PSOL, Republicanos e Democratas garantem mais cadeiras na câmara do Rio
Cada um dos três partidos conquistou sete vagas de vereadores

 

Câmara do Rio vai renovar um em cada três vereadores

 

A Câmara dos Vereadores do Rio terá um perfil diferente a partir de 2021. Três partidos conquistaram sete cadeiras, cada. O Republicanos, do prefeito Marcelo Crivella, que passou para o segundo turno; o Dem do candidato Eduardo Paes, que tenta voltar ao comando da cidade e o PSOL. Entre as novidades nas bancadas estão Mônica Benício (PSOL), viúiva da vereadora Marielle Franco; o ex-PM e blogueiro Gabriel Monteiro (PSD) e o ex-deputado-federal Chico Alencar (PSOL), que volta às origens: ele já foi vereador nos anos de 1990. A ex-deputada Laura Carneiro (Dem) também retorna ao legislativo municipal.

Dos 51 vereadores, 50 eram candidatos à reeleição. O 51º, Paulo Messina (MDB) disputou a prefeitura do Rio. Ao todo, 34 foram reeleitos. Com isso, a renovação das bancadas ficou em 33,33% do total de cadeiras em disputa.

Ao todo, 22 partidos estarão representados no legislativo carioca. O formato final das bancadas, porém, ainda pode sofrer mudanças. O ex-senador Lindbergh Farias(PT) que teve a candidatura impunganda pelo TRE, recorreu ao TSE. Os votos dele não foram compurados no resultado final divulgado pelo TSE.

Conheça os vereadores eleitos

PSOL

Tarcísio Motta – 86.423 votos

Chico Alencar – 49.522 votos

Monica Benício – 22.019 votos

Paulo Pinheiro – 14.760 votos

Taís Ferreira – 14.284 votos

William Siri – 9.957 votos

Marcos Paulo – 9.009 votos

Republicanos

Carlos Bolsonaro – 71 mil votos

Inaldo Silva – 21.885 votos

João Mendes de Jesus – 20.811 votos

Tânia Bastos – 19.027 votos

Ulisses Marins – 14.660 votos

Zico – 13.964 votos

Celso Costa – Republicanos – 10.523 votos

Progressistas

Felipe Michel – 20.936 votos

Vera Lins – 19.242 votos

PSD

Gabriel Monteiro – 60.326 votos

Jones Moura – 11.597 votos

Rocal – 9.280 votos

DEM

Cesar Maia – 55.031 votos

Carlo Caiado – 26.212 votos

Thiago K. Ribeiro – 18.960 votos

Jorge Felippe – 18.507 votos

Verônica Costa – 17.939 votos

Alexandre Iesquerdo – 17.764 votos

Laura Carneiro – 14.646 votos

PTC

Dr. Gilberto – 9.445 votos

PDT

Wellington Dias – 13.327 votos

PL

Marcos Braz – 40.938 votos

Júnior da Lucinha – 19.732 votos

PSC

Rosa Fernandes – 26.409 votos

João Ricardo – 10.227 votos

PT

Tainá de Paula – 24.881 votos

Reimont – 16.082 votos

Luciana Novaes – 15.311 votos

Avante

Luciano Vieira – 24.070 votos

Márcio Ribeiero – 19.327 votos

Waldir Brazão – 8.322 votos

Cidadania

Teresa Bergher – 21.131 votos

Rafael Aloísio de Freitas – 18.851

Solidariedade

Jairinho – 16.061 votos

PMN

Luiz Carlos Ramos Filho – 15.692 votos

Democracia Cristã

William Coelho – 15.126 votos

Podemos

Carlos Eduardo – 15.026 votos

PROS

Jair da Mendes Gomes – 13.595 votos

PTB

Marcelo Arar – 12.330 votos

Márcio Santos de Araújo – 7.467 votos

Patriota

Renato Moura – 10588 VOTOS

Novo

Pedro Duarte – 10.069 votos

PSL

Rogério Amorim – 6.719 votos

MDB

Vitor Hugo – 5.423 votos

Martha Rocha cresce na Zona Oeste
Candidata do PDT vem recebendo apoio de sambistas e lideranças da região

Da Redação

Na primeira semana de novembro, a Delegada Martha Rocha cresceu 20% junto ao eleitorado da zona oeste. Em Bangu, onde a rejeição de Crivela e Eduardo Paes é mais de 50%, a candidata à Prefeita do Rio está recebendo apoio das lideranças do Bairro e dos sambistas da região. Eles reclamam que o atual e ex-Prefeito não cuidaram da Zona Oeste.

