Manuscritos de hinos brasileiros serão exibidos em Minas
Exposição vai até dia 7 de setembro

 

Da Agência Brasil

O estado de Minas Gerais exibe, a partir de terça-feira (26), os manuscritos dos quatro mais importantes hinos brasileiros: da IndependênciaNacionalda Bandeira da Proclamação da República.

Todo esse acervo ficará em exposição inédita, no Palácio da Liberdade. Também integram exposição Já Raiou a Liberdade: Hinos do Brasil composições históricas, como o Hino da Feliz Aclamação de D. João VI e a Estrela do Brasil.

Os manuscritos originais estavam arquivados na Biblioteca da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na capital fluminense. O material ficará exposto até 7 de setembro. Em seguida, os documentos serão restaurados e encaminhados para Brasília.

A iniciativa, que abre as comemorações do Bicentenário da Independência, é organizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) em parceria com o programa Arte de Toda Gente, da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com curadoria de sua Escola de Música.

Hinos

Em 6 de setembro de 1922, o Decreto nº 15.671 oficializou a letra definitiva do Hino Nacional, escrita por Osório Duque Estrada em 1909. A música é de Francisco Manoel da Silva. O Hino da Bandeira, escrito pelo poeta Olavo Bilac, foi apresentado pela primeira vez em 1906.

Hino à Proclamação da República do Brasil é de 1890 e tem letra de Medeiros e Albuquerque e música de Leopoldo Américo Miguez. O mais antigo é o Hino da Independência, composto pelo próprio D. Pedro I, em 1822.

Exposição marca 85 anos de criação do Museu Nacional de Belas Artes
Público reduzido poderá apreciar obras incorporadas ao acervo

 

Da Agência Brasil

O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro, comemora amanhã (13) 85 anos de criação, oferecendo a uma parte reduzida de público a possibilidade de apreciar presencialmente obras incorporadas recentemente ao acervo. A incorporação foi feita por meio do projeto MNBA: Aberto para obras, que acontece às quintas-feiras, no horário das 15h às 16h. As vagas são limitadas a 30 participantes, que podem se inscrever pelo e-mail do museu (mnba.eventos@gmail.com) 

O conjunto de obras incorporadas à coleção do MNBA resultou de ação do Ministério Público Federal, da Advocacia-Geral da União e do Instituto Brasileiro de Museus, no fim de 2021. São dez trabalhos do artista Di Cavalcanti (1897-1976), uma obra de Djanira (1914-1979) e outra do artista romeno naturalizado brasileiro Emeric Marcier (1916-1990).

A diretora do MNBA, historiadora Vera Lúcia Mangas, disse que considerou que “esse dia de comemoração dos 85 anos seria  bom momento para a primeira apresentação ao público, embora reduzido, não só por causa da obra no espaço, mas pelos cuidados necessários em relação à pandemia. “Vai ser uma primeira apresentação desses trabalhos, obras de arte de extrema relevância para a cultura nacional, além de importante incorporação ao acervo do museu”.

Lava Jato

A incorporação das obras ao acervo foi estabelecida em acordo  firmado por Rosana Messer e Dan Messer, esposa e filho, respectivamente, do doleiro Dario Messer, preso no âmbito da Operação Lava Jato. As 12 obras são avaliadas em R$ 13 milhões, sendo que apenas a coleção de dez quadros de Di Cavalcanti tem valor estimado de R$ 10 milhões.

Vera Lúcia Mangas ressaltou que esse é um valor material. “Um conjunto de obras de um artista da relevância de Di Cavalcanti, para museu público, tem valor inestimável. A gente poder apresentar esse conjunto para a sociedade brasileira extrapola o valor monetário”.

Além da exibição dos quadros, haverá palestra sobre o acervo, dada por técnicos do MNBA. A incorporação das peças foi feita próximo das celebrações dos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, que ocorreu em São Paulo entre os dias 11 e 18 de fevereiro daquele ano, no Teatro Municipal.

