Cinco dicas para ter sucesso em uma entrevista de emprego
Pontuar suas habilidades e conhecer a empresa estão entre os conselhos da especialista

 

 

Da Redação

Segundo dados do IBGE, o Brasil totalizou no levantamento do ultimo mês de agosto cerca de 12,9 milhões de desempregados, representando um aumento de 27% em 4 meses de pandemia. No mesmo momento em que as autoridades estão afrouxando o isolamento social e a sociedade se readapta à uma nova realidade, empresas começam a reabrir processos seletivos. No Centro Oeste Paulista, por exemplo, estão sendo disponibilizadas mais de 230 vagas diversas. Até o dia 2 de outubro, quem está em busca de emprego pode se inscrever para o mutirão virtual organizado pelo Governo do Estado de São Paulo e a UGT (União Geral dos Trabalhadores). São mais de 10 mil vagas e o número pode aumentar, pois as empresas podem incluir novas oportunidades. Em Brasília, a notícia é animadora: mais 620 vagas de emprego nesta terça-feira (29), com oportunidades para todos os níveis de escolaridade, com ou sem experiência.

Mas para garantir essas oportunidades, é preciso estar preparado para a tão esperada entrevista. “É preciso ter autoconhecimento e saber sobre a empresa a qual você está se candidatando e o cargo pretendido”, adverte Erika Linhares, executiva especialista em gestão de carreiras. A empresária aponta 5 dias importantes para se sair bem no encontro com os recrutadores. Confira:

1. Preparo é fundamental
Segundo a especialista, essa é a principal chave para o sucesso. Entender qual o cargo pretendido, como funciona a empresa, quais os objetivos e filosofias e se você tem o perfil para aquele trabalho. “É legal pesquisar tudo sobre a organização na internet, fazer um networking com alguém que trabalha lá. É preciso que você entenda as estratégias da empresa”, explica Érika.

2. Pontue as suas habilidades comportamentais
Nunca se ouviu falar tanto sobre soft skills como nos dias atuais. Isso porque com as mudanças desse “novo normal”, as instituições passaram a valorizar ainda mais as habilidades comportamentais do funcionário. “Hoje em dia, contrata-se, promove-se e demite-se por causa de comportamento. Uma das principais habilidades é a capacidade de trabalhar em equipe. Poder mostrar que vai ser parceiro, que vai ajudar e que vai ser ajudado. E mais importante, que você tem consciência que a competitividade está lá fora”, diz ela. “A habilidade de inovar e capacidade de resolução de problemas críticos são outros dois pontos muito requeridos pelas empresas em um candidato”, ressalta Erika. Portanto, pense sempre “fora da caixinha”. A lealdade em assumir compromissos e valorizar as missões e os valores da empresa também são muito importantes.

3. Exemplifique suas habilidades técnicas
Ao ver a descrição da vaga, você pode adequar o seu discurso ao que é exigido no trabalho pretendente. Use exemplos com fatos e dados do que você já realizou, assegurando a sua experiência com as atividades que serão desenvolvidas. “Mas se você não possui técnica em algum ponto, mostre-se disposto a aprender e fale sobre a sua agilidade de aprendizado”, completa a executiva.

4. Não tenha vergonha de falar sobre você
Mostrar autoconhecimento é um destaque na entrevista de emprego. Vale apresentar hobbies favoritos como leituras, esporte e seu estilo de vida. Fale sobre suas qualidades e defeitos. “É muito importante que a empresa saiba que você sabe exatamente onde você peca e que você está em constante melhoria para tentar minimizar isso”, sugere ela.

5. Esteja calmo
O que mais desestabiliza um candidato em uma entrevista é não saber responder o que lhe é perguntado. Quando você se prepara, esse risco é quase nulo. Se deixar o nervoso tomar conta e embaralhar todas as ideias que você se forçou a memorizar para falar, a aparência é que o candidato, além de despreparado, não está prestando atenção no recrutador. “Prestar atenção em quem está te entrevistando é essencial. Nas minhas experiências, muitas vezes eu perguntava uma coisa para o candidato e ele respondia outra completamente diferente porque não estava prestando atenção em mim e sim em tudo aquilo que tinha decorado, o que tinha que falar. Isso não vale a pena. Tem que prestar atenção e responder verdadeiramente demonstrando total interesse estar neste lugar”, finaliza Érika.

Sobre Erika Linhares: Executiva especializada em comportamento e cultura dentro de organizações, chegou a ser sacoleira aos 15 anos quando o pai, dono de uma imobiliária, perdeu tudo na década de 90. Trabalhou ainda na área pública na Prefeitura de Sete Lagoas, em Minas Gerais. Depois de entrar na faculdade de pedagogia, começou a carreira no sistema privado aos 19 anos, ganhando R$ 350 reais como atendente de loja. Vinte anos depois, deixou o mercado corporativo como diretora nacional de uma das maiores empresas do Brasil para atuar como gestora de carreiras em sua empresa, a B-Have. Mais de 15 mil pessoas e 600 parceiros comerciais passaram pela gestão da executiva.

