O Midrash Centro Cultural recebe a coach Marie Bendelac Ururahy para uma palestra gratuita sobre a empatia como ferramenta pra resolver conflitos e manter relacionamentos harmoniosos. No próximo dia 29, Marie vai explicar como a empatia ajuda a construir pontes que fortalecem o diálogo e aprimoram as relações pessoais e profissionais. Um fator essencial nesse processo é a Comunicação Não-Violenta, desenvolvida pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg. A CNV permite estabelecer uma conexão de qualidade consigo e com o outro e desenvolver habilidades como negociação e escuta empática.
Utilizada em mais de 110 países, a CNV começa por assumir que somos todos compassivos por natureza e que estratégias violentas – verbais ou físicas – são aprendidas, ensinadas e apoiadas pela cultura dominante. Em um ambiente que estimule a dominação e a agressividade, tendemos a nos comportar violentamente. Na outra ponta, em ambientes acolhedores e cooperativos, as pessoas tendem a agir com generosidade e respeito.
“As distâncias entre as formas de se comunicar e receber informações precisam ser abreviadas, a fim de facilitar relações, beneficiar o trabalho, a construção de ideias e os negócios”, afirma Marie, fundadora e sócia-diretora da Be Coaching.
SERVIÇO
Comunicação empática: compreender e ser compreendido
Marie Bendelac Ururahy
Ciclo de palestras Escuta
Data: 29 de maio
Horário: 20h
Endereço: Rua General Venâncio Flores 184 – Leblon
Evento gratuito
Telefone: (21) 2239-1800
Reservas: midrash.org.br
Entre os dias 05 e 20 de dezembro, a cidade do Rio de Janeiro recebe mais uma edição do Profitere, programa de desenvolvimento para coaches profissionais. Este é o segundo módulo de um dos poucos cursos no mercado brasileiro credenciado como ACTP pela International Coach Federation (ICF). Entre os pontos que serão abordados estão: Ser Coach, venda ética e estabelecimento de metas. Esta edição será ministrada por Eliana Dutra, CEO da ProFitCoach e Master Coach Certified (MCC) pela ICF, e pela Coach Silvina Spiegel. Para maiores informações e inscrições, os interessados devem entrar em contato por e-mail contato@profitcoach.com.br ou pelo telefone (21) 2512 8159.
Quando o assunto é conquistar qualidade de vida, além de alcançar realização pessoal e no trabalho, estabelecer metas e promover transformações internas são posturas que estão na ordem do dia – e o apoio profissional para vencer esse desafio é algo que um número cada vez maior de pessoas procura, em todo o mundo. Dentro de empresas e instituições, as lideranças também têm papel fundamental, que é disseminar informação sobre a importância do bem-estar e do equilíbrio, oferecendo aos colaboradores meios para que possam obter atendimento e se desenvolver.
Essa foi a tônica do debate ‘Por que é tão difícil mudar o estilo de vida, e como fazer?’, que ocorreu no Primeiro Fórum de Saúde da ABRH-RJ (Associação Brasileira de Recursos Humanos), neste mês, na Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro). O encontro reuniu duas especialistas em Coaching de Saúde e Bem-Estar – a norte-americana Margareth Moore, fundadora da Wellcoaches Corporation e professora da Universidade de Harvard (EUA), e a francesa radicada no Brasil Marie Bendelac Ururahy, sócia-diretora e co-fundadora da Be Coaching Brasil.
“Muitas pessoas que não conseguem promover mudanças em suas vidas, em geral, adiam esse passo, dizem que já sabem o que fazer, prometem que o farão, e nada acontece. O que elas precisam entender é que não é necessário andar sozinhas. Há hoje profissionais qualificados para auxiliar nisso, com uso de metodologias reconhecidas ”, disse Marie, durante sua palestra, ao citar o coaching – conhecimento estudando e desenvolvido em grandes instituições acadêmicas do mundo, como a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
O coaching, explicou Marie, não é algo impositivo. O processo permite que as pessoas retomem o autocontrole, ganhem produtividade, saúde e bem-estar. Assim, completou a especialista, tornam-se protagonistas da própria integridade. Para uma plateia de aproximadamente 100 pessoas, Marie chamou a atenção dos líderes, que devem se ater aos exemplos que estão dando. Lideranças saudáveis têm mais sucesso em ter equipes saudáveis. Segundo ela, há estudos apontando que, para cada 1 mil dólares investidos pelas empresas em bem-estar, o retorno é de 4 mil dólares.
“O processo de coaching atua para que as mudanças sejam mais fáceis e rápidas. As transformações estão se acelerando no mundo, e as pessoas precisam se adaptar. Nos EUA, dois-terços das pessoas são obesas, 90% não gostam do seu trabalho e 80% dos adultos não estão prosperando. Temos que transformar nosso pensamento. É onde esse conhecimento é aplicado, ajudando os indivíduos a fazer as pequenas e progressivas mudanças. O coache profissional foca na facilitação, ajuda as pessoas em seu crescimento, faz com que saiam da baixa confiança”, destacou Margaret Moore.
De acordo com a especialista de Harvard, o mundo passa por uma fase de aceleração em que todos precisam aprender a mudar e prosperar ao mesmo tempo. “Isso nos leva à Medicina do estilo de Vida. Outro benefício é equilibrar as emoções, temos isso como um objetivo coletivo”, observou Moore.