Ministério Público Eleitoral considera misógina a propaganda contra Martha da campanha de Paes
Tribunal Regional Eleitoral ainda vai julgar pedido de resposta solicitado pela candidata do PDT

 

Martha Rocha e Anderson Quack no Vidigal. Candidata aguarda julgamento do pedido de direito de resposta

 

Da Redação

A procuradora Regional Eleitoral, Silvana Batini, considerou “misógino e preconceituoso” conteúdo de propaganda eleitoral veiculada pela campanha do ex-prefeito Eduardo Paes que atacou a pessoa da delegada Martha Rocha, candidata da coligação “Unidos pelo Rio” (PDT – PSB).  Segundo o parecer da procuradora ao recurso impetrado pela defesa de Martha no Tribunal Regional Eleitoral, a mensagem da campanha de Paes que afirma que “Delegado preso com mala cheia de dólares dos bicheiros namorava Martha Rocha na época” teve a conotação de “ violência política de gênero contra a mulher pública”, prática que, segundo Batini, não pode mais ser tolerada no Brasil.

“Com sensacionalismo desmedido, trazem um efeito de degradação e ridicularização, e certamente são capazes de induzir o eleitorado a interpretar as assertivas como se a candidata fosse emocionalmente vinculada ao “crime organizado”, ou cúmplice íntima de condutas criminosas, especialmente porque é mulher. O ataque desborda do mero jogo político, ou da crítica política afeta ao período eleitoral, para criar estados mentais, emocionais ou passionais, especialmente pela exploração e pela exposição do relacionamento pessoal da candidata, o que caracteriza a propaganda irregular negativa — afirmou a procuradora em seu parecer.

Segundo o entendimento do MPE, a mensagem não tinha por objetivo criticar a competência de Martha à frente da Chefia de Polícia Civil, mas condená-la por ter “supostamente” namorado um delegado corrupto.

“ Tolera-se, no Brasil, que a mulher que ingressa na política seja regularmente criticada por sua aparência ou sua vida sexual. E isso precisa ser repelido enfaticamente. Esse aspecto, aliado a tantos outros, forma o quadro de desestímulo e desconforto que está na raiz da sub-representação histórica e crônica das mulheres na política. O limite que se deve impor no discurso político e eleitoral, nesse aspecto, deve ser mais rigoroso, porque importa em mudar uma cultura.

Silvana opinou pela procedência do recurso impetrado pelos advogados Vânia Aieta e Marcelo Weick para retirar do ar a propaganda irregular contra Martha, com pedido de direito de resposta. O caso deve ser julgado amanhã pelo Tribunal Regional Eleitoral.

“Finalmente, é de se ressaltar que é legítima a atuação do Poder Judiciário para assegurar direitos fundamentais de grupos historicamente vulneráveis, como mulheres, negros ou homossexuais, contra discriminações, diretas ou indiretas, sendo este o caso, estando a propaganda veiculada a merecer a reprimenda da Justiça Eleitoral.”

Martha Rocha garante que não vai aumentar impostos se for eleita
Afirmação foi feita durante live realizada pela Associação Comercial do Rio de Janeiro

 

 

Da Redação

A delegada Martha Rocha, candidata à Prefeitura do Rio pela Coligação “Unidos Pelo Rio” (PDT-PSB), afirmou que não vai aumentar impostos se for eleita. O compromisso foi feito durante participação em live promovida pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) nesta quarta-feira (04). “Não há em nosso plano de governo qualquer ação de aumento de impostos”, garantiu a candidata, que apresentou propostas e respondeu a perguntas dos diretores da ACRJ. Ela se colocou aberta ao diálogo com o setor empresarial e propôs, caso eleita, realizar um novo encontro com a ACRJ, nos primeiros 30 dias governo, para ouvir as proposições que mais afligem o setor. “É importante estabelecer uma conversa transparente que para que se possa dizer o que pode e não pode ser feito e o que é viável a curto, médio e longo prazo”, destacou.

Comércio ilegal

Quando questionada sobre como agiria em relação à expansão comércio ilegal, Martha comentou que esse é o reflexo do abandono e desordem que caracterizam a cidade do Rio atualmente e que prejudicam principalmente os pequenos e médio empreendedores. “Eu moro na Tijuca há 25 anos e não posso aceitar que um comerciante antigo e tradicional do bairro, que tem uma loja de roupas na Praça da Saens Peña, tenha na sua porta alguém vendendo produto pirata. Isso não é admissível”, afirmou Martha.  Ela contou que é necessário trabalhar com o ordenamento, para criar espaços destinados ao comércio informal. Entretanto, a candidata foi firme ao dizer que não vai compactuar com o comércio de produtos piratas ou roubados. “Hoje o roubo de carga é um braço do tráfico de drogas.”, destacou Martha, que defendeu a ação articulada da guarda municipal com a polícia militar para atacar os depósitos clandestinos desses produtos. Além disso, ela também ressaltou a importância de desenvolver uma campanha de conscientização da população contra a compra de produtos roubados e piratas. “É preciso que entendam que isso fomenta a atividade criminosa”, afirmou.

