Clavis lança plataforma que unifica visões de cibersegurança
Novidade foi apresentada no Mind The Sec, o maior evento de Segurança da Informação e Cyber Security da América Latina

Leonardo Pinheiro e Victor Santos, da Clavis: uma plataforma de segurança inovadora (Foto: Divulgação)

A Clavis, referência em operações de segurança da informação, cibersegurança e proteção de dados na América Latina, criou uma plataforma inovadora para integração das diferentes ferramentas utilizadas pelos profissionais da área em seu dia a dia. A novidade foi apresentada durante o Mind The Sec, feira realizada em São Paulo, no mês passado. A Plataforma de Segurança Clavis unifica as operações de segurança, permitindo que as equipes coordenem, automatizem e respondam a incidentes de forma mais eficiente e proativa. Ela atua como um centro de comando, unificando o gerenciamento de segurança e simplificando os fluxos de trabalho.

Trata-se de uma proposta simples e, ao mesmo tempo, disruptiva: otimizar o tempo dos especialistas em cibersegurança, que não mais precisam buscar informações em múltiplas ferramentas e lidar com diferentes fornecedores. E mais do que isso: por centralizar informações críticas que costumam estar dispersas em diversas ferramentas, a nova plataforma de segurança permite realizar novas correlações que trazem insights para uma efetiva prevenção de incidentes. Com o lançamento, a meta é dobrar o número de clientes (hoje em torno de 200) nos próximos 12 meses.

Ao integrar diferentes visões de cibersegurança, a Clavis antecipa um movimento de consolidação no mercado. “Quem acompanha o mercado percebe um movimento de fusões e aquisições de empresas, que formam conglomerados em busca do conceito de one stop shop em cibersegurança. A Clavis leva esse conceito a um novo patamar, permitindo uma operação ágil e a integração das inteligências geradas por diferentes ferramentas de segurança”, explica Victor Santos, CEO da empresa.

Ataques

A demanda crescente por esses mecanismos de proteção ocorre em um momento singular: o Brasil tem sido o principal alvo de hackers em toda a América Latina e um dos principais no panorama global. O país sofreu 357.422 ataques no segundo semestre de 2023, contra 328.326 no primeiro semestre do ano passado — um aumento de 8,86%, segundo relatório da Netscout Systems. Entre os principais setores atingidos no Brasil no período, a telecomunicação sem fio segue liderando, com 82.065 ataques, um aumento de 142.47% em relação ao primeiro semestre de 2023, quando foram contabilizadas 33.846 investidas.

Em comparação com os demais países da América Latina, o Brasil sofreu cerca de 4,3 vezes mais ataques que a Argentina, segunda colocada (com 82.749 eventos), e cerca de 4,6 mais que o Peru, o terceiro, com 74.531. No âmbito global, o Brasil é o segundo país do mundo com mais ataques, atrás apenas dos Estados Unidos, totalizando 1.168.456 registros.

Das 75 empresas atacadas por ransomwares no Brasil em 2023, 83% delas efetuaram o pagamento de resgate para reaver suas informações, apontam dados da Sophos, empresa britânica fornecedora de softwares e hardwares de segurança, com cerca de 22 mil clientes ao redor do mundo.

Neste cenário, diversas organizações estão implantando novas ferramentas e serviços de segurança de informação para responder às necessidades e ameaças presentes em suas operações. Como muitas utilizam ferramentas distintas, fazer com que todas elas funcionem bem em conjunto é um desafio permanente.  Uma consideração importante é como integrar estas várias ofertas — em muitos casos desenvolvidas por diferentes fornecedores — à infraestrutura existente, a fim de oferecer o suporte adequado a uma estratégia de segurança coesa.

Leonardo Pinheiro, CTO da Clavis, materializa o conceito com um exemplo: “Imagine que um analista de segurança executa uma ferramenta de testes de segurança que aponta a existência de uma vulnerabilidade em um computador. Para definir a urgência de correção dessa vulnerabilidade, o analista provavelmente precisaria rodar uma segunda ferramenta de segurança para saber se o computador está exposto à Internet e ainda precisaria consultar o responsável pelo computador para saber se ele executa atividades críticas para o negócio. Isso representa um enorme consumo de tempo e de recursos”.

