposição), no Sambódromo, no Terreirão do Samba e em festas privadas do município.

A campanha é coordenada pela Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública, por meio da Coordenadoria Executiva da Diversidade Sexual, e pela Superintendência de Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde.

Além de conscientizar sobre riscos à saúde oferecidos pelas ISTs, a iniciativa visa a minimizar a resistência à testagem e ao uso dos preservativos e de outros métodos de prevenção, que são disponibilizados gratuitamente nas clínicas da família e centros municipais de saúde ao longo de todo o ano.

Entre eles, está a PEP, combinação de medicamentos que deve ser tomada após episódios de relação sexual desprotegida ou de violência sexual, com o objetivo de impedir a infecção pelo vírus HIV. Para funcionarem, os comprimidos precisam ser tomados em até 72 horas após o ato sexual

“No carnaval, é comum que o cidadão se empolgue e deixe a saúde em segundo plano, mas isso não pode acontecer. Usar camisinha, fazer o teste e se proteger é um ato de amor por si mesmo e pelo próximo. Com essa campanha, o Rio volta a realizar um trabalho de prevenção nas ruas durante a folia”, disse, em nota, o coordenador executivo da Diversidade Sexual, Carlos Tufvesson.

“A estimativa do Ministério da Saúde em 2019 era de que cerca de 135 mil brasileiros viviam com HIV/Aids sem saber que estavam infectados. Queremos lembrar à população que não existe grupo de risco, mas sim comportamento de risco, e que toda pessoa sexualmente ativa deve se testar a cada seis meses”, acrescentou.

Equipe na rua

O trabalho nas ruas começa nesta quarta (20), primeiro dia dos desfiles das escolas de samba na Sapucaí, e vai até o próximo sábado (23). No sábado seguinte (30), durante o Desfile das Campeãs, 16 agentes voltam ao Sambódromo para levar a conscientização sobre as ISTs.

Contratada por meio de um processo seletivo que contou com mais de mil inscritos, a equipe é formada por pessoas de todos os gêneros e orientações sexuais, com o objetivo de quebrar estigmas relacionados à saúde sexual e garantir que o maior número possível de pessoas seja alcançado, informou a prefeitura.

“As infecções sexualmente transmissíveis são doenças de relevância em saúde pública, que não estão restritas a grupos específicos, mas podem atingir a toda a população, com consequências graves. E a melhor forma de combater as ISTs é orientando as pessoas sobre os métodos de prevenção. Por isso essa é uma campanha de extrema importância”, disse o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado.

“A campanha é uma grande oportunidade para reafirmarmos ações e políticas de combate à discriminação e intolerância racial e sexual. Nos dias da campanha, os agentes públicos envolvidos na ação também instruirão os foliões sobre o que fazer caso sejam vítimas de LGBTIfobia ou outro tipo de discriminação”, afirmou o secretário de Governo e Integridade Pública, Tony Chalita.

Denúncias

Em caso de denúncias, o boletim de ocorrência pode ser feito em qualquer delegacia do município. A cidade conta ainda com uma delegacia especializada, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, na Rua do Lavradio, no Centro.

Caso necessite, o folião também pode acionar a prefeitura por meio da Central de Atendimento 1746 — via aplicativo, WhatsApp (3460-1746), telefone, Facebook/ Messenger (Central 1746) — ou pelo telefone da Coordenadoria Executiva da Diversidade Sexual (21 2976-9138).

Doações de sangue caem 20% e governo lança campanha
Meta é melhorar a informação sobre a segurança da doação

 

Da Agência Brasil

Para incentivar a doação voluntária e regular de sangue, o Ministério da Saúde realiza nesta terça-feira (23) o dia D da campanha “Meu Sangue Brasileiro”. Até agora, não houve desabastecimento no país, mas, em 2020, por causa da pandemia de covid-19, houve queda no número de doações de aproximadamente 20%. 

A reposição frequente dos estoques de sangue é necessária para tratar anemias crônicas, cirurgias de urgência, acidentes que causam hemorragias, complicações da dengue, febre amarela, tratamento de câncer e outras doenças graves.

Este ano, o objetivo da campanha é melhorar o auxílio e a informação sobre a segurança no que diz respeito ao ato da doação de sangue em meio a pandemia.

Todas as medidas de segurança em relação à covid-19 estão sendo adotadas pelos hemocentros do país desde o início da pandemia, como condições de higiene e antissepsia adequadas na recepção dos candidatos, coleta do sangue sem exposição a aglomerações de pessoas por meio de agendamentos e distanciamento entre as cadeiras de coleta. Enquanto dá sequência  à campanha de vacinação contra a covid-19, o Ministério da Saúde orienta para que os brasileiros doem sangue no hemocentro mais próximo antes de serem vacinados contra a doença.

Períodos de restrição

“A população precisa estar ciente sobre os períodos de restrição para doação de sangue após receber a vacina. Por isso, enfatizamos a importância das pessoas fazerem as doações antes de receberem a vacina. A doação de sangue é segura e não contraindica a vacinação, podendo, inclusive, receber a vacina logo em seguida à doação”, garante o coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Rodolfo Firmino.

Segundo dados do ministério, atualmente a taxa de doação de sangue voluntária da população brasileira é de 1,6%, número que está dentro do preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2019, o governo investiu R$ 1,5 bilhão na rede de sangue e hemoderivados no Brasil e R$ 1,6 bilhão em 2020. O valor diz respeito à aquisição de medicamentos e equipamentos, reformas, ampliação e qualificação da rede.