Trump envia ao Congresso plano de princípios para futura reforma migratória

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, quer que uma futura reforma migratória inclua a construção completa do muro na fronteira com o México e um sistema de concessão de vistos baseado no mérito, de acordo com o plano de princípios enviado nesse domingo (8) ao Congresso. A informação é da Agência EFE.

O plano de Trump defende também um aumento no custo dos vistos para financiar a melhoria da segurança fronteiriça, o retorno ágil para seus países dos menores de idade que chegam sozinhos aos EUA, a maioria deles centro-americanos, e o fim do “abuso” no sistema de concessão de asilo.

Além disso, o presidente pretende melhorar o cumprimento e a aplicação das leis migratórias, com a contratação de mais 10 mil agentes para o Escritório de Controle de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) e 300 fiscais federais adicionais.

Segundo o rascunho ao qual a EFE teve acesso, o governo Trump está disposto a trabalhar com o Congresso para atingir três objetivos: garantir entradas nos EUA seguras e legais, defender a segurança do país e proteger os trabalhadores e contribuintes americanos.

Trump acredita que “é imperativa a completa construção do muro”, comentou à EFE um funcionário de alto escalão da Casa Branca.

O primeiro ponto do plano no quesito segurança de fronteira é o “financiamento e a construção completa do muro na fronteira sul”, uma ideia rejeitada totalmente pela oposição democrata.

Quanto à imigração baseada no mérito, a proposta de Trump contempla, sem dar números, estabelecer limites às permissões de residência ou green cards para cônjuges e filhos menores de idade daqueles que já vivem nos EUA, bem como criar um sistema de pontos para obter essas cartões.

Em agosto passado, Trump já apoiou um projeto de lei dos senadores republicanos Tom Cotton e David Perdue, que pretende reduzir à metade a entrada de imigrantes legais nos EUA ao longo da próxima década, por meio da redução da concessão de cartões de residência.

Junto com a segurança fronteiriça e a mudança nos parâmetros de aceitação de imigrantes, o plano de Trump enfatiza a necessidade de fazer cumprir as leis migratórias e fazer reformas para a rápida saída do país daqueles que ficam mais tempo do que é permitido pelo visto.

“Agora, simplesmente não temos as ferramentas para garantir o cumprimento das leis”, detalhou o funcionário da Casa Branca, ao lembrar a necessidade de contratar mais agentes e advogados para o ICE, juízes de imigração e promotores federais.

A proposta enviada ao Congresso não inclui a busca de uma solução para os 800 mil jovens sem documentos que evitaram a deportação e ganharam licenças de trabalho graças à Daca, um programa encerrado por Trump em setembro.

Apesar disso, o presidente falou aos líderes democratas no Senado, Chuck Schumer, e na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, sobre a possibilidade de se chegar a um acordo para substituir a Daca, mas até agora não se sabe de nenhum avanço.

O funcionário da Casa Branca insistiu na necessidade de que o Congresso elabore uma legislação para os beneficiários da Daca, lembrando que a Casa Branca gostaria que isso ocorresse “o mais rápido possível”.

Economia dos EUA supera previsão e cresce 3% no segundo trimestre

A economia dos Estados Unidos cresceu 3% no segundo trimestre de 2017, quatro décimos acima da primeira estimativa, informou hoje (30) o governo americano. O dado sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do país entre abril e junho representa um avanço frente ao cálculo anterior feito pelo Departamento de Comércio, que era de 2,6%. A informação é da EFE.

O crescimento de 3% também supera as previsões dos analistas, que tinham previsto um avanço de 2,8% do PIB dos EUA no segundo trimestre. Além disso, a expansão representa o melhor resultado para um trimestre dos últimos dois anos e é mais do que o dobro da registrada nos três primeiros meses deste ano, que foi de 1,2%.

Segundo o Departamento de Comércio, a revisão para cima ocorreu graças ao avanço das despesas dos consumidores, que representam dois terços da atividade econômica dos EUA e que chegou a 3,3% no trimestre, melhor dado em um ano.

De acordo com o relatório divulgado hoje, os americanos gastaram mais em bens, incluindo na compra de automóveis e serviços.

Os EUA estão há 11 anos registrando crescimento do PIB inferior a 3%. Em 2016, a economia avançou 1,6%, o menor ritmo desde 2011.

O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu que o país voltará a crescer entre 3% e 4% durante seu governo, graças à promoção de investimentos em infraestrutura e a um plano fiscal para reduzir os impostos no país. Apesar das promessas, nenhuma das duas iniciativas entrou em vigor até o momento.

Taxa de desemprego nos Estados Unidos cai para 4,3% em julho

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Hotelaria está entre os setores que mais gerou emprego nos EUA

A taxa de desemprego nos Estados Unidos (EUA) caiu um décimo em julho, chegando a 4,3%, e voltou a atingir seu nível mínimo em 16 anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Departamento de Trabalho americano. A informação é da Agência EFE.

A economia americana criou 209 mil novos empregos, acima dos 180 mil esperados pela maioria de analistas, um indicador positivo que respalda a solidez do mercado trabalhista nos EUA. Os setores que impulsionaram a criação de emprego foram a hotelaria, a saúde e empresas de profissionais liberais.

A média salarial registrou, além disso, uma moderada alta de 0,3%, até US$ 26,36 por hora.

A taxa de participação trabalhista também aumentou, de 62,8% a 62,9%, o que mostra que cada vez mais americanos retornam à busca ativa por emprego.

O presidente dos EUA, Donald Trump, reagiu rapidamente para comemorar o dado, quando se completam seis meses do seu mandato.

“Excelentes cifras de emprego recém divulgadas, e estou apenas começando. Muitos regulamentos que freavam a contratação continuam caindo. O impulso volta aos EUA”, escreveu Trump em uma mensagem em sua conta no Twitter.

Esse bom dado também favorece um novo aumento das taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed, banco central americano), atualmente entre 1% e 1,25%, antes do final do ano.

Banco Central dos Estados Unidos volta a aumentar a taxa de juros

Aumento da taxa de juros foi o primeiro no Governo Trump

O Federal Reserve dos Estados Unidos (Fed), equivalente ao Banco Central no Brasil, aumentou nesta quarta-feira (15) a taxa de juros de referência do país pela segunda vez em três meses, com uma margem entre 0,75% e 1%. No comunicado, o Fed advertiu que a inflação caminha para a meta de 2%. Ao anunciar o primeiro aumento dos juros na presidência de Donald Trump, o banco central não indicou se a taxa será aumentada mais rápido se a Casa Branca lançar uma política de estímulos econômicos com cortes de impostos e aumentos de gastos.