Tecnologia Gêmeo Digital acelera em até 50% a implementação de melhorias nos processos das indústrias
Software desenvolvido pela Enacom está presente em mais de 20 grandes empresas brasileiras como Gerdau, Cemig e Eletrobras

A tecnologia do Gêmeo Digital é capaz de acelerar em até 50% a implementação de melhorias nos processos das indústrias dos setores elétrico, siderúrgico e logístico no Brasil. A estimativa é da Enacom, empresa especializada em soluções de softwares personalizados e pioneira na implementação da solução para os setores elétrico, siderúrgico e logístico, além de alguns projetos usando dados de saúde. A empresa utiliza sua própria plataforma  de gêmeo digital (Gemminus) para criar uma réplica virtual de ativos físicos, como aqueles que existem em toda a cadeia de planejamento e produção, otimizando principalmente o setor de supply chain. Com isso, consegue simular, controlar e otimizar diversas operações, fornecendo uma visão completa e detalhada do processo. Atualmente, mais de 20 grandes empresas brasileiras utilizam a solução desenvolvida pela Enacom como a Gerdau, Cemig, VLI, Eletrobras.

Na prática, com as réplicas virtuais dinâmicas dos equipamentos, é possível reproduzir tempos, movimentos, taxas e capacidades de cada um dos equipamentos. Essa representação é a base tecnológica para que camadas de inteligência e otimização sejam desenvolvidas. Na indústria siderúrgica, por exemplo, o Gêmeo Digital pode ser aplicado desde a produção do aço até a entrega final do produto, auxiliando as empresas a identificar problemas e tomar decisões mais estratégicas. Já nas usinas hidrelétricas do Brasil, o otimizador desenvolvido pela Enacom para o setor é responsável por analisar a capacidade de geração de cerca de 10% da matriz elétrica nacional. Na soma, a estimativa é de que softwares com inteligência computacional desenvolvidos pela empresa já tenham gerado economias e receitas na ordem de R$ 400 milhões.

 – A flexibilidade das nossas soluções é a chave. Algumas consultorias como Deloitte e McKinsey têm dado destaque ao “digital twin” como uma das principais tecnologias que irão impactar a indústria ao longo dos próximos anos. Os relatórios constatam que a tecnologia amplia o potencial de aumento de receita em até 10% –  diz Douglas Vieira, CEO da Enacom, empresa que completa 14 anos no mercado em 2023.

Douglas Vieira, CEO da Enacom.

Douglas explica ainda que o Gêmeo Digital é a melhor alternativa para as empresas que precisam de soluções sob medida, já que a flexibilidade que essa tecnologia oferece é muito superior às opções tradicionais. Diferente das soluções em que a organização se adequa aos softwares, o Gêmeo Digital oferece informações de qualidade para que os algoritmos de otimização sejam sensíveis, influenciando diretamente na tomada de decisão assertiva.

Indústria 4.0

O uso da tecnologia se tornou essencial para as chamadas indústrias 4.0 capturarem mais resultados, interpretando os dados disponíveis como ativos valiosos para a organização. O Gêmeo Digital participa desse processo ajudando a utilizar a informação disponível em diferentes sistemas para conseguir auxiliar a tomada de decisão, nos níveis estratégico, tático e operacional.

– A Enacom se posiciona como um agente de transformação da indústria 4.0. Tivemos a oportunidade de desenvolver o projeto mais audacioso de uma das maiores plantas siderúrgicas do país, onde o desafio é conectar as diferentes etapas da operação, utilizando Gêmeo Digital com aplicações de Machine Learning. A eficiência alcançada se traduziu em números, também com ganhos significativos em relação à capacidade produtiva e sequenciamento da produção – completa Dougas.

Eletrobras faz aporte de recursos em projetos de sustentabilidade
Obras beneficiarão região de hidrelétricas no Norte e Nordeste

Da Agência Brasil

A Eletrobras fez, nesta terça-feira (31), aportes no valor total de R$ 883 milhões para implementação de projetos de sustentabilidade na região das hidrelétricas pertencentes às empresas Eletrobras, Chesf, Furnas e Eletronorte. O montante decorre das obrigações previstas nos contratos de concessão fechados na capitalização da empresa. O valor é relativo à parcela de 2023 e resultado da aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desde a data da assinatura dos contratos,17 de junho de 2022, ao montante nominal total de R$ 875 milhões.

Os recursos financeiros serão anuais, por um período de dez anos, dos quais R$ 350 milhões da Chesf, destinados à revitalização de bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Parnaíba; R$ 295 milhões da Eletronorte, reduzir o custo total de geração na Amazônia Legal; e R$ 230 milhões de Furnas, empregados nas áreas de influência das hidrelétricas das empresas.

No projeto a ser implementado a partir do fundo formado para a Eletronorte, pró-Amazônia Legal, está também a melhoria da navegabilidade do Rio Madeira e do Rio Tocantins, além de programas de geração de energia renovável e interligação de sistemas isolados, que reduzam estruturalmente os custos de geração de energia elétrica suportados pela Conta de Consumo de Combustíveis.