O debate foi mediado pelo médico Gilberto Ururahy, diretor-médico da Med-Rio Check-up, que recentemente trouxe ao Brasil outro especialista de Harvard, Edward Philips, para o evento A Medicina Preventiva Aplicada ao Estilo de Vida, na PUC-Rio. Gilberto Ururahy será coordenador de um curso na área de Medicina Preventiva que será oferecido pela universidade a partir de 2018.
Atualmente ser Coach ou fazer o processo de coaching está na moda. Muitos gostam de comunicar que tem um coach e outros querem esconder. Há ainda aqueles que possuem um mentor. O fato é que tudo que vira “moda” acaba se desdobrando, criando novos formatos, que muitas vezes confundem e dificultam o entendimento e a prática.
Pensando neste cenário alguns pontos-chave podem melhorar o entendimento para aqueles que se interessam pelo tema. Primeiramente, coaching não é terapia. Afinal, a terapia trabalha questões e traumas passados. Já o coaching por sua vez atua para construir um novo futuro, baseado nas ferramentas que se possui hoje. É fato que muitas vezes alguns processos de coaching precisam de uma terapia prévia ou concomitante, mas deveriam ser exceções.
Em segundo lugar, coaching não é mentoring. Isso porque o mentoring é também um processo poderoso, uma forma de aconselhamento onde uma pessoa experiente transmite a outra pessoa com menos vivência os seus conhecimentos específicos em algum tema. Enquanto o coaching, segundo a ICF (International Coaching Federation) é uma parceria com clientes num processo criativo e provocativo que os inspira a maximizar seus potenciais profissionais e pessoais.
Um bom coach (treinador em português) não necessariamente entende profundamente da área em questão. Haja vista bons treinadores que conhecemos que muitas vezes nunca jogaram o esporte ou se jogaram, não foram brilhantes. Contudo, é inegável que vivência na área ajuda. E existem sim, processos de mentor‐coaching, mas estes devem ser utilizados com muito cuidado e por pessoas experientes. Certo, mas e quando consigo identificar que preciso de um coaching? Bem, existem fases da nossa vida pessoal e profissional onde um apoio externo ajuda muito na obtenção de melhores resultados.
São aquelas questões que não se tratam de traumas ou bloqueios que uma terapia requer, mas aquelas onde geralmente estamos vislumbrando ações no futuro ou no presente. Vou dar exemplos para ficar melhor: na vida pessoal existem temas como equilíbrio de vida e carreira, definição de propósito, transição que sozinhos podemos entrar num desgaste emocional imenso, mas com um bom Coach podemos ter reflexões adequadas e positivas, criando o que chamamos de um circulo virtuoso.
Na vida profissional o campo é ainda mais vasto e mais difundido. Existem fases dessa trajetória que são “de ouro” e merecem este suporte que um bom coach pode dar, como por exemplo: primeiro quando passamos de executores das atividades para o primeiro posto de liderança. Geralmente conseguimos o oposto por sermos bons técnicos, mas o sucesso do futuro cargo é justamente deixar de colocar a mão na massa e construir um time que o faça, ou seja, o que te levou ao posto, não é o que te trará sucesso.
Segundo quando passamos a ser líderes de líderes. Porque uma coisa é liderar quem irá executar diretamente e outra é liderar quem têm outros a liderar também. Sem falar quando você assume uma nova posição em uma nova área, em empresa ou vira líder de pessoas que eram seus pares. Para estes casos bons mapeamentos iniciais, reflexões e novas abordagens contribuem muito.
Outra ocasião que merece o apoio de um coach é quando se ocupa altas posições como diretorias, vice-presidências e presidências. Afinal, almejamos estar nestes cargos, mas quem chega lá percebe o isolamento, a solidão e a pressão destes cargos. E também em situações de crescimento acelerado do negócio. Muitas vezes é preciso desapegar de situações e modelos passados e seguir em uma nova direção.
Além disso, o coaching auxilia no desenvolvimento de competências específicas. Existe inclusive formatos de coaching em grupo, que podem ser utilizados quando temos pessoas com objetivos comuns a desenvolver. E como encontrar um bom coaching? Saber o que se quer com o processo de coaching é um passo muito importante. Quando se tem o objetivo claro, aí vem a busca do parceiro adequado e que tenha experiência no tema e boas indicações.
Uma das tendências, segundo pesquisa realizada pelo HCI (Human Capital Institute) e a ICF em 2016, é a implementação de uma cultura de coaching e mentoring onde os líderes passam a possuir uma formação e prática mínima no seu dia a dia que comprovadamente alavanca o desempenho das suas equipes. A pesquisa aponta ainda que 80% dos entrevistados esperam que nos próximos anos gerentes/líderes expandam o uso de competências de coaching e 60% reportaram que colaboradores de nível inicial também recebam coaching.
É o conhecimento sendo passado por quem o detém, no caso do mentoring, e orientação/ações de desenvolvimento adequados sendo fornecidas aos liderados de uma forma provocativa (no caso do coaching). Em cenário de crise ou em realidades promissoras, qual empresa, líder ou liderado não gostaria de vivenciar este modelo?