Feriados de abril aumentam arrecadação do ISS Turismo no Rio
Total estimado é 15% superior ao de 2019, último ano antes da pandemia

Da Agência Brasil

O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) de turismo pode fechar o mês de abril com arrecadação de R$ 16,6 milhões no município do Rio de Janeiro. A estimativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação e da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) é baseada no número de feriados do mês: a Sexta-Feira da Paixão (7) e o Dia de Tiradentes (21), que são nacionais, e o Dia de São Jorge (23), feriado estadual.

Pelos cálculos da secretaria e da Riotur, o total estimado é 15% superior à arrecadação obtida em 2019, último ano antes da pandemia de covid-19. O estudo especial Economia do Turismo no Rio, desenvolvido pela secretaria, indica que o mês é importante para a economia do município e representa 8,9% de toda a arrecadação do ISS Turismo ao longo do ano.

“A vinda de turistas para o Rio tem um impacto incrível na economia. Falamos aqui de quase R$ 17 milhões só em abril com arrecadação de ISS. Isso representa quase 10% da arrecadação do ano de ISS dos turistas. O Rio de Janeiro já tem uma geografia que ajuda muito essa atração, e a Riotur tem feito um papel de potencializar e de ajudar a divulgar as coisas que acontecem no Rio de Janeiro”, disse o presidente da empresa, Ronnie Costa, à Agência Brasil.

Os dados indicam que, em abril de 2019, o Rio arrecadou R$ 14,4 milhões com impostos ligados ao turismo. O valor caiu nos dois anos seguintes, quando a economia sofreu os impactos da pandemia, principalmente no setor de turismo. Em 2020, a arrecadação atingiu R$ 7,2 milhões e, em 2021, ficou em R$ 5,5 milhões, volumes bem mais baixos que o estimado para este ano.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, Chicão Bulhões, além dos turistas estrangeiros e nacionais, os próprios moradores da cidade ajudam a movimentar a economia nos feriados, que são períodos importantes para o Rio, que recebe milhares de turistas brasileiros e estrangeiros. Além disso, os feriados oferecem ao carioca oportunidade de circular um pouco mais pela cidade, diz nota da secretaria. “Tudo isso ajuda a movimentar a economia da nossa cidade, que tem forte vocação no turismo”, acrescenta o texto.

No ano passado, a situação foi diferente. Com a incidência da covid-19 mais controlada, houve carnaval fora de época, com a transferência dos desfiles das escolas de samba para abril. Dados coletados na Passarela do Samba, para a publicação Carnaval de Dados, elaborada pela secretaria, em parceria com a Fundação João Goulart e a Riotur, mostraram que o perfil do público dos desfiles era composto na maioria por brasileiros. Entre eles, 68,8% de moradores da região metropolitana do Rio de Janeiro, 25,4% de turistas nacionais e 5,8% de turistas estrangeiros.

Atrações no ano inteiro

Para Ronnie Costa, os feriados são fundamentais para manter a cadeia do turismo ativa. Por isso, a Riotur tem trabalhado ativamente na divulgação da cidade com foco nesses períodos, apresentando a programação, as ofertas e buscando atrair os turistas que estão nas cidades e estados próximos. Segundo Costa, os visitantes mais assíduos são do interior de São Paulo

“Passados o réveillon e o carnaval, o Rio de Janeiro continua pujante, graças a Deus. Primeiro ano de retomada pós-pandemia, e a Riotur está muito feliz em poder contribuir para que as pessoas continuem vindo, frequentando e visitando o Rio de Janeiro”, afirmou Ronnie Costa.

O presidente da Riotur destacou que a cidade tem atrações e atividades no ano inteiro, não é só na época do carnaval e do réveillon. “A cidade tem muitos eventos e muitos atrativos e, através da prefeitura e da Riotur, estamos ajudando a mostrar que o Rio de Janeiro continua o ano inteiro preparado para receber todos os turistas.”

Mortes em estradas federais caem 19% no carnaval deste ano

Balanço da Operação Carnaval deste ano nas estradas federais do país, divulgado hoje (7) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), mostra que houve redução no número de mortos, de acidentes, de feridos e ultrapassagens perigosas.

Houve queda de 19% nas mortes nas rodovias federais do país de 1ª a 6 de março, na comparação com o número registrado na Operação Carnaval do ano passado. Ao todo, 83 pessoas morreram. Em 2018, foram 103 mortes.

