Desemprego cai na Europa e atinge taxa mais baixa desde 2000

Dados divulgados hoje (31) pelo Eurostat (Gabinete de Estatísticas da União Europeia), a taxa de desemprego na zona do euro recuou para 7,5% em junho, após se ter fixado em 7,6% em maio e em 8,2% no mesmo mês de 2018.

Quanto à média da União Europeia (UE), a taxa de desemprego fixou-se em 6,3%, mantendo-se inalterada por conta da percentagem registrada em maio deste ano e baixando relativamente a junho de 2018, quando atingiu 6,8%.

Esta é, segundo o Eurostat, a taxa de desemprego mais baixa na União Europeia desde janeiro de 2000.

Em Portugal, o desemprego fixou-se em 6,7% em junho deste ano, acima dos 6,6% de maio, mas abaixo dos 6,9% doo mesmo mês do ano passado.

Mantendo a tendência anteriormente verificada, Portugal continuou, porém, a ser um dos estados-membros com taxas de desemprego mais elevadas, vindo, a seguir, a Grécia (17,6%), Espanha (14%), Itália (9,7%), França (8,7%) e Croácia (7,1%).

Já as taxas de desemprego mais baixas estão na República Checa (1,9%), Alemanha (3,1%), Hungria, Malta e Holanda (3,4% nos três países).

Em valores absolutos, existiam em Portugal, em junho, 344 mil desempregados, enquanto na zona do euro eram quase 12,4 milhões e na UE 15,7 milhões.

Desemprego no Brasil recua 0,7%

A taxa de desocupação no Brasil, no trimestre encerrado em junho de 2019, ficou em 12% e a subutilização foi de 24,8%. Houve ligeira queda na comparação com o trimestre anterior, quando a desocupação estava em 12,7% e a subutilização em 25%. No mesmo período do ano passado, as taxas eram de 12,4% e 25,5%, respectivamente.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (31), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 12,8 milhões de pessoas sem trabalho no país e 28,4 milhões que trabalham menos horas do que poderiam. O rendimento real habitual apresentou queda de 1,3%, caindo de R$ 2.321 no primeiro trimestre do ano para R$ 2.290 na última medição.

O número de desalentados – pessoas que desistiram de procurar trabalho – se manteve recorde no percentual da força de trabalho, com 4,4%, que soma 4,9 milhões.

Taxa de desemprego cresce em 14 estados no primeiro trimestre do ano

A taxa de desemprego cresceu em 14 das 27 unidades da Federação no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre do ano passado, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (PNAD-C), divulgada hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nas outras 13 unidades, a taxa manteve-se estável.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2018, no entanto, apenas quatro unidades da Federação tiveram aumento da taxa de desemprego.

Na passagem do último trimestre de 2018 para o primeiro trimestre deste ano, as maiores altas da taxa de desemprego foram observadas no Acre (de 13,1% para 18%), Goiás (de 8,2% para 10,7%) e Mato Grosso do Sul (de 7% para 9,5%).

Na comparação com o primeiro trimestre de 2018, os estados que registraram alta na taxa foram Roraima (de 10,3% para 15%), Acre (de 14,4% para 18%), Amazonas (de 13,9% para 14,9%) e Santa Catarina (de 6,5% para 7,2%).

Já os estados que tiveram queda na taxa, nesse tipo de comparação, foram Pernambuco (de 17,7% para 16,1%), Minas Gerais (de 12,6% para 11,2%) e Ceará (de 12,8% para 11,4%).

Subutilização

A taxa de subutilização (os que estão desempregados, que trabalham menos do que poderiam e que estavam disponíveis para trabalhar mas não conseguiram procurar emprego) do primeiro trimestre foi a maior dos últimos da série histórica (iniciada em 2012) em 13 das 27 unidades da Federação.

As maiores taxas foram observadas no Piauí (41,6%), Maranhão (41,1%), Acre (35%), na Paraíba (34,3%), no Ceará (31,9%) e Amazonas (29,2%). A taxa média de subutilização no país foi de 25%, também a maior da série histórica.

Os maiores contingentes de desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego) no primeiro trimestre deste ano foram registrados na Bahia (768 mil pessoas) e no Maranhão (561 mil). Os menores foram observados em Roraima (8 mil) e no Amapá (15 mil).

Os maiores percentuais de trabalhadores com carteira assinada estavam em Santa Catarina (88,1%), no Rio Grande do Sul (83,2%) e Rio de Janeiro (81,8%) e os menores, no Maranhão (50,3%), Piauí (52,5%) e Pará (53,0%).

As maiores proporções de trabalhadores sem carteira foram observadas no Maranhão (49,5%), Piauí (47,8%) e Pará (46,4%), e as menores, em Santa Catarina (13,2%), no Rio Grande do Sul (18,0%) e Rio de Janeiro (18,4%).

Em relação ao tempo de procura de emprego no Brasil, 45,4% dos desocupados estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho; 24,8%, há dois anos ou mais, 15,7%, há menos de um mês e 14,1% de um ano a menos de dois anos.

Desemprego cresce no primeiro trimestre do ano

A taxa de desemprego no país atingiu 12,7% no primeiro trimestre deste ano, o que representa 1,1 ponto percentual a mais na comparação com o último trimestre de 2018, quando ficou em 11,6%. No entanto, na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, quando a taxa registrou 13,1%, houve queda de 0,4 ponto percentual.

Os dados mostram também que a população desocupada no país cresceu 10,2% entre o último trimestre do ano passado e o primeiro trimestre deste ano e chegou a 13,4 milhões, acréscimo que representa 1,2 milhão de pessoas. Os números são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, no entanto, quando a população desocupada era de 13,6 milhões, não houve variação estatisticamente significativa, segundo o IBGE.

A população ocupada ficou em 91,9 milhões de pessoas no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 0,9% (menos 873 mil pessoas) em relação ao último trimestre de 2018. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, no entanto, houve uma alta de 1,8% (mais 1,6 milhão de pessoas).

Segundo o pesquisador do IBGE, Cimar Azeredo, a queda da população ocupada era esperada, mas não na proporção em que ocorreu. “A expectativa é que não fosse uma redução tão grande quanto foi porque já estamos num processo de melhora do mercado de trabalho a partir de 2018. Era uma queda esperada, mas acabou vindo num número mais elevado”, disse.

O número de empregados com carteira assinada foi de 32,9 milhões de pessoas, ficando estável em ambas as comparações. Já o número de empregados sem carteira assinada (11,1 milhões) caiu 3,2% em relação ao trimestre anterior (menos 365 mil pessoas), mas subiu 4,4%, (mais 466 mil pessoas) em relação ao primeiro trimestre de 2018.