A dificuldade de comunicação nas organizações é um dos tópicos mais debatidos, na atualidade, em ambientes corporativos e no âmbito de Recursos Humanos. De acordo com Marie Bendelac Ururahy e Wanda Quadra, especialistas em coaching voltado para performance, bem-estar e desenvolvimento de líderes – ambas fundadoras da empresa Be Coaching Brasil –, uma das principais razões da falta de diálogo é a ansiedade gerada pela pressão por resultados, hiperconectividade e necessidade de se adaptar cada vez mais rapidamente às mudanças no mundo tecnológico.
Esse debate também mobilizou participantes do workshop ‘Comunicação Colaborativa para Líderes – Módulo I’, realizado na Câmara de Comércio França-Brasil (CCIFB), no Rio de Janeiro, em 19 de maio, a cargo de Marie e Wanda. O treinamento apresentou estudos da neurociência que demonstraram a alta correlação entre a confiança e a performance econômica nas empresas, e técnicas da Comunicação Não-Violenta (CNV), mostrando como essa metodologia pode ser eficaz para melhorar o ambiente de trabalho. Em agosto, o tema voltará a ser abordado no curso ‘Comunicação Empática para Mediadores’, também na CCIFB.
“Dentro desse contexto turbulento, observamos uma dificuldade crescente na comunicação, principalmente entre as gerações”, diz Marie. Esses aspectos são trabalhados no treinamento oferecido pela Be Coaching Brasil, que mostra como estabelecer um clima de confiança e colaboração, com a finalidade de sensibilizar, principalmente, líderes, executivos, gestores de recursos humanos e profissionais que precisam se comunicar de forma eficaz.
O treinamento da Be Coaching apresenta técnicas da CNV aplicadas em mais de 100 países – com efeitos comprovados – para estimular uma comunicação aberta e aumentar o engajamento e a cooperação de forma genuína. “É inquestionável o valor da empatia para se construir relações de confiança, reduzir os conflitos e elevar a produtividade das equipes. Percebemos que muitos participantes chegam com inúmeras dúvidas e saem com um novo olhar e novas possibilidades para transformar suas relações interpessoais”, destaca Wanda Quadra.
O formato do curso, com exercícios práticos em cima dessas técnicas, foi o que mais agradou Dininha Morgado, diretora de Recursos Humanos da H. Strattner, empresa da área de equipamentos médicos e hospitalares. “Foi muito mais proveitoso que um treinamento anterior que fiz em CNV. Elas mostraram como as ferramentas podem ser usadas sem ser daquela forma engessada e apenas teórica, e com mais liberdade para adaptarmos ao nosso jeito. Achei excelente”, avaliou a executiva.