O número de acidentes diminuiu 24% em relação a 2018, passando de 1.518 no carnaval passado para 1.157 neste ano. Dados da PRF mostraram também que teve queda de 22% nas ultrapassagens irregulares.

Os acidentes deixaram 1.464 feridos, o que representa redução de 7% em relação ao total de 1.569 pessoas feridas no carnaval passado.

Os agentes da PRF fiscalizaram 185.741 veículos, resultando em 63.313 autos de infração. Foram registrados 8.542 flagrantes de ultrapassagens indevidas, que, segundo a polícia, estão entre as principais causas de colisões frontais.

Ainda em relação a flagrantes, houve 5.206 autuações por falta do uso de cinto de segurança, número 13% maior que no ano anterior. Ao todo, 68.153 motoristas foram submetidos aos testes de bafômetro que resultaram em 1.959 autuações por embriaguez ao volante neste ano. No ano anterior, foram feitos 52.585 testes que resultaram em 1.629 multas.

A PRF registrou 1.040 pessoas pilotando motocicletas sem o uso de capacete, além de 846 crianças transportadas sem os cuidados necessários, o que corresponde a um crescimento de 44% e 16%, respectivamente, em relação ao ano passado.

Sobre criminalidade, a polícia apreendeu 956 quilos (kg) de maconha e quase 152 kg de cocaína. Segundo os dados, 23 armas de fogo, 699 munições e 121.650 maços de cigarro foram apreendidos, 82 veículos foram recuperados e 673 pessoas foram presas por diversos crimes.

De acordo com a PRF, ações de conscientização e educação para o trânsito alcançaram 21.269 pessoas em todo país durante a Operação Carnaval 2019. “Com isso, a PRF segue rumo ao alcance da meta estabelecida para o período. Em 2010, foram registrados 183.456 acidentes e 8.623 óbitos nas rodovias federais. Em 2017, o número de acidentes foi de 89.318 e 6.244 óbitos, em 2018 já foram 69.114 acidentes e 5.259 óbitos”, destacou a polícia.

Segundo dados do órgão, entre 2014 e 2017, a frota de veículos no Brasil passou de 86.700.490 para 96.790.495, um aumento de 11,6%.

Operação Corpus Christi reforça policiamento em rodovias federais

Com a chegada do feriado e a previsão de aumento no fluxo de veículos em rodovias federais a partir de amanhã (15), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagra a Operação Corpus Christi 2017 e reforça o policiamento nas BR’s de todo o país até o próximo domingo (18).

Com o objetivo de reduzir o número de acidentes de trânsito, a operação vai contar com 2.083 viaturas, 1.056 motocicletas, 2.411 aparelhos etilômetro (o bafômetro) e 396 radares portáteis.

A PRF tamém dá dicas aos motoristas que forem viajar: dormir uma boa noite de sono antes de pegar a estrada; fazer a revisão no veículo; manter uma distância segura do veículo à frente; usar o cinto de segurança e ligar os faróis. As dicas são essenciais para ajudar na prevenção de acidentes.

Além de ressaltar a importância do motorista respeitar os limites de velocidade e não consumir álcool, em alguns postos a PRF vai convidar condutores a assistir vídeos que mostram comportamentos inadequados no trânsito.

Estradas do Rio têm 80 acidentes e 5 mortos no feriadão

O número de multas por excesso de velocidade nas rodovias federais no estado do Rio de Janeiro no feriado prolongado de Tiradentes foi quase seis vezes maior neste ano que no mesmo período de 2016. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram 3.352 por excesso de velocidade frente a 608 multas anotadas na mesma época no ano passado.

Nesses quatro dias da operação Tiradentes – de quinta (20) a domingo (23) – houve 80 acidentes, cinco mortos e 106 feridos. Com o reforço da fiscalização nos trechos com mais índices de acidentes, a operação registrou 2,4 mil infrações de trânsito. Policiais rodoviários federais flagraram 10 motoristas dirigindo sob efeito de álcool.
Além dessas, as infrações mais constantes foram o não uso do cinto de segurança, motociclista sem usar capacete, carteira de habilitação vencida há mais de 30 dias e ultrapassagem proibida. No combate ao crime, foram presas 21 pessoas e recuperados 15 veículos.

Em 2016, houve 69 acidentes, quatro mortes, 73 feridos, 15 multas por embriaguez, dez prisões e dois veículos recuperados.