Ministério investiga Facebook por violações à privacidade

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, abriu novo processo contra o Facebook para investigar supostas violações à privacidade e proteção de dados não somente de usuários da plataforma como de outros indivíduos. O Facebook tem até 10 dias para responder à notificação. Segundo o órgão, se comprovadas as violações, a empresa pode pagar multa de até R$ 10 milhões.

A Senacom apura supostos abusos no tratamento de dados sensíveis. Entre eles estariam informações de saúde como frequência cardíaca e ciclo menstrual, conteúdos de mensagens e e-mails privados e localização dos usuários. O tratamento irregular envolveria inclusive registros de pessoas que não são usuários da plataforma.

Essas informações teriam sido obtidas por meio de aplicativos. O Facebook funciona como plataformas para diversos apps, permitindo que esses ofereçam serviços e, para isso, coletem dados dos usuários. O aplicativo FaceApp foi um dos que recentemente geraram polêmica e questionamentos.

O processo aberto pelo MJ é o terceiro contra o Facebook por suspeitas de práticas irregulares relacionadas a dados de internautas. Em agosto, a Senacom cobrou esclarecimentos da companhia pelo acesso indevido ao conteúdo de mensagens do FB Messenger.

Em março, o órgão instaurou dois processos contra a rede social, sendo um pelo compartilhamento ilegal de dados a partir do recurso de login usando a conta do Facebook e outro pela atuação de hackers que teriam invadido contas de usuários brasileiros e obtido informações como nome, e-mail, lugares onde a pessoa foi e buscas realizadas.

Plataforma do Facebook é opção para comunicação interna das empresas

Mauro
Mauro avalia que a plataforma facilitará a inovação

Lançado em outubro do ano passado pelo Facebook, o Workplace, versão para empresas da rede social, vem se tornando uma importante ferramenta para a comunicação interna das organizações. Com mais de 4 mil colaboradores, a Unimed-Rio anunciou recentemente que adotou a plataforma como a rede de comunicação interna, com o objetivo de melhorar a comunicação e produtividade.

O Workplace tem funções semelhantes aos do Facebook como o Feed de Notícias, os Grupos, a possibilidade de mandar mensagens e criar em diversos formatos, como vídeos ao vivo. Atualmente, mais de 14 mil empresas utilizam a plataforma.

“Quanto mais próxima for a experiência de comunicação das pessoas dentro da empresa da que elas têm em suas rotinas pessoais, maior a possibilidade de colaboração e engajamento, características que são fundamentais para o sucesso hoje”, explica Mauro Madruga, superintendente de Comunicação e Marketing da Unimed-Rio. “Neste sentido, o conceito de  Workplace do Facebook transforma o modelo de intranet tradicional, gerenciado pelas áreas de comunicação em um ambiente de trabalho em que todos são protagonistas, criadores de conteúdo e corresponsáveis pela organização e circulação de informações dentro da empresa. Esse empoderamento das pessoas é uma das bases da transformação pela qual a Unimed-Rio está passando”, detalha.

O principal objetivo da Unimed-Rio com a implementação da plataforma é dar voz a todos os seus colaboradores, que poderão dividir opiniões com os demais profissionais, ações do dia a dia de trabalho, projetos, dúvidas e o que mais for necessário para otimizar tempo e colaborar com a sua produtividade. “As possibilidades de inovação, produtividade e eficiência são inúmeras. Os vídeos ao vivo trarão, por exemplo, mais dinamismo aos treinamentos e eventos da cooperativa, permitindo a participação de todos, seja presencialmente ou à distância. A versão mobile é outra novidade de grande impacto, pois permite o fim das distâncias e uma nova dinâmica de participação no dia a dia da empresa”, completa Madruga.

Mark Zuckerberg publica manifesto e defende ‘comunidade global’

MarkZuckerberg
Manifesto foi resposta a críticas que o Facebook vem recebendo

O presidente executivo (CEO) e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, escreveu um longo texto em seu perfil direcionado aos usuários da rede social para mostrar sua visão de mundo e defender a globalização e a ideia de uma “comunidade global” sustentada pelo Facebook. As informações são da Agência italiana Ansa.

O texto foi publicado num momento em que o tanto Zuckerberg como o Facebook tem sido alvo de críticas e acusações de censura, discurso de ódio e de alegadas inconsistências na aplicação de políticas de conteúdo. Além disso, a rede é acusada de influenciar nos resultados das eleições norte-americanas, que elegeu Donald Trump, por conta da propagação de notícias falsas (“fake news”).

“Nossas maiores oportunidades são globais – como espalhar a prosperidade e a liberdade, promover a paz e a compreensão, tirar as pessoas da pobreza e acelerar a ciência. Nossos grandes desafios também exigem respostas globais – como acabar com o terrorismo, lutar contra as mudanças climáticas e prevenir pandemias. O progresso agora exige que a humanidade se una, não como cidades ou nações, mas como uma comunidade global”, escreveu o CEO do Facebook.

No texto, Zuckerberg também propõe uma série de medidas para a construção dessa “comunidade global”, tidas como os “cinco mandamentos” que consistem em comunidades solidárias, comunidades seguras, comunidades informadas, comunidades civicamente engajadas e comunidades inclusivas.

“A precisão de informação é muito importante. Nós sabemos que existe desinformação e até conteúdos descaradamente falsos no Facebook, e nós levamos isso muito a sério. Fizemos progresso ao combater farsas da forma que combatemos spam, mas temos mais trabalho”, pontuou o dirigente do Facebook.