Especialista explica benefícios da Comunicação Não-Violenta na gestão de conflitos

Marie

Bendelac vai falar sobre Comunicação Não-Violenta (CNV) na Câmara de Comércio França-Brasil

A gestão de conflitos no meio corporativo exige ferramentas que estimulem valores como empatia, tolerância e respeito mútuo. Uma delas é a Comunicação Não-Violenta (CNV), utilizada em mais de 100 países, que ajuda a aplacar tensões no ambiente de trabalho, além de incentivar o engajamento de colaboradores. Esse tema será abordado por Marie Bendelac Ururahy, sócia-fundadora da Be Coaching, durante ciclo de palestras promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil, no próximo dia 28.

O ciclo “Diversidade e Recursos Humanos: Uma Questão Estratégica” vai abordar uma série de temas pertinentes ao ambiente profissional, entre eles a gestão de conflitos. A tensão no ambiente de trabalho, aliada às turbulências sociais e econômicas do dia-a-dia, vêm despertando o interesse de empresas por métodos que facilitem o entendimento e o clima de harmonia entre funcionários e gestores. É nesse contexto que entra a CNV, ferramenta criada pelo americano Marshall Rosenberg.

A Comunicação Não-Violenta ganhou visibilidade no Brasil devido aos problemas sociais, econômicos e políticos que potencializam o estresse coletivo e individual. Nesse cenário, empatia e uma comunicação eficaz ajudam a solucionar problemas decorrentes de bullying e assédio moral, por exemplo.

“A CNV tem revolucionado os padrões de relacionamento em diversos países e vem despertando atenção cada vez maior no Brasil. Ela é útil tanto nos ambientes corporativos e institucionais, quanto em escolas e repartições públicas. Até as Nações Unidas já empregaram o conceito”, explica Marie, especialista no tema e cofundadora da Be Coaching Brasil, consultoria especializada em comportamento Wellness Coaching e treinamento executivo.

Um dos principais agentes dessa transformação é o nível interno de confiança no ambiente corporativo. Pesquisa feita pelo especialista em Neurociência e Neuroeconomia Paul Zak – publicada na revista Harvard Business Review  – mostra que funcionários das empresas que estimulam a confiança no trabalho são 50% mais produtivos, 74% menos estressados e 76% mais engajados.

Já o Instituto Gallup revela que organizações nas quais o comprometimento de pessoas é maior são 22% mais lucrativas, 21% mais produtivas e têm índice de absenteísmo 37% menor em relação às que têm menor índice de engajamento. Mas, para tanto, é preciso um bom ambiente de trabalho. Empatia, parceria e comunicação eficaz são capazes de evitar muitos desses problemas, segundo os princípios da CNV.

Encontro debaterá impacto da Comunicação Não-Violenta nas organizações

As instabilidades do mundo contemporâneo em todas as áreas e, particularmente no Brasil, o persistente cenário de crise que abalou instituições e empresas vêm aumentando o interesse de organizações e pessoas em conhecimentos que levem ao entendimento – tanto em ambientes corporativos quanto no plano pessoal. É nesse contexto que entra a Comunicação Não-Violenta (CNV), ferramenta desenvolvida pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg que será tema de palestra, no próximo dia 25, na Casa do Saber. O tema será apresentado por Marie Bendelac Ururahy, sócia e cofundadora da Be Coaching Brasil, com formação em Harvard nessa área.

Aplicada em mais de 100 países, a CNV é oportuníssima em momentos como o atual, em que as turbulências sociais, econômicas e políticas agem como potencializadores do estresse coletivo e individual. Tudo começou nos anos 60, quando Rosenberg trabalhava como orientador educacional em escolas e universidades dos EUA que aboliam a segregação racial. Em meio às tensões do período, ele conduziu um processo de transição pacífica, por meio de arbitragem e de técnicas comunicativas.

Dados de pesquisa realizada pelo especialista em Neurociência e Neuroeconomia Paul Zak – publicados na revista Harvard Business Review em janeiro deste ano – mostram que funcionários das empresas que estimulam a confiança no trabalho são 50% mais produtivos, 74% menos estressados e 76% mais engajados. Já segundo o Gallup Institute, as organizações nas quais o engajamento de pessoas é maior são 22% mais lucrativas e 21% mais produtivas.

Também especialista em coaching voltado para a performance e o bem-estar, Marie explica que a CNV contribui para estabelecer a confiança e o engajamento por meio de habilidades como empatia, negociação e escuta. “As distâncias entre as formas de se comunicar e receber informações precisam ser abreviadas, a fim de facilitar relações, beneficiar o trabalho, a construção de ideias e os negócios”, diz. O conhecimento interessa a líderes, executivos, gestores de recursos humanos, pessoas que trabalham com o público em geral ou qualquer um que precise se comunicar de forma eficaz.

