Filme “Urubus” estreia no cinema, com rap nacional na trilha sonora
Premiado longa de Cláudio Borrelli traz as faixas Pixadores (Nocivo Shomon), Criminal (Felipe Flip, em parceria com Nego Max e SP Jungle), entre outras

O longa-metragem “Urubus”, que estreou nas telonas no dia 1º de junho, traz alguns singles do rap nacional para embalar a trama de um dos maiores movimentos de contracultura da cidade de São Paulo: a “pixação” (com a letra “X”, como os próprios se autodenominam). Assista o trailer pelo link do Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=5yId9rgebzA

Entre as faixas, Pixadores e Pixadores 2, ambas de Nocivo Shomon, marcam presença na trilha sonora. Em um momento de tensão do filme, é possível ouvir também o refrão de “Criminal”, música de Felipe Flip, em parceria com Nego Max e SP Jungle, presente no álbum “Psicologia Reversa”.

“Fiquei muito feliz em vez uma música minha no cinema. ‘Criminal’ fala sobre São Paulo, cultura de rua, violência policial, rolê, pixação…tudo a ver com Urubus”, relata Flip.

O single foi produzido por Dree BeatMaker (Ademafia) e ganhou um clipe, que foi dirigido por Anderson Tuca, experiente filmmaker e um dos membros do programa “Pela Rua” (Canal Off).

Confira o vídeo, que tem as ilustrações e rabiscos de Daniel FatDog:

https://www.youtube.com/watch?v=QtPGFkl4WO8

O filme se encaixa no gênero drama e é dirigido pelo paranaense Cláudio Borreli. Inspirado em fatos reais, “Urubus” retrata um dos movimentos de transgressão mais latentes da capital paulista: a pixação. No enredo, Trinchas (Gustavo Garcez) comanda um grupo de pixadores da zona oeste de São Paulo que escala os edifícios mais altos para deixar sua marca, e acaba se apaixonando por Valéria (Bella Camero), uma estudante de pós-graduação em arte.

De mundo diferentes, o casal enfrenta diversos conflitos, resultando na invasão da 28ª Bienal de São Paulo. A pixação ocupa lugar no mundo da arte e no grupo de jovens invisíveis de periferia, tornando-se protagonista de um polêmico debate cultural.

Cinema brasileiro marca presença com 12 filmes no Festival de Berlim

Cena do filme Joaquim, de Marcelo Gomes

O cinema brasileiro estará presente com 12 filmes na 67ª edição do Festival de Cinema de Berlim, que começa hoje (9) na capital alemã e vai até o dia 19 deste mês. Considerado um dos eventos mais importantes do calendário cinematográfico mundial, o Berlinale, como o festival é conhecido, terá este ano mais uma vez um representante nacional na competição principal, disputando o Urso de Ouro.

O filme Joaquim, de Marcelo Gomes, é uma coprodução luso-brasileira, ambientada no século 18, que mostra a trajetória de  Joaquim José da Silva Xavier até se tornar conhecido como Tiradentes, a mais importante figura histórica da Inconfidência Mineira. O longa que disputa o Urso de Ouro foi um dos vencedores do edital de coprodução Brasil-Portugal em 2014, promovido pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), em parceria com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), de Portugal, e também teve recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).

O cinema brasileiro venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim em duas ocasiões: em 1998, com Central do Brasil, de Walter Salles, e em 2008, com Tropa de Elite, de José Padilha.

Na mostra Panorama, a presença nacional fica por conta de Como Nossos Pais, de Laís Bodanzky, e das coproduções Brasil-Argentina-França Pendular, de Julia Murat; e Brasil-Portugal Vazante, de Daniela Thomas. Além desses, No Intenso Agora, de João Moreira Salles, está na programação da mostra Panorama Dokumente, e o curta de animação Vênus – Filó a Fadinha Lésbica, de Sávio Leite, fecha a participação brasileira na mostra, como filme de apoio.

A Mostra Generation traz os longas Não Devore meu Coração, de Felipe Bragança; Mulher do Pai, de Cristiane Oliveira; As Duas Irenes, de Fabio Meira; e o curta Em Busca da Terra sem Males, de Anna Azevedo. Do diretor Davi Pretto, Rifle aparece na mostra Forum, enquanto Estás Vendo Coisas, de Barbara Wagner e Benjamin de Burca, aparece na Berlinale Shorts, seção de curtas do evento.

Dois projetos brasileiros participam do Berlinale Co-Production Market: Obreiro, de Gabriel Mascaro, e Paloma, de Marcelo Gomes.

De acordo com a Ancine, cinco longas, entre as produções brasileiras presentes no Festival de Berlim, receberam recursos do FSA, contempladas em diferentes chamadas públicas do Programa Brasil de Todas as Telas, o principal da agência. Além de Joaquim, integram a lista Mulher do Pai, Pendular, Rifle e Como Nossos Pais.