Martha ponderou que muitas pessoas buscaram no comércio informal uma saída após perderem o emprego com a crise econômica que já assolava o Rio e que piorou com a pandemia. Por isso, ela defendeu que é fundamental que a prefeitura cumpra a sua função de ordenar a cidade, mas também desempenhe a responsabilidade social de trazer essas pessoas de volta para o mercado formal. Criação de cooperativas, fomento a pequenos empreendedores e ajuda na qualificar das pessoas foram algumas das ações que ela destacou. “Eu digo sempre que a prefeitura é uma incubadora de oportunidades. Um exemplo é a água sanitária, que é um produto utilizado em qualquer administração. É possível, por exemplo, criar uma cooperativa para produção desse item e, assim, tirar essas pessoas da informalidade e colocar em uma atividade regulamentada. Elas deixam de ser ambulantes e se tornam empreendedoras”, contou.

Recuperação do Centro do Rio

Martha manifestou sua preocupação com a situação do Centro do Rio. “É um retrato do abandono de toda a cidade”, afirmou, ao criticar o descaso do atual prefeito com a região. Ela lamentou a falta de ações de assistência social da prefeitura para acolher os moradores de rua. Entre os projetos de seu plano de governo voltados para a região, ela destacou o Porto Cidade Criativa, que pretende trabalhar com a conectividade e trazer para o Rio empresas de comunicação, tecnologia e startups, no trecho entre o Porto e a Ilha de Fundão. Ela também comentou sobre a possibilidade de fazer uma ligação da Orla Conde aos armazéns, para tornar esse espaço atrativo às empresas de tecnologia e inovação. Para ela, a revitalização do Centro também é fundamental para voltar a atrair turistas e eventos.

A candidata ainda ponderou que a pandemia provocou um esvaziamento do Centro, com muitas empresas adotando novas modalidades de trabalho. Ela ponderou que é preciso pensar na possibilidade de aproveitar prédios que eram comercias para transformá-los em residenciais. “Discutir a questão de habitação de interesse social, que é um projeto já existente e que tem que ser visto sob a ótica do plano diretor da cidade do Rio”, destacou Martha.

Turismo

Ao falar sobre a importância do Turismo para a cidade, Martha observou que a atividade pode ser a chave para retomada mais imediata da economia do Rio. Para ela, é inaceitável que se repita o ocorrido este ano, quando São Paulo recebeu mais turistas no Carnaval do que o Rio. Ela apontou que isso é resultado da falta de organização e articulação. “Eu não sei sambar, mas tenho apreço pelo carnaval”, brincou a candidata ao ressaltar a importância do principal evento cultural do Rio. Ela contou que não vê problema na prefeitura apoiar as escolas de samba, mas defendeu que haja contrapartidas das agremiações. Ela cogitou, por exemplo, o uso dos espaços de convivência das escolas pela prefeitura para projetos destinados à terceira idade, de reforço escolar, esportivos e culturais. “Dinheiro público pressupõe o interesse público. É uma rua de mão dupla. Então é preciso que se possa ter projetos com a prefeitura para fortalecer a comunidade que está inserida naquela atividade da escola de samba”, pontuou a candidata. Ela também defendeu a importância de ações que estimulem o turismo por toda a cidade. Martha citou como exemplo o Parque do Medanha, em Campo Grande. Outra necessidade é o de desburocratizar a cidade, para atrair mais eventos. “Eu já acompanhei uma palestra do Medina, que disse que no Rock in Rio Lisboa ele precisa apresentar cinco certidões. Aqui no Rio, são mais de 40. É preciso mudar isso”, afirmou.

Questão financeira do município

Ao falar sobre a situação financeira do Rio, Martha se comprometeu a não aumentar nenhum imposto. “Eu tenho a clareza de que aumentar imposto não resolverá nada”. Aumentar a carga tributária só estrangularia ainda mais as empresas e cidadãos que já sofrem com a crise econômica. Ela contou o caso de um dono de restaurante em Campo Grande que comentou que pagava R$ 20 mil de IPTU e passou a pagar R$ 80 mil. “

Para Martha, o fundamental é fazer uma correção de rumos. “Um guardião não pode ganhar mais do que um médico ou professor”, destacou a candidata durante a live, relembrando o caso denunciado pela TV Globo de uso do dinheiro público pela prefeitura para pagar pessoas que impediam o trabalho da imprensa. A correção de rumos defendido por ela passa por cortar custos e usar o dinheiro público de forma racional. Ela observou que é preciso rever contratos, cobrar dos grandes devedores e facilitar o acordo dos pequenos devedores, para que possam quitar suas dívidas. “É preciso cortar na carne”, afirmou, citando o seu exemplo na assembleia legislativa. Os deputados estaduais têm direito a uma verba de 26 mil reais por mês, mas Martha se recusou a receber esse dinheiro. Em 14 meses, a assembleia economizou 500 mil reais. “Quem tem que pagar a conta do meu telefone, da minha gasolina sou eu”, disse.