Roche lançará teste rápido antigênico combinado para a covid-19 e gripe em janeiro na Europa
Estimativa é de que os resultados dos testes fiquem prontos em um prazo entre 15 e 30 minutos

 

Por Assis Moreira, do Valor Econômico

O laboratório suíço Roche anunciou que vai lançar no começo de 2022 um teste rápido antigênico combinado para a covid-19 e para a gripe, com os resultados devendo estar disponíveis num prazo entre 15 e 30 minutos.

Coronavirus e gripe às vezes tem o mesmo sintoma. E o teste de Roche visa determinar rapidamente se o paciente tem uma ou as duas doenças. Conforme o laboratório, um teste rápido de antígeno pode detectar de forma confiável pessoas com uma elevada carga viral, permitindo aos profissionais de saúde identificar rapidamente os pacientes com maior risco de propagação da infecção.

As sequências atualmente disponíveis da variante ômicron SARS-CoV-2 (B.1.1.529) foram analisadas e, com base nas investigações iniciais, não é esperado um impacto no desempenho do teste, segundo o laboratório suíço.

O teste será destinado aos profissionais do setor de saúde. O plano é de que estejam disponíveis desde janeiro na Europa. A homologação do dispositivo será também pedida aos EUA.

Para Thomas Schinecker, CEO da Roche Diagnostics, o teste agrega uma solução que será crítica para o gerenciamento a longo prazo do SARS-CoV-2 e da gripe sazonal pelos sistemas de saúde, “à medida que passamos da emergência de saúde global de hoje para a fase endêmica de amanhã”.

Juntamente com o teste SARS-CoV-2 & Flu A/B Rapid Antigen Test, a Roche está oferecendo o Navify Pass. Esta solução digital permite que indivíduos e profissionais de saúde armazenem, exibam e compartilhem remotamente os resultados de seus testes covid-19 e o status da vacina. Com uma matriz de dados única e personalizada colocada no teste, o Navify Pass pode ler automaticamente todos os detalhes do teste e estabelecer uma conexão entre os pacientes e seus resultados individuais.

O lançamento do teste combinado será em parceria com a SD Biosensor, com quem a Roche tem um acordo de distribuição global e lançou anteriormente os testes rápidos de antigênico SARS-CoV-2 (Nasopharyngeal/Nasal), SARS-CoV-2 Antigen Self Test Nasal e o SARS-CoV-2 Rapid Antibody Test.

A Roche lembra que em 2020 firmou uma série de novas parcerias, inclusive com Regeneron e Gilead para desenvolver, fabricar e distribuir moléculas que podem potencialmente tanto tratar como prevenir a covid-19. Também fez uma parceria com a Regeneron para desenvolver em conjunto Ronapreve nos Estados Unidos.

Brasil supera marca de 90% da população-alvo vacinada com a 1ª dose
Santa Catarina e Roraima estão entre os estados que mais vacinaram

 

Da Agência Brasil

A Campanha de Vacinação contra a covid-19 do Brasil ultrapassou a marca de 90% da população-alvo com a primeira dose da vacina. Com o avanço na imunização dos brasileiros contra a doença, nove estados já ultrapassaram essa marca. Entre os estados que mais aplicaram a primeira dose do imunizante estão Santa Catarina, Roraima, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Para o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, isso se deve à política do governo em adquirir, logo no início, mais de 550 milhões de doses de vacina contra a covid-19. Dessas, mais de 378 milhões já foram distribuídas e 314 milhões foram aplicadas, graças a um forte programa de imunização.

“Nós temos um Programa Nacional de Imunizações (PNI), que é forte e realiza hoje uma das maiores campanhas de vacinação da história do Brasil. Se juntarmos os outros agentes imunizantes do Calendário de Vacinação brasileiro, ao todo, são quase 1 bilhão de doses de vacina. Isso só demonstra que o nosso Sistema Único de Saúde é forte, que foi capaz de implementar e colocar em prática uma campanha de vacinação tão importante e significativa”, disse.

