China retoma importações de carne bovina do Brasil

A China anunciou a retomada das importações de carne bovina do Brasil que estavam suspensas desde 3 de junho, devido à notificação de caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da vaca louca, detectado no estado de Mato Grosso.

A China é o único país, entre os importadores do Brasil, que tem protocolo sanitário que exige a suspensão temporária das importações de carne quando detectado caso atípico da doença.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, tomou conhecimento da notícia nesta madrugada. A ministra voltou a dizer que continuará negociando um novo protocolo com as autoridades sanitárias chinesas.

Segundo o ministério, “a doença foi confirmada em uma vaca de corte, com idade de 17 anos. Todo o material de risco específico para EEB foi removido do animal durante o abate de emergência e incinerado no próprio matadouro”.

Demais “produtos derivados do animal foram identificados, localizados e apreendidos preventivamente, não havendo ingresso de nenhum produto na cadeia alimentar humana ou de ruminantes. Não havia, portanto, risco para a população”.

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) encerrou, no último dia 3, o pedido de informações complementares do Brasil sobre o caso e concluiu não haver risco sanitário. As exportações de carne bovina continuaram normalmente para os demais países.

Trump diz que pode adiar prazo final de acordo comercial com a China

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse que pode estender o prazo final de 1º de março para chegar a um acordo comercial com a China. Após a data, entrarão em vigor tarifas americanas sobre ampla variedade de importados chineses.

Trump afirmou nessa terça-feira (12) que pode estender “um pouco” o prazo caso os americanos notem que podem fechar um bom acordo, mas que não está inclinado a fazê-lo.

Trump disse que atualmente não tem planos de fazer um encontro de cúpula com o presidente da China, Xi Jinping. Ele vai esperar para ver o que acontecerá em uma reunião ministerial que começará nesta quinta-feira (14) em Pequim.

Os dois países não conseguiram diminuir suas diferenças em encontros anteriores. As propostas de representantes de Pequim ainda não agradaram Washington. Os americanos querem, por exemplo, que a China acabe com as supostas violações de direitos de propriedade intelectual e com transferências forçadas de tecnologias dos Estados Unidos.

O governo chinês tem mostrado cautela sobre a ideia de reformar estruturalmente a economia. Mas o governo de Trump parece determinado a pressionar Pequim a fazê-lo.

Economia da China cresce 6,6% em 2018

A economia da China encerrou 2018 com crescimento de 6,6%, acima da meta oficial de 6,5%, segundo dados do Departamento Nacional de Estatísticas (NBS), mas com uma leve desaleração. O crescimento no quarto trimestre ficou em 6,4%, abaixo dos 6,5% vistos no terceiro trimestre, mostraram dados do NBS.

A produção industrial subiu 6,2%, em 2018, 0,4 ponto percentual menor do que no ano anterior. O emprego permaneceu estável, com mais de 13 milhões de empregos criados em áreas urbanas no ano passado, e a taxa de desemprego urbana pesquisada ficou em 4,9% em dezembro.

O chefe do departamento, Ning Jizhe, disse que a economia do país teve desempenho dentro de um intervalo razoável em 2018 com o crescimento econômico estável e melhora.

De acordo com o técnico, o crescimento chinês contribuiu com quase 30% no âmbito econômico mundial, pois a economia do país continua sendo a maior contribuinte no cenário mundial.

Dados

Em uma base trimestral, a economia cresceu 1,5% no quarto trimestre, um nível abaixo do aumento de 1,6% registrado no terceiro trimestre. O produto interno bruto (PIB) totalizou cerca de US$ 13,28 trilhões em 2018, com o setor de serviços respondendo por mais da metade do total.

A China busca mudar sua economia para um modelo de crescimento baseado na demanda doméstica. O consumo é o principal impulsionador, contribuindo com 76,2% para o crescimento do PIB no ano passado. As vendas no varejo, uma medida principal de consumo, aumentaram 9% em relação ao ano anterior.

Os dados também mostraram que o investimento em ativos fixos da China aumentou 5,9% ano a ano em 2018, abaixo do aumento de 7,2% em 2017. O índice de preços ao consumidor subiu 2,1% ano a ano em 2018, atingindo a meta do governo de limitar a inflação ao consumidor abaixo de 3%.

Perspectivas

Para Ning Jizhe, a China pode enfrentar um ambiente externo mais complexo para o desenvolvimento em 2019. Porém, segundo ele, o país tem base sólidas e condições para enfrentar, mantendo o crescimento econômico dentro de uma faixa razoável, garantindo desenvolvimento econômico sustentável e saudável.

O especialista enfatizou que há perspectivas de condições favoráveis para o desenvolvimento, incluindo oportunidades trazidas por mudanças na situação doméstica e global e o aumento do mercado consumidor.

Bebê nasce quatro anos após morte dos pais na China

Gestado por uma mãe de aluguel, um bebê nasceu na China mais de quatro anos depois de seus pais biológicos terem morrido em um acidente de carro.

O casal, segundo a mídia chinesa, morreu em 2013. Antes, porém, tinham congelado vários embriões fecundados na esperança de ter um filho por meio de uma fertilização in vitro.

Depois do acidente, os pais do casal enfrentaram uma batalha jurídica para poder usar os embriões congelados e se tornarem avós.

O bebê – um menino – nasceu em dezembro do ano passado após ser gestado por uma mãe de aluguel do Laos. A notícia veio a público apenas nesta semana, quando o jornal The Beijing News publicou uma reportagem sobre o caso.

A publicação explicou que a falta de precedente para um caso desse tipo obrigou os pais do casal falecido a enfrentar um verdadeiro campo minado judicial até que fossem autorizados a gestar os embriões usando a barriga de aluguel.

Sem precedentes

Na época do acidente, os embriões estavam armazenados em um hospital em Nanquim – eram mantidos a uma temperatura de -196ºC em um tanque de nitrogênio líquido.

Foi a primeira vez que a corte chinesa decidiu sobre um caso como esse. De acordo com a mídia do país, não havia precedentes de avós poderem herdar embriões congelados dos filhos.

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