Taxa de desemprego no Brasil cai para 11,8%, revela IBGE

A taxa de desocupação no Brasil fechou o trimestre móvel encerrado em setembro em 11,8%, uma leve queda em relação tanto ao trimestre anterior, finalizado em junho, quando 12% da população estavam sem trabalho, quanto ao trimestre que acabou em setembro do ano passado (11,9%).

Os dados foram apresentados hoje (31), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

O contingente de desocupados soma 12,5 milhões de pessoas, uma diminuição de 251 mil pessoas. Já a população ocupada atingiu 93,8 milhões, um aumento de 459 mil pessoas.

A população fora da força de trabalho permaneceu estável, com 64,8 milhões de pessoas. Já a taxa de subutilização ficou em 24%, uma redução de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, somando 27,5 milhões de pessoas que gostariam de trabalhar mais horas do que atualmente.

A população desalentada, que são pessoas que desistiram de procurar trabalho, soma 4,7 milhões de pessoas, um recuo de 3,6%.

País gera 43,8 mil empregos formais em julho

Pelo quarto mês consecutivo, houve geração de emprego formal no país, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (23), pelo Ministério da Economia. Em julho, foi registrada a abertura de 43.820 vagas de trabalho com carteira assinada, crescimento de 0,11% em relação ao estoque de junho.

O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. O saldo positivo em julho deste ano foi resultado de 1.331.189 admissões contra 1.287.369 desligamentos. Em julho de 2018, o resultado foi melhor: com saldo positivo de 47.319.

Nos sete meses do ano, foram criados 461.411 postos de trabalho (9.600.447 admissões e 9.139.036 desligamentos). Na comparação com o mesmo período de 2018, houve crescimento de 2,93%. O resultado de janeiro a julho deste ano é o melhor para o período desde 2014 (632.224).

Dos oito setores econômicos, sete contrataram mais do que demitiram em julho. O saldo ficou positivo na construção civil (18.721), serviços ( 8.948), indústria de transformação (5.391), comércio (4.887), agropecuária (4.645), extrativa mineral (1.049) e serviços industriais de utilidade pública (494). Apenas administração pública descreveu saldo negativo (315).

Resultados regionais

Segundo o ministério, todas as regiões do Brasil tiveram crescimento no mercado formal de trabalho em julho. O maior saldo foi na Região Sudeste, com 23.851 vagas de emprego com carteira assinada, crescimento de 0,12%. Em seguida, vêm Centro-Oeste (9.940 postos, 0,30%); Norte (7.091 postos, 0,39%); Nordeste (2.582 postos, 0,04%) e Sul (356 postos, 0,00%).

Das 27 unidades da federação, 20 terminaram julho com saldo positivo no emprego. A maior parte das vagas foi aberta em São Paulo, onde foram criados 20.204 postos de trabalho; Minas Gerais, com 10.609 novas vagas, e Mato Grosso, que teve saldo positivo de 4.169 postos.

Reforma Trabalhista

Do saldo total de julho, 6.286 vagas foram resultado da reforma trabalhista, número equivalente a 14,34% do total. A maior parte destes empregos veio na modalidade intermitente (quando o empregado recebe por horas de trabalho), que teve saldo de 5.546 postos, principalmente em ocupações como alimentador de linha de produção, servente de obras e faxineiro. Na categoria de trabalho em regime de tempo parcial, foram 740 vagas, em ocupações como faxineiro, auxiliar de escritório e operador de caixa.

Em julho de 2019, houve 18.984 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 13.918 estabelecimentos, em um universo de 12.592 empresas. Um total de 45 empregados realizou mais de um desligamento mediante acordo com o empregador.

País registra criação de 48,4 mil vagas de trabalho formal

A criação de empregos com carteira assinada teve saldo positivo em junho, com a criação de 48.436 vagas. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgado hoje (25) pelo Ministério da Economia.

O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. O saldo positivo em junho foi resultado de 1.248.106 admissões contra 1.199.670 desligamentos ocorridos no período

O resultado de junho foi o melhor para o período desde 2013, quando, no mesmo mês, foram geradas 123.836 vagas. Em junho de 2018 foram registradas mais demissões do que contratações, gerando saldo negativo de 661 vagas.

No primeiro semestre deste ano, foram criados mais 408.500 postos de trabalho ( 8.221.237 admissões e 7.812.737 desligamentos), o maior saldo para o período desde 2014 quando foram criadas 588.671 vagas. No mesmo período do ano passado, o saldo foi de 392.461 vagas.