União Europeia avalia medidas mais rigorosas para importação de carne brasileira

O comissário da União Europeia para Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, disse hoje (29) que a União Europeia (UE) estuda medidas mais rigorosas para a entrada de produtos brasileiros em seus países-membros. Uma delas, segundo ele, seria o fortalecimento das verificações documentais.

Durante coletiva de imprensa em Brasília, Andriukaitis avaliou que o escândalo envolvendo a carne brasileira mostra a importância de se restaurar a confiança, a credibilidade e a previsibilidade dos sistemas de controle, além da necessidade de uma atuação rápida em casos como o investigado pela Operação Carne Fraca.

“Precisamos de um sistema de controle oficial e independente. Precisamos contar com plena confiança e montar um esquema de resposta imediata caso haja uma nova crise. A decisão de introduzir medidas mais rigorosas pela UE está em estudo. Estamos fortalecendo as verificações documentais, físicas, em todos os planos de interesse. E sugerimos que o países-membros verifiquem cada produto que entrar sem seu território”, disse.

Resistência antimicrobiana

Durante coletiva de imprensa, Andriukaitis falou sobre uma espécie de plano de ação desenvolvidos pelos continentes europeu e sul-americano na busca de soluções para questões globais que envolvem saúde pública – em particular, o uso excessivo e inadequado de medicamentos antimicrobianos (antibióticos).

“Isto tem a ver com implementar um sistema de rastreabilidade e de vigilância que vai nos apoiar em campo. Solicitamos aos nossos parceiros comerciais que introduzam as mesmas regras e os mesmos requisitos. Atuamos em estreita interação com eles. Certamente, avançaremos em nossas cooperações nestes moldes”, completou.

Balança comercial registra segundo melhor janeiro da história

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Soja, minério de ferro e petróleo impulsionaram o resultado

A recuperação do preço das commodities(bens primários com cotação internacional) fez a balança comercial registrar o segundo melhor resultado da história para meses de janeiro. No mês passado, o país exportou US$ 2,725 bilhões a mais do que comprou do exterior, crescimento de 198% em relação a janeiro de 2016 (US$ 915 milhões).

Os números foram divulgados hoje (1º) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O saldo da balança comercial em janeiro de 2017 só é inferior ao de janeiro de 2006 (US$ 2,835 bilhões).

No primeiro mês do ano, as exportações somaram US$ 14,911 bilhões, alta de 20,6% em relação a janeiro do ano passado, pelo critério da média diária. As importações totalizaram US$ 12,187 bilhões, aumento de 7,3% na mesma comparação, também pela média diária.

Em relação às vendas externas, o principal fator para a alta do valor exportado foi a recuperação do preço das commodities. De acordo com o ministério, o preço médio das exportações subiu 20,1% em janeiro, enquanto a quantidade aumentou 0,5% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O maior crescimento foi registrado nas exportações de produtos básicos, que subiram 30% em janeiro. Os destaques foram soja em grão (alta de 124,7%), minério de ferro (124,5%) e petróleo bruto (97,7%).

As vendas de semimanufaturados aumentaram 27,5%, puxadas pelo açúcar bruto (alta de 112,7%), semimanufaturados de ferro e aço (74,4%) e madeira serrada (32,8%). As exportações de produtos industrializados tiveram alta de 7,4%, com destaque para óleos combustíveis (271,2%), suco de laranja não congelado (251,2%) e veículos de carga (114%).

Importados

Em relação às importações, o crescimento decorreu principalmente da alta nas compras de bens intermediários, que subiram 22,8% em janeiro em relação a janeiro de 2016. Os destaques foram as compras de alimentos e bebidas (milho, cevada e trigo) e de insumos industriais (sulfetos de minério de cobre, fosfatos de cálcio e algodão não cardado).

A alta do preço internacional do petróleo também impulsionou as importações de combustíveis e de lubrificantes, que cresceram 15,8% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Isso porque os preços mais altos encareceram as compras de óleo diesel, gasolina e querosene.

Brasil exportou US$ 36,6 bilhões em bens minerais em 2016

Setor respondeu por 20% das exportações do Brasil

Por: Portal Brasil

O setor de mineração brasileiro teve um superávit comercial de US$ 18,1 bilhões, resultado das exportações de US$ 36,6 bilhões e importações de US$ 18,5 bilhões em bens minerais em 2016. Os dados foram consolidados pela Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM) do Ministério de Minas e Energia, e abrangem a mineração (indústria extrativa, sem petróleo e gás) e a indústria da transformação mineral (metálicos, não metálicos e compostos químicos).

As exportações do setor mineral participaram com cerca de 20% do  total das exportações da balança comercial brasileira em 2016, que apresentou superávit de US$ 47,7 bilhões com exportações de US$ 185,2 bilhões e importações de 137,5 bilhões.

Em 2016, as exportações da mineração (indústria extrativa, excluindo petróleo e gás) participaram com 9,4% do resultado total brasileiro. Os embarques de minério de ferro, principal item dessa pauta, aumentaram 2,1%, passando de 366,2 milhões de toneladas em 2015 para 374 milhões de toneladas em 2016. Entretanto, a receita gerada com essas vendas recuou 5,6%, atribuindo-se ao fraco desempenho das exportações de pelotas, que declinaram 42,5% e 53,7%, em volume e valor, respectivamente. As exportações de minério de ferro representaram 76% do total da mineração; 36 % do setor mineral e 7,2 % das exportações brasileiras, em 2016.

As importações da mineração totalizaram US$ 5,4 bilhões, apresentando queda de 21,7%, em relação a 2015. Além do declínio em volumes importados, com exceção do potássio, observou-se acentuados recuos dos preços das principais commodities dessa pauta que são Carvão Metalúrgico, Cobre (concentrado), Enxofre e Rocha fosfática.

No período, a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), os royalties da mineração, aumentou cerca de 18,3% em relação a 2015, passando de R$ R$ 1,519 bilhão em 2015 para 1,797 bilhão neste ano. No período de janeiro a novembro de 2016, foram expedidos 12.607 alvarás de pesquisa, outorgadas 452 concessões de lavra e aprovados 1.541 relatórios de pesquisa.