As obras são: Retrato feminino – 1965, Carnaval – 1960, Retrato de duas figuras femininas – 1967, Paisagem com barco – 1971, Três figuras femininas (Mulheres com Bandolim), Figura feminina janelaRetrato de figura feminina – 1967, Figura Feminina e gato, Duas figuras femininas com flor e Seis figuras femininas, todas de Emiliano Di Cavalcanti, além de Vendedor de Abacaxi, de Djanira de Motta e Silva, e Paisagem Urbana, de Emerie Marcier.

As 12 obras foram incorporadas ao museu no fim de 2021 e se encontram atualmente em processo de catalogação e registro, passando ainda por análise da área de conservação. A avaliação é feita para que se possa prever, ainda em 2022, com a conclusão das obras de restauração do museu, sua incorporação ao circuito expositivo, informou a diretora.

Obras

As obras envolvem a restauração das fachadas internas e externas do MNBA e de suas três cúpulas, além da instalação e modernização de toda a parte elétrica e de combate a incêndio. Vera Lúcia estimou que 60% das obras já foram concluídas. A partir de agora, os operários farão a restauração da fachada principal, situada na Avenida Rio Branco, região central do Rio, e das cúpulas. O término está previsto para outubro deste ano.

Projetos para a nova fase do museu já estão sendo analisados. Toda a área técnica está voltada para repensar o circuito expositivo de longa duração. Do mesmo modo, algumas exposições estão sendo finalizadas. “A gente precisa só aguardar a questão dos espaços e das datas para confirmar com segurança”, acrescentou Vera Lúcia.

Museu do Pontal reabre com seis exposições
Público terá ainda agenda para os fins de semana do mês

 

Da Agência Brasil

O Museu do Pontal, referência internacional em arte popular brasileira, reabre hoje (6), após o recesso de fim de ano, com seis exposições instaladas e uma agenda para os fins de semana deste mês, destinada a crianças e famílias.

A programação inclui diversas atividades gratuitas, e as inscrições podem ser feitas na recepção do museu, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, inaugurado em outubro do ano passado.

O público poderá ver as seis exposições inaugurais “Novos ares: pontal reinventado”, sendo uma de longa duração e cinco temporárias, que reúnem 700 conjuntos de obras, com cerca de 2 mil peças do acervo do museu e de importantes coleções convidadas. Por causa dos controles sanitários, a programação dos fins de semana, com jogos interativos, tem capacidade limitada, e o critério de entrada é a ordem de chegada.

Atividades

Entre as atividades programadas estão a Oficina de Pintura com Tintas Naturais, com Jhon Bermond; a Intervenção de Palhaços: Arte do Cotidiano; a Oficina de Catavento, com rotações especiais; a Oficina de Pipas; e a Contação de Histórias, com o grupo Os Tapetes Contadores de Histórias, que apresentará grandes autores como Ana Maria Machado, Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, Manoel de Barros, Ricardo Azevedo, além de contos populares.

Quem preferir acompanhar a Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira, com os arte-educadores Beatriz Bessa e Pedro Cavalcante, poderá escolher horários de manhã ou à tarde. A criançada e as famílias vão poder se divertir também com o Baú de Brinquedos Populares, coordenado pela equipe do museu, com ioiôs, bilboquês, petecas, piões, fantoches, elásticos e cordas para pular, giz para riscar amarelinha e bambolês. As esculturas presentes nas exposições, especialmente na Brincares – brincadeiras e brincantes, são a inspiração para a atividade.

Alimentação

A alimentação pode ficar por conta da Cafeteria Divino Café. Com os protocolos sanitários, o atendimento é feito nas oito mesas instaladas na área externa do museu, todas protegidas por ombrelones. Haverá um cardápio especial para quem preferir fazer um piquenique na ampla Praça-Jardim do museu. O cardápio, desenvolvido pelo chef Diogo Gioia, terá três opções de café da manhã e diversos itens salgados e doces.

A diretora curadora Angela Mascelani, que está à frente do Museu do Pontal junto com o diretor executivo Lucas Van de Beuque, disse que a reabertura do espaço cultural, com as exposições e a programação pensada para crianças, dá continuidade à proposta de manter viva a cultura popular. “O que se faz no museu é plantar o futuro. O museu está o tempo todo voltado para a ideia de futuro, e as memórias e tradições pavimentam esse futuro, porque dão uma ancoragem”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.

