UFRN detecta duas novas variantes Ômicron da covid-19
Novas variantes indicam ser mais transmissíveis

 

Da Agência Brasil

O Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) detectou dois novos tipos de variantes Ômicron da covid-19 coletadas, em maio, de pessoas em Natal. A pesquisa foi feita com participação do Laboratório Getúlio Sales Diagnóstico e o Instituto Butantan.

O estudo sequenciou e analisou amostras coletadas pelas unidades de saúde da prefeitura de Natal e pelo IMT, detectando a circulação das variantes Ômicron (BA.5-like) e Ômicron (BA.4-like).

De acordo com a diretora do IMT, Selma Jerônimo, as novas variantes indicam ser mais transmissíveis, em razão do aumento no número de pessoas infectadas com covid-19 nas últimas semanas.

A diretora ressaltou a importância da vacina contra a covid-19, para evitar a forma grave da doença, bem como orientou sobre o uso de máscaras em locais fechados, além das demais medidas de biossegurança, como a higiene frequente das mãos.

Pfizer: comprimido antiviral reduz risco de covid-19 grave em 89%
Anúncio foi feito hoje pela farmacêutica

 

Da Agência Brasil

Um teste do comprimido antiviral experimental contra covid-19, da Pfizer, foi interrompido antes do previsto depois que se demonstrou que o remédio diminui em 89% as chances de hospitalização ou morte em adultos com risco de desenvolver a doença de forma grave, anunciou a empresa nesta sexta-feira (5).

Os resultados parecem superar os do comprimido molnupiravir, da MSD, que no mês passado mostrou diminuir à metade metade a probabilidade de hospitalização ou morte de pacientes de covid-19 também com risco alto de desenvolverem uma doença grave.

Nenhuma das empresas disponibilizou os dados completos dos testes.

A Pfizer disse que pretende apresentar resultados provisórios do teste de seu comprimido – que é administrado juntamente com um antiviral mais antigo chamado ritonavir – à Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) como parte da solicitação de uso emergencial que fez em outubro.

O tratamento combinado, que terá o nome comercial Paxlovid, consiste em três comprimidos administrados duas vezes por dia.

A análise planejada de 1.219 pacientes do estudo da Pfizer analisou hospitalizações ou mortes de pessoas diagnosticadas com covid-19 de branda a moderada, com pelo menos um fator de risco de desenvolvimento da doença de forma grave, como obesidade ou idade avançada.

A farmacêutica informou ainda que 0,8% dos que receberam o medicamento três dias depois do surgimento de sintomas foram hospitalizados, e que nenhum havia morrido depois de 28 dias de tratamento.

Covid-19: Reino Unido começa a vacinar população na próxima semana
Agência reguladora concedeu licença à vacina Pfizer/BionTech

Da Agência Brasil

A Agência Reguladora de Saúde e Produtos Médicos do Reino Unido (MHRA, a sigla em inglês) concedeu licença formal à vacina contra a covid-19 do grupo Pfizer/BioNTech. Com isso, o Reino Unido torna-se o primeiro país a começar a vacinar a população contra a doença, o que ocorrerá na próxima semana, informou o Ministério da Saúde britânico em comunicado. 

O Reino Unido fechou o acordo com a farmacêutica Pfizer para a compra de 40 milhões de doses.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, classificou como “fantástica” a aprovação do uso da vacina, salientando que ela vai ajudar as pessoas a recuperar sua vida.

“É fantástico que a MHRA [sigla inglesa da Agência Reguladora de Saúde e Produtos Médicos] do Reino Unido tenha licenciado formalmente a vacina do grupo Pfizer/BioNTech contra covid-19. A vacina estará disponível em todo o Reino Unido a partir da próxima semana”, disse Johnson no Twitter.

“É a proteção das vacinas que, no final, nos permitirá recuperar a vida e reiniciar a economia”, acrescentou Johnson, que concederá hoje entrevista em sua residência em Downing Street.

A luz verde das autoridades do Reino Unido ocorre meses depois de testes clínicos rigorosos e extensa análise de dados por especialistas da MHRA. Eles concluíram que a vacina atendeu aos padrões estritos de segurança, qualidade e eficácia”, disse o Ministério da Saúde britânico. Os resultados dos testes em grande escala mostraram 95% de eficácia.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou nessa terça-feira (1º) que realizará reunião extraordinária no dia 29 de dezembro, “o mais tardar”, para dar, ou não, luz verde à comercialização da vacina da Pfizer e BioNTech.

A Pfizer disse que começaria imediatamente a enviar a vacina com estoque limitado para o Reino Unido, que as doses são escassas e inicialmente serão racionadas até que mais vacinas sejam fabricadas nos primeiros meses do próximo ano.

