Como a comunicação em nuvem pode ajudar a reduzir custos no varejo

silnei
Silvei Kravaski é diretor executivo da Planus

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê um bom crescimento para o setor de varejo em 2019, da ordem de 5,2%. Porém, nem tudo são boas notícias. Os varejistas se depararão em 2019 com desafios como alta tributação, margens apertadas de lucro e uma necessidade constante de investir em tecnologia, no enriquecimento da experiência do consumidor, em plataformas digitais e multicanais e, ainda, driblar a insuficiente infraestrutura em telecomunicações. Se manter e crescer no varejo não é uma tarefa fácil, mas existem recursos que podem ajudar esta empreitada. A comunicação em nuvem terceirizada é um deles, uma vez que possui potencial para ajudar a reduzir os custos no varejo em até 30%.

Vamos trazer um exemplo prático. Eu, como varejista, além de precisar investir nesses recursos tecnológicos para modernizar o meu negócio, entregar o melhor serviço para o meu cliente e continuar crescendo, preciso também pensar em toda a infraestrutura de telefonia e comunicação aplicada na minha loja. Esses fatores acabam de uma forma ou outra tirando o foco no que é mais importante: a operação da loja e o atendimento ao cliente. Perde-se muito tempo fazendo a gestão desses recursos e deixa-se de investir e colocar energia onde mais se faz necessário. Outro ponto importante é a questão da mobilidade. Com o mundo cada vez mais digital e tecnológico, poder fazer reuniões de equipe e calls de qualquer lugar reduz custos, além de ser bem mais prático. Sem falar da possibilidade de acessar qualquer dado, a qualquer momento. Ou mesmo, de fora da loja ou da sede, ter acesso ao seu ramal. Estas são vantagens da mobilidade, da comunicação em nuvem, que culminam na redução dos custos no varejo.

Eu sei bem que só de pensar nos investimentos necessários vem aquele desânimo e a sensação de que isso travará o crescimento e/ou impedirá a empresa de investir no que realmente parece ser o grande mote do momento, o “customer experience”.

Definitivamente uma coisa não elimina a outra e o melhor é que não há impeditivos para se ter os dois tipos de investimento. Não pelo menos nos dias de hoje, na era do tudo como serviço ou do Everything as a Service (XaaS). Segundo pesquisa da Cisco, 95% das empresas já utilizam algum tipo de serviço na nuvem e até 2020, 92% de todo o trabalho realizado pelas empresas será processado desta maneira. Literalmente, tudo pode ser terceirizado, desde a infraestrutura até a telefonia e comunicação, o que diminui o volume de recursos a ser direcionado para a atualização tecnológica.

Os sistemas de comunicação em nuvem permitem que, através de um login e senha, conteúdos sejam compartilhadas e mensagens sejam enviadas, como se todos estivessem juntos participando de um grande grupo de trabalho.  A criação de experiências imersivas, a incorporação da realidade aumentada e da realidade virtual, que segundo o Gartner são tendências-chave na corrida para o digital, já fazem parte deste cenário.  Tudo isso com a capacidade de se ter o controle do que está sendo enviado, com a segurança e a formalidade que esse tipo de comunicação exige.  Treinamentos à distância, inspeções de loja, checagem de estoque, tudo sem precisar estar presente fisicamente, poupando tempo e reduzindo custos no varejo de maneira preciosa.

Terceirizar, contratar como serviço os recursos de tecnologia e comunicação, não só significa liberar-se do “problema”, como também dedicar mais tempo ao que realmente importa. Sem falar do upgrade do ponto de vista tecnológico: ter sempre o melhor, o mais moderno, o que salta aos olhos de quem quer crescer, aumentar vendas e reduzir os custos. Está mais do que na hora do varejo ingressar também na era do “tudo como serviço”.