Para a diretora, a área aberta da sede favorece a organização de programações no local. “É um espaço muito amplo, a área aberta é enorme, tem mais de 3 mil metros quadrados, e o público fica em situação mais segura para a visita. É pedida a caderneta de vacinação. A gente toma todos os cuidados sanitários”, lembrou.

Angela disse ainda que antes da inauguração da nova sede, mesmo no período de pandemia, o museu não deixou de promover debates e cursos virtuais para manter a divulgação da arte popular brasileira. “A gente incrementou a parte do museu online, que esteve presente com grande participação de público em cursos, seminários, encontros e lives. Isso potencializou a capacidade de podermos trabalhar no Brasil inteiro, de certa forma. Os eventos presenciais têm em si a dificuldade de trazer as pessoas para o Rio de Janeiro e com um museu que tem acervo de abrangência nacional, é muito importante que pessoas de todos os outros territórios sejam ouvidas. A gente deu continuidade a isso com bastante adesão do público, que quer debater esses temas e ter um lugar não só de formação, mas de informação”, observou.

Acervo

O acervo do museu, fundado em 1976 pelo artista e colecionador francês Jacques Van de Beuque (1922-2000), é referência em arte popular brasileira e o mais significativo desse segmento no Brasil, com mais de 10 mil obras de 300 artistas. As peças foram reunidas a partir de pesquisas e de viagens que o colecionador fez pelo país.

As visitas ao Museu do Pontal podem ser feitas de quinta a domingo, das 10h às 18h. O acesso às exposições se encerra às 17h30, meia hora antes do horário de fechamento do espaço.

Exposição mostra como seria Brasília desenhada por outros arquitetos
Projeto desenhado por Lúcio Costa foi o vencedor em 1957

 

Da Agência Brasil

Brasília como é; e Brasília como poderia ter sido. Essa é a reflexão que o público poderá fazer ao visitar, no Centro Cultural Três Poderes da capital federal, o Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, onde está em cartaz até 16 de dezembro a exposição Outra Brasília Nunca Mais – Uma Exposição em Realidade Aumentada.

Nela, estão os sete projetos finalistas que, entre 1956 e 1957, disputaram o Concurso Nacional da Novacap que definiu as linhas da cidade que Juscelino Kubitschek construiria nos anos seguintes.

As sete propostas urbanísticas para a construção de Brasília possibilitam, ao público, imaginar como seria o futuro, caso o projeto desenhado por Lúcio Costa, de uma cidade no formato de um avião, não tivesse vencido o concurso.

Brasília como é; e Brasília como poderia ter sido. Essa é a reflexão que o público poderá fazer ao visitar, no Centro Cultural Três Poderes da capital federal, o Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, onde está em cartaz até 16 de dezembro a exposição Outra Brasília Nunca Mais – Uma Exposição em Realidade Aumentada.

Nela, estão os sete projetos finalistas que, entre 1956 e 1957, disputaram o Concurso Nacional da Novacap que definiu as linhas da cidade que Juscelino Kubitschek construiria nos anos seguintes.

As sete propostas urbanísticas para a construção de Brasília possibilitam, ao público, imaginar como seria o futuro, caso o projeto desenhado por Lúcio Costa, de uma cidade no formato de um avião, não tivesse vencido o concurso.

Daldegan, que também é diretor, roteirista e cenógrafo, considera “feliz” a decisão do júri do concurso, que dividiu as cinco premiações com os sete planos finalistas. “Foi uma forma de contemplar os grandes nomes da arquitetura moderna brasileira”, disse ao lembrar que a proposta de Lúcio Costa “foi quase unanimidade entre o júri nacional e internacional”.

O curador lembra que, em 1987, todo o conjunto arquitetônico foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade. “Foi reconhecido pelas relações entre as quatro escalas urbanas: a monumental, a residencial, a bucólica e a gregária, além de sua arquitetura inovadora.”