Trump diz que negociações com a China vão começar em breve

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou esta manhã (26), em Biarritz, França, onde ocorre a cúpula do G7, que as negociações comerciais com a China vão começar “muito em breve”. Pequim contatou os negociadores norte-americanos durante a noite passada, propondo um retorno à mesa das negociações, revelou Donald Trump, admitindo a possibilidade de um acordo para acabar com a guerra comercial entre as duas potências.

Trump disse o presidente da China, Xi JinPing, é um “grande líder”, acrescentando que tem por ele grande respeito,  e que aprecia o desejo dele por um acordo feito com calma.

O vice-presidente chinês, Liu He tinha dito, no início da sessão de hoje da Bolsa de Shangai, que a China estava disposta a resolver a guerra comercial com os Estados Unidos, opondo-se firmemente à escalada do conflito.

A notícia e a confirmação posterior de negociações, pelo presidente norte-americano, teve um impacto positivo imediato na bolsa chinesa, detendo a queda acentuada da moeda chinesa face ao dólar.

EUA retiram todos os funcionários de embaixada da Venezuela

O governo dos Estados Unidos anunciou a retirada de todos os diplomatas e funcionários da embaixada norte-americana da Venezuela. Nas redes sociais, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, afirmou que a decisão foi tomada pela “deterioração” da  situação no país vizinho.

“Os EUA irão retirar o restante pessoal da embaixada esta semana. Esta decisão reflete a deterioração da situação na Venezuela, bem como a conclusão de que a presença de funcionários [dos EUA] tornou-se um constrangimento para a política dos Estados Unidos”, disse Pompeo no Twitter.

Sanções

Em comunicado do Departamento de Gabinete do Tesouro de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), o governo norte-americano anunciou ontem (11) sanções a um banco com sede na Rússia por manter negócios com o presidente “ilegítimo” da Venezuela, Nicolás Maduro.

O Evrofinance Mosnarbank (VTB Bank), banco de propriedade russa e venezuelana, é a primeira instituição financeira estrangeira punida por seus vínculos com a Venezuela. No caso, o banco mantinha negócios com a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA).

Pela decisão, serão congelados ativos e proibidas transações com indivíduos ou entidades dentro dos Estados Unidos ou em trânsito no país.

Alerta

“O regime ilegítimo de Maduro se beneficiou do sofrimento do povo venezuelano”, disse o secretário do Tesouro, Steven T. Mnuchin. “Esta ação demonstra que os Estados Unidos vão tomar medidas contra instituições financeiras estrangeiras que sustentam Maduro, regime ilegítimo e que contribui para o colapso econômico e crises humanitárias, que assolam o povo da Venezuela.”

O texto informa ainda que assim como os Estados Unidos, mais de 50 países apoiam Juan Guaidó, autodeclarado presidente da Venezuela, como representante do governo venezuelano.

No documento, há detalhes sobre a parceria firmada entre o então presidente Hugo Chávez, em 2011, e os russos no banco VTB Bank. Segundo o Tesouro norte-americano, VTB Bank é o segundo maior banco da Rússia.

China impõe tarifas sobre 128 produtos dos Estados Unidos

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Os presidentes Donald Trump, à esq., e Xi Jinping, da China

A China anunciou nesta segunda-feira (2) a imposição de tarifas comerciais sobre um conjunto de 128 produtos americanos, por conta das medidas que os Estados Unidos anunciaram no mês passado sobre as importações de aço e alumínio chineses.

Um conjunto de 120 produtos, entre eles frutas, frutas secas e vinho, terão tarifa de 15%, enquanto produtos suínos e afins terão 25%, segundo anúncio do Ministério do Comércio.

A medida, que entra em vigor hoje, é uma resposta às tarifas americanas sobre 25% nas importações de aço e 15% nas de alumínio procedentes da China.

Em um outro comunicado, o Ministério do Comércio chinês pediu aos Estados Unidos que retirem suas medidas contra o aço e alumínios chineses, que, segundo Pequim, violam as normas da Organização Mundial de Comércio (OMC).

A China já tinha anunciado, no último dia 23 de março, que iria impor essas tarifas se os EUA seguissem adiante com seus planos de tributar as importações de aço e alumínio procedente do gigante asiático.

Mesmo assim, Pequim sempre insistiu que queria evitar uma guerra comercial e advertiu o governo norte-americano para que não abrisse “uma caixa de Pandora”.

Déficit comercial dos EUA subiu para US$ 48,7 bilhões em outubro

O déficit no comércio de bens e serviços dos Estados Unidos subiu para US$ 48,7 bilhões em outubro, US$ 3,8 bilhões a mais que no mês anterior, informou nesta terça-feira (5) o Escritório do Censo do Departamento de Comércio dos EUA. Esse aumento de 8,6% marca o ponto mais alto do déficit comercial nos últimos nove meses, e supera o prognóstico dos analistas, que tinham antecipado que o indicador chegaria até cerca de US$ 47,5 bilhões. A informação é da EFE.

Os números de outubro são reflexo, em parte, do encarecimento das importações de petróleo e de um aumento notável da importação de bens procedentes de China, México e União Europeia (UE), combinado com uma queda nas exportações de alimentos, soja e aviões de passageiros, entre outros. O déficit em setembro também foi revisado para cima e ficou em US$ 44,9 bilhões.

Em outubro, as exportações americanas alcançaram os US$ 195,9 bilhões, apenas US$ 100 milhões a menos que em setembro, enquanto as importações chegaram a US$ 244,6 bilhões, US$ 3,8 bilhões acima do mês anterior.

Os resultados de outubro também refletem um aumento de US$ 3,8 bilhões do déficit no comércio de bens com o exterior, ao atingir os US$ 69,1 bilhões, assim como uma redução do superávit tradicional da troca de serviços, que caiu para US$ 20,3 bilhões (US$ 1,5 bilhão a menos).

Neste ano, o déficit no comércio de bens e serviços dos EUA aumentou US$ 49,1 bilhões em relação ao mesmo período de 2016, o equivalente a 11,9%. Isso se deve a aumentos tanto das importações, que cresceram em US$ 97,5 bilhões, equivalente a 5,3%, como das exportações, que subiram US$ 146,6 bilhões, ou 6,5% em relação ao ano passado.