Tecnologia própria

Outro diferencial da plataforma de segurança é o fato de que ela é desenvolvida com tecnologia própria. Por este motivo, a Clavis é reconhecida pelo Ministério da Defesa como “Empresa Estratégica de Defesa”. Essa característica traz claras vantagens técnicas e comerciais.

“Do ponto de vista técnico, ser o detentor da tecnologia permite uma enorme flexibilidade na integração de novas ferramentas e na construção de inteligência de detecção. Se você tem um ativo estratégico para a condução de seu negócio – qualquer que ele seja – nós conseguimos dar visibilidade para os eventos de segurança associados a esse ativo”, explica o CTO da Clavis.

“Do ponto de vista comercial, a independência de ferramentas de terceiros reduz custos e permite que nossa tecnologia esteja acessível a todo tipo de empresa. Hoje, em nosso portfólio, temos desde clientes de grande porte, com milhares de funcionários e receitas superando os bilhões de reais, até startups no início de sua jornada de negócios e segurança”, complementa Victor Santos.

A Clavis trouxe outra novidade para a Mind The Sec: um copiloto de inteligência artificial que potencializa a geração de insights para a segurança. O Clavis AI permite que o usuário da Plataforma faça consultas sobre aspectos de segurança do ambiente monitorado e tenha insights sobre como aprimorar a segurança.

Leonardo Pinheiro exemplifica: “Eu posso perguntar ao Clavis AI, por exemplo, quais computadores têm uma determinada vulnerabilidade e como mitigar os riscos associados àquela vulnerabilidade. E ainda posso fazer consultas que correlacionem diversas visões de segurança: vulnerabilidades, exposições, alertas, comportamento humano etc. O potencial é ilimitado!”.  Agora, a Clavis se prepara para iniciar um roadshow em que apresentará a nova Plataforma em eventos por todo o país, além da realização de seminários online.

Clavis completa 20 anos de atuação como provedora de serviços cibernéticos e oferece vagas de emprego em 11 áreas
Para reduzir o déficit de profissionais qualificados, empresa mantém 1.500 alunos no maior centro de treinamento de tecnologia da informação do país

(Imagem: Freepik)

A Clavis Segurança da Informação, referência em operações de segurança da informação, cibersegurança e proteção de dados na América Latina, está recrutando novos colaboradores. São 18 vagas distribuídas em 11 áreas, tais como: Analista de Operações de Segurança para monitoramento e defesa, Analista de Infraestrutura, Engenheiro de Dados, Analista de Riscos e Compliance e Coordenação de Sustentação. Os salários variam de R$ 2.600 a R$ 9 mil. As informações sobre as vagas disponíveis podem ser obtidas em https://clavis.com.br/vagas/

Este ano, a Clavis já ofereceu 100 bolsas para treinamento em seu programa de estágio. Foram 1.700 inscritos de todas as regiões do país. É uma carreira apontada como uma das mais promissoras nos próximos anos. Para o CEO da Clavis, Victor Santos, a escassez de habilidades na área representa um risco para as organizações, que se reflete na falta de preenchimento de posições críticas de TI no mercado. “Investir na capacitação de novos profissionais é uma maneira de reforçar um dos pilares da empresa que é contribuir para a democratização da segurança da informação no país”, explica Santos. 

De acordo com uma pesquisa feita pelo Google for Startups, em parceria com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), até 2025, o déficit de profissionais de TI deve chegar a 530 mil. Hoje seriam necessários mais de 3 milhões de profissionais para preencher a lacuna global da força de trabalho na área. 

Panorama

Entre 2021 e 2022, as organizações enfrentaram um aumento de 53% nas violações de dados. Equipes sobrecarregadas e a falta de renovação de cargos de TI têm impactos cada vez mais frequentes no aumento de riscos cibernéticos, causando prejuízos significativos.