Os programas são coordenados pelo governo federal, por meio de três comitês gestores, com participação multiministerial e de setores da sociedade civil. Cabe à Eletrobras propor e implementar as ações aprovadas pelo comitê do fundo de cada subsidiária. Os projetos de revitalização de bacias hidrográficas são regulamentados por decreto e envolvem ações que geram recarga das vazões afluentes e ampliam a flexibilidade operativa dos reservatórios, com o objetivo de preservar o uso prioritário e múltiplo das águas.

Segundo o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, os aportes feitos pela empresa marcam o início de um dos maiores programas ambientais do país, com investimentos de cerca de R$ 880 milhões por ano em projetos de revitalização de bacias hidrográficas, com ações de reflorestamento e preservação de nascentes, além de projetos de geração de energia renovável na Amazônia Legal, com a substituição de geração térmica atualmente existente.

“Além dos benefícios ambientais, os projetos definidos pelo governo federal e implementados pela Eletrobras serão responsáveis por grande geração de emprego e melhoria da qualidade de vida nas regiões de sua implantação, especialmente no Norte e Nordeste”, afirmou Ferreira Junior.

Privatização da Eletrobras é mantida para primeiro semestre de 2022
Conselho do PPI aprovou modelo de venda da Codesa e da CBTU

 

Da Agência Brasil

Apesar do adiamento da análise da privatização da Eletrobras pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o governo manteve o cronograma do leilão de capitalização da companhia no primeiro semestre do próximo ano. Segundo o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), a venda de ações da União para investidores privados deverá ocorrer no primeiro quadrimestre de 2022.

O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, disse que, apesar de o ministro do TCU Vital do Rêgo ter pedido vista, o órgão deu aval para que o governo continue com as próximas etapas da privatização da Eletrobras. “Essa foi uma grande vitória e um grande reconhecimento do trabalho do governo”, declarou.

Segundo a secretária executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Pereira, o único impedimento provocado pelo atraso da análise no TCU diz respeito à assinatura dos contratos de concessão de unidades geradoras de energia pela Eletrobras. Esta será uma etapa secundária, que ocorrerá após o leilão de privatização e necessita do aval do TCU para seguir adiante.

Desestatizações

Na reunião de hoje, a última do ano, o Conselho do PPI aprovou o modelo e as condições para a privatização de duas estatais: a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Minas Gerais, que administra o metrô de Belo Horizonte, e a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que administra os portos de Vitória e Barra do Riacho.

Em relação à Codesa, o governo fez uma série de ajustes para atender a exigências do TCU, que aprovou o processo de privatização na semana passada. Segundo o Ministério da Economia, o edital será publicado em breve, com a previsão de leilão no primeiro trimestre de 2022.

No caso da CBTU, a União venderá as ações em seu poder e concederá, por 30 anos, a linha 1 à iniciativa privada. O vencedor do leilão terá de construir a Linha 2, obra prometida há anos e não executada até hoje.

O Conselho do PPI também aprovou o modelo de concessão do Parque Nacional do Iguaçu (PR), cujo edital será publicano amanhã (17). Vencerá quem oferecer o maior valor, com o direito de administrar o parque por 30 anos. Em contrapartida, o vencedor terá de fazer investimentos de R$ 703 milhões.

Foram aprovadas a concessão de sete terminais pesqueiros e de três terminais portuários e a relicitação de empreendimentos concedidos à iniciativa privada e devolvidos (ou em processo de devolução) ao governo. O governo pretende leiloar novamente a Autopista Fluminense (BR-101/RJ); o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), perto de Natal, e a BR-040, entre Brasília e Juiz de Fora (MG).

Eletrobras tem lucro líquido de R$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre
Resultado foi impactado pela revisão tarifária periódica

 

Da Redação

A Eletrobras registrou um lucro líquido de R$ 1,6 bilhão nos três primeiros meses do ano, resultado 31% superior ao do mesmo período do ano passado. O resultado foi divulgado na noite de ontem (13), no Rio de Janeiro, pela assessoria de imprensa da estatal.

Os lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, chamados de Ebitda, subiram 11% em relação ao primeiro trimestre de 2020, atingindo R$ 3,8 bilhões.

Segundo a Eletrobras, o resultado foi positivamente impactado pela revisão tarifária periódica, a partir de junho de 2020. As provisões para contingências, no valor de R$ 932 milhões, prejudicaram o resultado final.

A Eletrobras informou, ainda, que continua buscando a “racionalização da carteira de participações societárias”. No primeiro trimestre, a empresa tinha participações em 83 sociedades de propósito específico (SPEs) e tem a meta de chegar a 49 até o fim do ano.

Os investimentos em geração no primeiro trimestre totalizaram R$ 273 milhões, dos quais R$ 133 milhões foram destinados a Angra 3. Em transmissão, a companhia investiu R$ 142 milhões, sendo a maior parte, R$ 96 milhões, destinada a reforço e melhorias.