A palestra apresentará técnicas de comunicação aplicadas em mais de 100 países – com efeitos comprovados – para estabelecer relacionamentos de confiança, aumentar a motivação e a cooperação. “Somente dessa forma, é possível alcançar melhores resultados, um ambiente de trabalho mais harmonioso e assegurar não só a sobrevivência, mas a expansão dos negócios”, ressalta Marie.

Serviço:

Comunicação Não-Violenta: o que isso tem a ver com o mundo corporativo?

Onde e quando: Casa do Saber – dia 25 de julho, terça-feira, das 13h às 14h30

Endereço: Shopping Leblon – Av. Afrânio de Melo Franco 290 lj. 101, 1º piso

Valor de investimento: R$ 150

Mais informações e inscrições: http://rj.casadosaber.com.br/cursos/comunicacao-nao-violenta-o-que-isso-tem-a-ver-com-o-mundo-corporativo/mais-informacoes

Metodologia da Comunicação Não-Violenta ainda engatinha no Brasil

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Marie falou sobre os benefícios da CNV

Muitos já ouviram falar no termo Comunicação Não-Violenta (CNV), mas poucos ainda fazem uso desse importante e eficaz instrumento que pode ser aplicado por organizações e instituições, a fim de desenvolver empatia, promover entendimento, cooperação e pacificação. A constatação não é diferente na área jurídica: boa parte dos cerca de 300 participantes do debate ‘Diálogo, Escuta, Comunicação e a Mediação’ – realizado no último dia 18, durante o III Seminário Internacional de Mediação, em Belo Horizonte (BH) – afirmou ter conhecimento sobre CNV, mas menos de 20 pessoas informaram ter passado por algum treinamento. A plateia era formada por ministros – Delaíde Arantes (TST) e Reynaldo Soares da Fonseca (STJ) –, juízes, desembargadores, advogados, mediadores, profissionais atuantes no campo do Direito e acadêmicos. O evento foi promovido pela Conférence Internationale de Médiation pour la Justice (CIMJ), pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e Instituto de Mediação Aplicada (IMA).

“Em alguns litígios, ocorre uma ruptura do diálogo. A CNV ajuda o mediador a demonstrar empatia para as partes em conflito e oferece ferramentas que, independentemente do âmbito, possam equilibrar questões emocionais, identificar interesses e necessidades subjacentes, além de estabelecer, entre os interessados, uma comunicação que conduza a consensos e acordos. Em se tratando do Judiciário, a mediação preserva relações, evita custos, desperdício de recursos e tempo”, explica Marie Bendelac Ururahy, sócia e cofundadora da Be Coaching Brasil, que participou da mesa como palestrante e debatedora.

Marie foi convidada pela juíza Martha Halfeld Furtado de Mendonça Schmidt – do TRT 3ª Região e Tribunal de Apelação da ONU – e pela psicanalista Rita Andréa Guimarães de Carvalho Pereira, mestre em Mediação pelo Institut Kurt Bosch Sion e presidente do Instituto de Mediação Aplicada (IMA). O bom engajamento dos participantes gerou interesse para que a cofundadora da Be Coaching Brasil promova em Belo Horizonte, no segundo semestre, o curso Comunicação Não-Violenta para Mediadores, que também será organizado, em agosto, na Câmara de Comércio França-Brasil (CCFB), no Rio de Janeiro.

“A CNV vem revolucionando os relacionamentos em mais de 100 países e despertando atenção cada vez maior no Brasil, tanto em relação à sua utilidade individual quanto nos ambientes corporativos e institucionais, como em governos e até na ONU. Desenvolvida pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg durante aproximadamente 50 anos de pesquisa, é oportuníssima em momentos como o atual, em que as pressões sociais, econômicas e políticas agem como potencializadores do estresse coletivo, o que gera frequentes desentendimentos e desacordos, com prejuízos aos envolvidos”, explica Marie. Ela destaca que, nos anos 60, Rosenberg trabalhava como orientador educacional em escolas e universidades dos Estados Unidos que aboliram a segregação racial. Em meio às tensões geradas do período, ele conduzia um processo de transição pacífica, por meio de arbitragem e treinamento em técnicas comunicativas.

III Seminário Internacional de Mediação foi organizado com o intuito de promover amplo debate sobre a mediação, a partir da difusão de ideias e práticas que permitam a realização da justiça nos tempos atuais. “O mediador de conflitos tem papel fundamental em nossa sociedade. Devido às tensões do cotidiano, as pessoas vêm sendo obrigadas a lidar com diferentes situações, mas que requerem soluções, pois o preço dos rompimentos é muito alto para qualquer um, sejam cidadãos ou instituições”, diz Marie. O evento foi encerrado com palestra de Michèle Guillaume Hofnung, professora catedrática de Direito Público na França, responsável pelo projeto de mediação da Universidade de Paris II e vice-presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Comissão Nacional Francesa para a UNESCO.