Inflação da construção sobe para 2,81% em junho
Em maio, ela foi de 1,49%, revela pesquisa da FGV

 

Da Agência Brasil

O Índice Nacional de Custo da Construção-M (INCC-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 2,81% em junho deste ano. Ela é superior ao valor de maio (1,49%) deste ano e maior que os 2,30% de julho de 2021.

Com o resultado, o INCC-M acumula inflação de 7,20% no ano e de 11,75% em 12 meses. Em julho de 2021, o INCC-M acumulado em 12 meses era de 16,88%.

Em junho deste ano, a taxa relativa a materiais, equipamentos e serviços ficou em 1,40%, abaixo do 1,55% de maio. Já o subíndice da mão de obra chegou a 4,37% em junho, ante 1,43%, em maio.

Confiança da construção cai e atinge menor nível desde julho de 2020
Indicador recua 3,8 pontos de março para abril e atinge 85 pontos

 

Da Agência Brasil

O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 3,8 pontos de março para abril e atingiu 85 pontos. Foi a quarta queda consecutiva do indicador, que atingiu o menor nível desde julho de 2020 e retornou ao patamar pré-pandemia de covid-19.

O Índice de Situação Atual, que mede a confiança dos empresários da construção no presente, recuou 3,5 pontos e chegou a 84,3 pontos. O Índice de Expectativas, que mede a percepção dos empresários sobre o futuro, cedeu 4 pontos, indo para 86 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da construção subiu 5,3 pontos percentuais indo para 77,1%.

A pesquisadora da FGV Ana Maria Castelo disse que o cenário do setor vem piorando desde outubro, refletindo a preocupação com a escassez e, principalmente, elevação dos custos. “O problema persiste e não dá indicações de trégua, atingindo contratos em andamento e dificultando a precificação dos produtos. O elemento novo em abril foi o aumento expressivo das assinalações no quesito demanda insuficiente como limitador à melhoria dos negócios das empresas, provavelmente decorrente do fechamento dos estandes de vendas em algumas cidades. Ou seja, a combinação preços de insumos mais elevados e o agravamento da pandemia trouxeram novamente momentos difíceis para as empresas”, disse Ana Maria Castelo.