De acordo com o ministério, “das mais de 314,1 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 aplicadas, 159,5 milhões de brasileiros iniciaram o ciclo vacinal e 140,5 milhões completaram o esquema com a segunda dose ou dose única do imunizante. Com o envio de doses de reforço, 14,1 milhões de brasileiros já reforçaram a imunidade com a dose adicional ou de reforço. Para 2022, mais de 354 milhões de doses estão garantidas para dar continuidade à campanha no próximo ano”.

Covid-19: 90% dos adultos brasileiros já tomaram a 1ª dose da vacina
Ao todo, 159,3 milhões iniciaram o ciclo vacinal contra a doença

 

Da Agência Brasil

O Ministério da Saúde informou hoje (2) que o número de pessoas aptas a receberem o imunizante corresponde a 177 milhões de brasileiros. Ao todo, 159,3 milhões tomaram a primeira dose da vacina. Até o momento, mais de 372,5 milhões de doses foram distribuídas aos 26 estados e Distrito Federal.

O Brasil atingiu nesta quinta-feira a marca de 90% do público-alvo, ou seja, adultos com mais de 18 anos vacinados com a primeira dose de algum dos imunizantes contra a covid-19. Ao todo, 159,3 milhões de brasileiros iniciaram o ciclo vacinal contra a doença e 79,03% completaram o esquema com as duas doses ou dose única, de acordo com dados divulgados pelo ministério.

O país também registrou queda de 92,57% na média de óbitos desde o pico da pandemia, registrado em 19 de abril deste ano.

Novas doses

Em novembro, o governo federal comprou mais de 550 milhões de doses de imunizantes. A expectativa do Ministério da Saúde é que mais de 354 milhões de doses sejam utilizadas como reforço em 2022.

Até o momento, 14,1 milhões de pessoas estão com a imunização reforçada com a dose adicional ou de reforço. Cerca de 13,7 milhões de brasileiros entre 12 e 17 anos já tomaram a primeira dose da vacina e 3,4 milhões estão completamente vacinados com as duas doses da Pfizer.

OMS alerta para novos surtos de Covid
África do Sul faz apelo contra medidas que inviabilizem turismo

 

Da Agência Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje (29) que a variante Ômicron do novo coronavírus impõe alto risco de novos surtos de infecção.

A OMS advertiu as 194 nações afiliadas de que a possibilidade de um novo surto pode ter consequências severas, mas ressaltou que nenhuma morte foi registrada até o momento em decorrência da nova variante.

Também hoje, o presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou em discurso na Casa Branca que a nova variante é motivo de preocupação, mas não de pânico. Segundo Biden, a variante chegará em solo americano cedo ou tarde; portanto, a melhor abordagem no momento é a vacinação.

Na próxima quinta-feira (2), a Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, divulgará uma nova estratégia para lidar com a pandemia e suas variantes durante o inverno. Joe Biden adiantou que o plano não incluirá novas ações restritivas à circulação de pessoas ou contenção de aglomerações. “Se as pessoas estiverem vacinadas e usarem máscaras, não há necessidade de novo lockdown [confinamento]”, afirmou.

O presidente ressaltou, entretanto, que ainda demorará algumas semanas até a comprovação da eficácia dos imunizantes disponíveis contra a Ômicron.

O especialista em saúde Anthony Fauci, conselheiro do governo nas ações contra a pandemia, disse que que o país “obviamente está em alerta vermelho”. “É inevitável que se espalhe amplamente”, afirmou em entrevista a uma rede de televisão neste sábado (27), de acordo com a agência internacional de notícias Reuters.

Segundo projeções de órgãos de saúde internacionais, o número de casos da variante Ômicron deve ultrapassar 10 mil nesta semana, em comparação aos 300 registros feitos na semana passada, informou o professor Salim Abdool Karim, infectologista que trabalha no combate à pandemia no governo sul-africano.

Ontem (28), o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, denunciou em redes sociais o que chamou de abordagem “injustificada e anticientífica” em relação país. Para Ramaphosa, o fechamento de fronteiras e a proibição de voos de países da África Austral fere profundamente economias que dependem do turismo, além de serem “uma espécie de punição pela capacidade científica de detectar novas variantes”.

O presidente da África do Sul fez um apelo para que autoridades internacionais não estabeleçam restrições de voo para a região.