A Índia ultrapassou a Rússia ao atingir o número de 700 mil casos do novo coronavírus, o terceiro maior do mundo, de acordo com os dados mais recentes, e o surto não dá sinais de diminuição.
Dados do Ministério da Saúde divulgados nessa segunda-feira (6) mostraram que mais de 23 mil casos novos foram relatados em 24 horas, cifra um pouco inferior à do aumento recorde de 25 mil no domingo (5).
Desde que o primeiro caso surgiu, em janeiro, a Índia já teve quase 20 mil mortes.
Atualmente, a Índia é o terceiro país mais afetado do mundo, atrás dos Estados Unidos e do Brasil.
A nação acumula oito vezes mais casos do que a China, que tem população de tamanho semelhante e foi onde o vírus surgiu no fim do ano passado.
Autoridades informaram que reverteram a decisão de reabrir o Taj Mahal, a atração turística mais famosa da Índia, localizada na cidade de Agra, 200 quilômetros a sudeste de Nova Delhi, devido a uma série de casos novos na região.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que centenas de milhões de doses de uma vacina contra a Covid-19 possam ser produzidas neste ano e dois bilhões de doses até o final de 2021, disse a cientista-chefe Soumya Swaminathan, nesta quinta-feira (18).
A OMS está elaborando planos para ajudar a decidir quem deveria receber as primeiras doses uma vez que uma vacina seja aprovada, afirmou a cientista. A prioridade seria dada a profissionais da linha de frente, como médicos, pessoas vulneráveis por causa da idade ou outra doença e a quem trabalha ou mora em locais de alta transmissão, como prisões e casas de repouso.
“Estou esperançosa, estou otimista. Mas o desenvolvimento de vacinas é uma empreitada complexa, ele envolve muita incerteza”, disse. “O bom é que temos muitas vacinas e plataformas, então, se a primeira fracassar ou se a segunda fracassar, não deveríamos perder a esperança, não deveríamos desistir.”
Cerca de 10 vacinas em potencial estão sendo testadas em humanos na esperança de que uma possa se tornar disponível nos próximos meses para prevenir a infecção. Países já começaram a fazer acordo com empresas farmacêuticas para encomendar doses antes mesmo de se provar que alguma vacina funciona.
Swaminathan descreveu o desejo por milhões de doses de uma vacina ainda neste ano como otimista, acrescentando que a esperança de até dois bilhões de doses de até três vacinas diferentes no ano que vem é um “grande se”.
A cientista afirmou que os dados de análise genética coletados até agora mostraram que o novo coronavírus ainda não passou por nenhuma mutação que alteraria a gravidade da doença que causa.
Como noticiado, a Sra. Estatística sofreu um atentado. Após receber ameaças há tempos, foi atingida com gravidade. Felizmente, profissionais da saúde qualificados cuidaram dela. Sem essa veterana aliada, não conseguiríamos continuar a cuidar de ninguém. Ela ajudou no trabalho de Semmelweis, sobre a importância de lavar as mãos, de Snow, que descobriu o caminho da cólera em Londres, de Florence, que melhorou as condições sanitárias dos hospitais, de Cruz, que venceu a Guerra da Vacina, de Doll, que comprovou ser o fumo responsável por diversos tipos de câncer.
Já tentaram manipulá-la, mas a Sra. Ética, tem sido sua companheira inseparável. Seu pai e inspirador, o Sr. Matemática, mesmo muito idoso continua fornecendo equações precisas que alguns tentam ignorar. O Inspetor Ciência já identificou dois suspeitos, mas pode haver outros. Um deles insistia em divulgar apenas os números absolutos, confundindo até a imprensa. O Sr. Matemático considera grave desconhecer a importância da diferença populacional entre cidades, estados e países. Analisar as mortes por milhão de habitantes e calcular a taxa das variações semanais é mais adequado para entender a evolução de pandemias.
O outro suspeito teria que divulgar de forma consolidada a montanha de números que chegam das cidades e municípios, porém ele declarou que as planilhas recebidas estavam confusas e decidiu trancar tudo em sua gaveta.
Esses dois suspeitos obviamente trocam pesadas acusações recíprocas, mas ambos erraram. A Sra. Verdade, guardiã da sociedade, considera fundamental a participação da Sra. Ética nessa investigação, pois é uma pessoa de isenção milenar. O Sr. Correto, autoridade de notório saber, determinou a imediatamente liberação dos dados, e as eventuais ressalvas, feitas de forma clara.
As investigações iniciais sugerem que esse atentado ocorreu por uma conjunção de fatores, porém houve alguma motivação política, de diversas correntes. A arma empregada, a desinformação, nesse caso específico, não matou a vítima, pois os investigados não levaram em conta que as planilhas são compiladas nos municípios e estados responsáveis por coletar esses dados. A Sra. Transparência e pesquisadores independentes, receberiam uma segunda via dos documentos e poderiam analisar tudo, inclusive a qualidade das notificações. Sem dúvida haveria um grande trabalho e custos extras, mas os registros não desapareceriam. Números são pessoas.
É um alívio saber que, em menos de dois dias, a Sra. Estatística voltou a nos ajudar. Os dois suspeitos continuarão se acusando, sendo provável que, diante da repercussão do caso, alguém diga que foi um acidente ou um mal-entendido.
PS: Caro leitor, suspeita-se que essa fábula foi escrita por um admirador dos detetives Hercule Poirot e Sherlock Holmes. Há também indícios de que o autor mantenha uma longa amizade com o Sr. Epidemiologista, irmão da Sra. Estatística.
O estado de São Paulo faz, a cada dia, oito mil testes para diagnóstico do novo coronavírus, seja por RT-PCR, que identifica o material genético do vírus, seja pelo teste rápido, que identifica a presença de anticorpos do vírus no sangue. Em abril eram feitos mil exames por dia. A informação foi dada hoje (4) pelo diretor do Instituto Butantan e membro do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, Dimas Covas. Em todo o estado, mais de 8,5 mil pessoas morreram em decorrência da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
Segundo Covas, o estado está ampliando a capacidade de testes do novo coronavírus. Isso já teve início em meados do mês passado, quando começaram a ser testados policiais e seus familiares. Segundo Dimas Covas, serão testados 35 mil policiais militares, civis, bombeiros e técnico-científicos e as famílias desses policiais, em um total de 145 mil exames. Até este momento, de acordo com ele, foram testados cerca de 70 mil policiais e seus familiares. Desse total, 20% demonstraram ter tido contato com o vírus. “A taxa de positividade dessas pessoas que foram expostas ao vírus e que já adquiriram imunidade é em torno de 20%”, disse Covas.
Hoje (4), começa a ser testada a população da Fundação Casa, em suas 138 unidades do estado, com 4,8 mil internos. Também será iniciada hoje a testagem de profissionais da saúde do Hospital das Clínicas (HC) na cidade de Ribeirão Preto e do Hospital das Clínicas de São Paulo. “No HC de Ribeirão Preto serão testados 12 mil funcionários. No HC de São Paulo serão 20 mil funcionários”, detalhou.
Outro público que começará a ser testado entre hoje e amanhã são as pessoas que vivem nos 552 asilos do estado.
O governo paulista também pretende testar não somente a população carcerária, de asilos e das áreas de saúde e de segurança, mas também os doadores de sangue e todas as pessoas que apresentem sintomas leves de gripe. Até abril, o estado testava somente as pessoas que estavam internadas. “São Paulo é o estado do Brasil que mais testa e vai chegar ao nível de testagem de países como Itália e Espanha”, enfatizou Covas.