Embora o Reino Unido tenha encomendado a vacina Pfizer suficiente para 20 milhões de pessoas, não está claro quantas doses vão chegar até o fim deste ano. São necessárias duas doses, com intervalo de três semanas, para proteção.

O governo britânico já disse que os primeiros a receber a vacina serão os profissionais de saúde, seguidos por adultos mais velhos.

Outras vacinas

Os reguladores britânicos também analisam a vacina feita pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, mas o primeiro-ministro, Boris Johnson, alertou que primeiro o país deve “navegar por um inverno rigoroso” de restrições para tentar conter o vírus, até que haja vacina suficiente para todos.

Em 9 de novembro, a farmacêutica norte-americana Pfizer e a parceira biotecnológica alemã BioNTech anunciaram que a sua vacina experimental para a covid-19 tinha 90% de eficácia, partindo da análise de 94 casos da doença.

Mais recentemente, a empresa de biotecnologia norte-americana Moderna informou que sua candidata a vacina é 94,5% eficaz na prevenção da covid-19, tendo em conta a análise de 95 casos.

A Rússia também anunciou que a Sputnik V contra a covid-19, desenvolvida pelo Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya em Moscou, tem eficácia de 95%, segundo resultados preliminares.

O primeiro lote de Sputnik V para o mercado externo chegará às pessoas em janeiro de 2021, com base nos acordos já firmados com parceiros estrangeiros.

O laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford anunciaram também que sua vacina tem taxa média de eficácia de 70%.

Fiocruz: testagem para covid-19 mostra desigualdade social no Rio
Maior frequência de casos foi observada nos bairros sem favelas Share on WhatsApp Share on Facebook Share on Twitter Share on Linkedin

Da Agência Brasil

A baixa testagem para covid-19 no município do Rio de Janeiro ainda é uma realidade, oito meses após o início da pandemia na cidade. Segundo o 2° Boletim Socioepidemiológico Covid-19 nas Favelas, lançado na noite de ontem (12) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a maior frequência de casos da doença foi observada nos bairros sem favelas e com baixa concentração delas, o que pode indicar uma baixa testagem da população.

Segundo a análise da Fiocruz, os dados oficiais disponibilizados pela prefeitura entre 22 de junho a 28 de setembro mostram que os bairros com alta e altíssima concentração de favelas apresentaram no período um total de 2.529 casos de covid-19, o que corresponde a 5% do total do município, e 111 óbitos pela doença, ou 6% do total.

Enquanto a taxa de incidência de covid-19 no município como um todo ficou 67,74 por 10 mil habitantes, os bairros sem favelas tiveram incidência de 135,68 e os com altíssima concentração ficaram em 22,32 casos por 10 mil habitantes. Na mortalidade, a taxa por 10 mil habitantes ficou em 2,63 para o município no período, em 3,15 nos bairros com baixa incidência de favela, sendo este o índice mais alto, e de 0,71 nos bairros com altíssima concentração de favelas.

Nos meses de julho e agosto, os bairros que apresentaram as maiores taxas de incidência para a covid-19 foram Centro, Joá, Bonsucesso, Gávea, Humaitá, São Cristóvão, Vista Alegre e Praça da Bandeira. Bairros da zona Oeste, apesar de serem classificados com baixa concentração de favelas, apresentaram a maior frequência de óbitos. As maiores taxas de letalidade ocorreram em Barra de Guaratiba (16,67%), Senador Camará (12,05%), Vila Militar (11,11%), Cosmos (11,03%) e Santíssimo (10,7%).

O boletim registra que houve melhora na qualidade da informação sobre raça/cor nas notificações, com 85% de preenchimento. Isso mostrou que a taxa de incidência e a taxa de mortalidade foi cerca de duas vezes maior na população negra do que na população branca nos bairros sem favelas.

No evento de lançamento do Boletim, o pesquisador da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) Carlos Batistella destacou que a publicação reconhece a desigualdade no espaço urbano e demonstra que nas áreas onde a pobreza é mais acentuada, o novo coronavírus avança de forma mais rápida.

“Isso porque esses territórios não contam com políticas públicas de qualidade que deem suporte à proteção coletiva. As medidas de distanciamento e a interrupção de serviços produziram graves impactos econômicos e sociais, porque uma grande parte dos moradores de favelas são trabalhadores informais. A pandemia explicita ainda mais o padrão de desigualdade sociorracial brasileiro. A favela é cotidianamente reiterada como espaço de exclusão”.

Ele aponta como problemas enfrentados por esses territórios durante a pandemia a dificuldade na produção de dados de saúde, a baixa testagem e ausência de ações efetivas de proteção social, bem como a precariedade no acesso aos serviços de saúde, realização de operações policias, falta de abastecimento de água, remoções de moradores de suas casas, mortes nos domicílios, situações de racismo, intensificação de problemas de saúde mental e insegurança alimentar.