Indicador sobre tendências do mercado de trabalho recua em fevereiro

O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), da Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 1,8 ponto de janeiro para fevereiro e chegou a 99,3 pontos, em uma escala de zero a 200. A queda veio depois de o indicador subir 10,3 pontos nos três meses anteriores. O Iaemp busca antecipar tendências futuras do mercado de trabalho, com base na opinião de consumidores e empresários da indústria e dos serviços.

Segundo o economista Rodolpho Tobler, a queda em fevereiro não parece significar uma reversão da tendência de alta que vinha ocorrendo nos meses anteriores. O resultado sugere apenas que a recuperação do mercado de trabalho continuará ocorrendo de forma lenta e gradual.

Outro índice de mercado de trabalho, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), no entanto, apresentou melhora de janeiro para fevereiro. Calculado com base na opinião de consumidores sobre o desemprego atual, o indicador recuou 2,4 pontos em fevereiro, para 92,1 pontos, em uma escala de zero a 200 (em que quanto menor a pontuação, melhor o resultado).

Com isso, a queda fica acumulada em 8,1 pontos nos últimos quatro meses. De acordo com Tobler, embora ainda se encontre em patamar elevado, a queda no indicador sinaliza evolução favorável da taxa de desemprego neste início de ano.

Indicadores do mercado mostram melhora em janeiro

Os dois indicadores de mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) tiveram melhoras de dezembro de 2018 para janeiro deste ano. O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar tendências futuras com base em entrevistas com consumidores e empresários da indústria e dos serviços, avançou 4,1 pontos.

Com a alta, o indicador chegou a 101,1 pontos em uma escala de zero a 200, o maior patamar desde abril de 2018.

Segundo o economista da FGV Rodolpho Tobler, os resultados positivos nos últimos meses sinalizam uma retomada da recuperação do mercado de trabalho. De acordo com ele, no entanto, é preciso “certa cautela” já que o indicador recuperou apenas pouco mais da metade da queda observada em 2018.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que busca refletir a percepção dos consumidores sobre a situação do desemprego atual, recuou 4,4 pontos em janeiro. Com isso, o indicador caiu para 94,5 pontos, em uma escala de zero a 200, em que quanto menor o resultado, melhor é a percepção do cidadão. Tobler explica que apesar da queda, o ICD ainda está em patamar elevado.

Confiança Empresarial atinge maior nível desde março de 2014, diz FGV

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 1,0 ponto em dezembro, indo a 95,9 pontos, o maior nível desde os 97,8 de março de 2014. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,9 ponto.

Os dados fazem parte da Sondagens de Índices de Confiança Empresarial, e foram divulgados hoje (2), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE).

O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: indústria, serviços, comércio e construção.

Os dados indicam que o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,1 ponto, para 91,2, o maior valor desde os 92,8 pontos de junho de 2014.

Já o Índice de Expectativas (IE-E) avançou 0,2 ponto, indo para 101,0. É segundo mês consecutivo em que o IE-E ultrapassa 100 pontos.

Na avaliação do superintendente de Estatísticas Públicas da FGV, Aloisio Campelo Jr., o índice de confiança do empresariado vem se aproximando da normalidade.

“Após a terceira alta consecutiva, a confiança empresarial se aproxima de níveis que retratam uma situação de normalidade” disse.

Para ele, a segunda boa notícia de dezembro foi que o índice que mede a percepção sobre o momento atual (ISA) avançou mais que o índice de expectativas (IE), “o que acontece pela primeira vez desde julho de 2018”.

O economista afirmou, porém, que, apesar dessas constatações, “a distância ainda superior a 15 pontos entre ISA e IE no comércio e na construção sugere que os ganhos recentes da confiança devem ser explicados por uma efetiva melhora gradual do ambiente econômico, mas também pelo efeito favorável do fim do período eleitoral sobre as expectativas”.

Confiança por setores

O estudo da FGV indica, ainda, que, pelo segundo mês consecutivo, houve aumento da confiança na margem em todos os setores que integram o ICE.

Já na métrica de média móveis trimestrais, a variação foi negativa apenas na indústria, com queda de 0,4 ponto. Com expressiva alta no mês, a confiança do comércio passa dos 100 pontos pela primeira vez desde março de 2014.

A indústria e os serviços avançaram menos e apresentam agora níveis de confiança muito próximos entre si. Já a confiança da construção subiu pelo quarto mês consecutivo, mas continua sendo a mais baixa entre os quatro setores.

Difusão da Confiança

Em dezembro, houve alta da confiança em 65% dos 49 segmentos que integram o Índice de Confiança Empresarial.

No mês passado, no entanto, a alta havia alcançado 84% dos segmentos.

Para a edição de novembro de 2018, foram coletadas informações de 4.701 empresas entre os dias 3 e 21 de dezembro. A próxima divulgação do ICE será no dia 31 de janeiro.

Inflação medida pelo IPC-S sobe em seis capitais de maio para junho

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) cresceu em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), na passagem de maio para junho deste ano. A maior alta foi observada em Belo Horizonte: 1,42 ponto percentual, ao subir de 0,16% em maio para 1,58% em junho.

Outras capitais com alta na taxa foram Porto Alegre (1,04 ponto percentual, ao passar de 0,16% para 1,20%), Rio de Janeiro (0,92 ponto percentual, ao passar de 0,34% para 1,26%), Brasília (0,88 ponto percentual, ao passar de 0,48% para 1,36%), São Paulo (0,85 ponto percentual, ao passar de 0,21% para 1,06%) e Recife (0,30 ponto percentual, ao passar de 0,84% para 1,14%).

Salvador foi a única das capitais com queda na taxa de inflação de maio para junho (-0,40 ponto percentual), ao passar de 1,37% para 0,97%. A média nacional do IPC-S, divulgada ontem (2), subiu 0,78 ponto percentual, ao passar de 0,41% em maio para 1,19% em junho.